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Na caluda da noite, o brilho intenso nos olhos de Febatista vagava pela estrada percorrida pelos anjos recentemente, onde sua mão tocava as flores brancas do jardim à espera da acolhedora dos céus, onde teria sua mão bem cuidada e em seguida palavras que o fizessem ficar de cabeça pesada até os últimos dias consecutivos dos anjos. O local recentemente machucado não doía tanto como o peso em seus ombros.

Sabia que os erros cometidos deveriam ser subjugados com um objetivo bastante simples, para não serem acometidos nunca mais, em hipótese alguma, independente de qualquer situação. Febatista observou o céu com pontinhos brilhantes, além dos anjinhos de sua idade vagando pelo local e se reencontrando com sorrisos e palavras positivas, seria dessa forma, porém seus pensamentos se perderam pelo vasto céu no momento em que a porta branca se abriu e de lá uma rajada de vento e poeira brilhosa se esvaiu pelo local. A moça sorriu, levantando a mão em um sinal de acessão para que ele a seguisse. Batista apenas acentiu, sem vontade alguma de se submeter a falar algo.

Não havia local de fala para um anjo com decisões tendenciosas e preocupantes.

Dentro da grande construção, havia luzes brilhantes que iluminavam completamente à área, a deixando bem mais fácil de ser acessada e boa para ser acolhedora. Mas Febatista não sentia-se acolhido des do momento que posicionou seus pé ali, sabia que o peso de suas ações seriam reestruturados da forma menos preferida do loiro: Um dia com os anjos mais velhos explicando sobre o amor, e a tendência à decadência dos humanos sem nossas ações.

Não que fosse desgastante, mas de certa forma exigia mais esforço mental do que físico, e doía sempre seu bumbum e suas asas de ficarem tanto tempo em uma mesma posição, sentado em direção à anjos tagarelando sobre o amor e... O amor, não via muitas formas naquela palavra tão singela e bonita, além do cupido que ao conhecê-lo, teve uma paixão platônica por uma virtude mais velha que si e isso ocasionou uma sequência de dúvidas que foram esmagadas pela vontade do cupido em deixá-lo sem respostas.

Depois disso, enxergou o amor sem uma forma lógica ou completamente esclarecida, que era um assunto completamente variado e com diversas situações e críticas.

— Sente-se aqui. - Teve seus pensamentos completamente evaporados com a acolhedora de cabelos longos e brancos apontando para uma cama de solteiro, o anjo acentiu, cumprindo a ação proposta. A moça caminhou em direção à diversos mantimentos e recipientes para poderes dos anjos supremos. - O que pensou que poderia fazer indo para a terra? - Ela questionou suavemente, posicionando o algodão em água pura, o carregando em uma pinça.

Febatista respirou fundo, balançando as pernas para frente e para trás.

— Não sei, só queria vê-los protegendo a terra.. - O muxoxo que saiu de seus lábios fez a mulher acenti delicadamente, entendendo bem o lado do anjinho.

Sentou-se de frente ao mesmo, segurando a mão queimada do mesmo com delicadeza, antes de fixionar o algodão ali. Só nesse momento toda a dor que havia sumido, retornou em um segundo. Febatista apertou o pano da cama e segurou-se para não gritar.

— Você sabe, não é? Isso nunca mas sairá de você, essa foi a consequência de suas ações, deixar um demônio tocar em você é como visitar a sua própria morte.. Sei que sua curiosidade de ver o mundo lá embaixo só aumenta a cada dia, mas seguir os concelhos dos mais velhos se torna mais importante. - Ela ditava isso tudo com extremo cuidado para não machucá-lo. Febatista se contorcia vezes ou outras, até o momento de suas asas se abrirem por instinto e quererem crescer para cima da mulher. - Se acalme.

— Me desculpa.. - Os olhos vagos e brilhosos do anjo de imediato se posicionou sobre as asas levementes abertas, como se fossem o proteger com suas penas brilhantes e bonitas. Eram asas pequenas, mas inteligentes e acolhedoras. - Eu pensei que pudesse fazer algo.. Para.. Argh, ajudar o cervo.. Eu consegui, mas fui eu quem toquei o demônio.. - A mulher parou derrepente, como se processasse suas palavras da mesma forma que a dor diminuía em seu ferimento grave: lentamente.

Antagônicos - Goodomensduo Onde histórias criam vida. Descubra agora