Lancinho - Drarry [CANCELADA]

4 - Precisa saber

Harry Pov

Era de noite, o dia havia sido uma bagunça e extremamente cansativo, Draco estava na enfermaria desde ontem e jaja teria alta.

Mas continuava preocupado, não só com sua saúde. Mas com toda essa situação em si.

Não me esqueceria do que eu ouvi naquele dia, ele talvez estivesse escolhendo um lado? Talvez ele fosse... mudar? 

Tudo estava a um milhão por hora na minha mente, e não conseguia dormir.

Eu precisava de respostas para minhas perguntas.

Por que ele estaria fazendo tudo isso? Por que tanta insistência em ser meu amigo? - E por que eu me importo com ele?

Eu queria vê-lo, mas não pelo ato de ver ele, e sim para entender isso tudo.

Da última vez que nos vimos não conversamos mais do que aquilo, Madame Pomfrey me tirou de lá antes que eu pudesse dar qualquer resposta.
E Draco me olhou como se pedisse para que eu não fosse, e eu entendi perfeitamente que não era por saudades e sim porque, ele assim como eu, tem dificuldade em se abrir.

Ele queria conversar mais sobre aquilo. Eu sentia isso.

Sai da minha cama fazendo o mínimo de barulho possível, e graças aos roncos de Dino, qualquer som foi abafado.

Peguei a capa da invisibilidade e me cobri. Iria rumo a enfermaria.

Não sabia ao certo o que faria quando eu chegasse lá, mas eu iria conversar com ele custe o que custasse.

Desci todas as escadas com cuidado, e sempre checando o mapa do maroto para evitar ser pego.

Quando percebi ja havia chegado.

Eu estava parado na porta da enfermaria, encarando ele, que não me via por conta da capa.

Ele lia um livro, enquanto sua varinha emitia uma luz fraca. Aquela luz fazia com que aqueles olhos azuis se tornassem algo tão...

Pera.

Por que estou pensando essas coisas?

Tirei qualquer coisa assim da minha mente e foquei no meu objetivo.

Sai da capa, e dei umas batidas na porta, chamando sua atenção. Ele olhou para mim quase imediatamente, e quando me viu abriu um sorriso lindo no rosto.

Sorriso esse que eu retribui sem demora.

Mas em seguida ele fez uma feição de dúvida, do tipo "como foi que você chegou aqui?".

Estendi a capa para ele, que pareceu entender tudo de imediato.

Não falamos nada, era de noite e não podíamos fazer barulho. Ele deu umas batidinhas na cama, e eu entendi que deveria sentar.

Ele se ajeitou, sentando na cama ao invés de ficar deitado, e eu me sentei ao seu lado.

Começamos a conversar em sussurros.