Richas encontra pai ofegante e vermelho, parecia estar fugindo de algo com muito pressa.- Vem Richas, quero dar uma olhada no castelo, ver se acho mais alguma coisa.
- E o tio Roier?
- Ele ta com o Bad e o Dapper. Vamos indo...
Richas levanta uma sobrancelha, observando o pai partir apressado em direção ao castelo.
- Quero ver se consigo saber a origem daquela nevoa toda. Na casa do Roier estava meio nublado também mas o sol estava quase saindo de tras das nuvens. Porque só na minha casa que...
Eles chegam ate o início da floresta de sangue a nevoa estava ainda mais forte.
- Ahn... Filho, eu... Eu acho melhor você ir ate a casa do Felps, agora.
Richas pensa em discutir mas resolve se calar, correndo para longe de seu pai que permanece parado, dividido entre olhar em direção ao castelo quase escondido na nevoa e observar o garoto se afastar. Quando, em um último instante ele percebe a presença de alguém, ou mais precisamente de algo, era tarde demais. Seu corpo é transpassado por uma lâmina fria, seus olhos mal conseguem assimilar a figura alta, flutuante, envolta de luz verde.
Cellbit perde o fôlego por um instante, cambaleando para trás.
- Corre Richarlyson! F-foge daqui!
Com suas últimas forças, Cellbit manda o código do pânico para os outros pais usassem a tecnologia ou magia que Pac e Mike eram experts, para mover Richarlyson para longe dali.
C- Ataque!
C- TTTTT
M- ataque onde?! Cade o Richas?!
P- O Richas ta aqui comigo, transportei ele para o apartamento!
A tela holográfica pisca assim como sua visão, Cellbit tosse, engasgando com o próprio sangue. A figura parece se aproximar.
- Não vai tocar no meu filho, só por cima do meu... Cadaver.
A criatura parte para cima de Cellbit dando deu golpe final.
________
Cellbit foi morto por *******
A mensagem pisca em sua tela. Logo outras pessoas tentam descobrir o que houve mas Roier apenas corre ate a Chume Labs.
Era onde Cellbit disse que ia, não podia ser verdade, o brasileiro tinha que estar vivo.Roier não sabia explicar como, mas de alguma forma ele sabia que aquela mensagem no chat principal era mentira. Ninguém morria na ilha, certo?
Bobby morreu na ilha...
Não, aquilo foi diferente. Ou talvez não? E se tudo estivesse conectado?
O mexicano apressa o passo ate perto da favela, cortando caminho. Será que ele estava mesmo indo na casa do Pac e Mike? Não estaria ele indo para casa ja que ele mandou salvarem o Richas?
O moreno muda sua rota, usando tecnologia para se teletransportar para a entra da floresta de sangue e a primeira coisa que vê é o óculos de aviador que Cellbit usava na cabeça, caído próximo a uma poça de sangue. Nada de corpo, sem rastros alem de pegadas adultas, aparentava ser de coturno, logo mais trás pegadas infantis que se afastavam em direção a casa do outro brasileiro, Felps.
Roier se abaixa, pegando o relógio, relutante.
Era muito sangue. Se Cellbit não estiver morto, esta claramente muito ferido. O jovem fecha os olhos, respirando fundo, ja tinha perdido seu filho, não podia perder um amigo, talvez a única pessoa que confiaria sua vida sem nem piscar.
- Ola! Bom dia. O que você esta fazendo?
Roier da um pulo de susto ao ouvir a voz robótica vindo detrás. Ao se virar, encontra Cucurucho parado, com as mãos cruzadas nas costas, o encarando.
Cucurucho era homem, ou talvez apenas aparentava ser um, vestido de terno branco, pele albina, cabelos tão brancos quanto a neve, profundos olhos negros; literalmente seus olhos eram tão negros quanto carvão, sem pupilas. O nariz levemente rosado e um sorriso largo em seu rosto, mostrando dentes afiados.
- Hijo de tu puta madre! Quer me matar do coração?!
- Ha ha ha... - A risada robótico escapa pelos lábios da figura assustadora.
- Ri mesmo, pinche mierda.
- O que você está fazendo? - Cucurucho da dois passos na direção do moreno, que automaticamente recua.
- Estou atrás do Cellbit, ele esta ferido, precisa de ajuda. Sabe onde ele está?
A figura de branco inclina ligeiramente a cabeça de lado, observando o mexicano.
- Não.
- Não? Você não sabe do Cellbit?
- Não. - A criatura repete.
- Culero mentiroso, o que esta fazendo no lugar onde ele desapareceu então, Cucurucho? Ahn? O que você fez com ele?
- Ha ha ha... - Cucurucho ri, seu rosto não transparecendo nada alem do sorriso permanente.
- Para de rir e me responde!
- Censurado.
- O que é censurado?! Ele ta na Federação é isso? Você o levou?
- Censurado.
A criatura repete, estendendo a mão pálida com longa unhas pretas, tomando de Roier o óculos de Cellbit.
- Ei cabrón! Me devolve!
- Ha ha ha. Desfrute a ilha. - Cucurucho dá as costas a Roier, o ignorando enquanto se afasta a passos rápidos na direção oposta ao castelo.
- Volta aqui hijo de puta!
Roier corre atras dele mas a criatura desaparece entre as árvores. Ofegante e cansado, ele volta para onde encontrou o óculos de seu amigo, mas algo havia mudado na paisagem.
A névoa que envolvia a floresta negra havia sumido, assim como a poça de sangue onde achou o óculos caído.
- Quê?! Como?!
O jovem se abaixa e toca os tijolos pretos, esfrega as pontas dos dedos e nada. Nenhum vestígio sequer.
- A la verga crabrón, que isso. - ele estremece, sentindo um arrepio na espinha.
Parecia cena de filme de terror e sempre que alguém ficava sozinho e descobria um assassinato, morria logo em seguida.
Com um último olhar a floresta rubra, ao castelo mais ao longe com suas paredes pretas, Roier da as costas a tudo, voltando para sua própria casa.
Isso não esta certo, tem algo acontecendo e não me parece nada bom. Cellbo, Cellbo... No que você se meteu?
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Sussurros da Noite
FanficCellbit é um ex-presidiário, detetive e atual funcionário da organização misteriosa da ilha em que vive. Apesar dos mistérios e monstros, ele afirma que sua vida antes dali era horrível, mas talvez ele mude de opinião em breve. Esta é uma história i...