Ciúmes.

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O caminho do motel até o bordel em que Dahyun trabalhava foi de total silêncio nenhuma das duas tinha coragem para tocar no assunto Sana, pois para Dahyun, chegar naquela conversa significava perder um pouco do que ela havia conseguido com Momo. A alfa de cabelos escuros era uma policial diferente das demais, ela não de permitia sujar-se com a corrupção da corporação, entretanto seu ponto fraco era apenas a própria Dahyun. O jeito único é carinho de Momo conquistava a jovem ômega que desejava apenas ter um momento com a mais velha.

Se para Dahyun falar de Sana significava perder Momo, para a alfa falar sobre a outra policial a deixava tensa. A japonesa sabia que estava fazendo algo duplamente errado, porém pela primeira vez a policial que era tão correta estava errando. Ela estava mais do que interessada na cafetona, de acordo com o que ela considerava que Dahyun era, assim como estava sendo a outra na história de alguém. Ambas as coisas ela abominava, menos quando o assunto envolvia Kim Dahyun. Algo naquela ômega a enfeitiçava, todavia, Momo não sabia dizer exatamente o que.

Assim que as duas híbridas chegaram no bordel, Dahyun encarou Momo pelo espelho retrovisor.



— Sei que você pode não gostar do que irá ver, mas se quiser manter algo comigo, sugiro que se acalme. — Avisou Dahyun saindo do carro.



Momo apenas concordou, já que ela não poderia fazer muito. A alfa observou Dahyun caminhar até a outra mulher que estava encostada na lateral de um belo carro esportivo da cor preta. A policial de cabelos loiros longos puxou Dahyun com agressividade para seus braços, roubando da mulher um beijo intenso. Momo lutou para não encarar mais aquilo, ou mesmo para controlar quaisquer ciúmes, mas era impossível. A alfa queria apenas uma coisa, afastar Dahyun dali.



— Senti saudades, e você não sentiu saudades minha? Por que não disse que viria para cá? Teria vindo para fazer sua proteção. — Rosnou Sana passando a mão pelo corpo da namorada.



— Sei me virar bem sozinha, Sana.



— Mesmo assim, não confio nos policiais daqui. O que você acha de me retribuir tudo que passei para chegar aqui, inclusive o estresse com a sua amiguinha? — Indagou Sana passando a mão pelo volume em suas próprias calças.



Momo não conseguia mais suportar daquilo. A alfa saiu do carro e caminhou até a o casal nada feliz.



— Pois não? — Indagou Sana colocando Dahyun para trás de si.



— Preciso falar com a senhorita Kim. — Rosnou Momo não conseguindo segurar sua irritação e principalmente seus ciúmes.



Sana encarou a japonesa vendo um pequeno emblema na camisa de Momo, fazendo com que a outra alfa sorrisse de lado. Aquele emblema era bem conhecido por si, o que fazia com que Sana soubesse exatamente como falar e saber o que aquela alfa charmosa fazia em um lugar tão insalubre quanto aquele.



— Não precisa se preocupar. Também sou policial, irei cuidar desse bordel. — Sorriu Sana se virando de costas para Momo.



A Momo poderia criar uma nova situação, contudo, a japonesa não conseguia e tudo que lhe restou foi ver sua amada ômega seguir seu destino nos braços de Sana.



— Por que as policiais se interessam tanto por você? Em todo o lugar é assim, deveria logo me deixar marcá-la porque essas coisas não aconteceriam. — Rosnou Sana impaciente.



Um sorriso tímido tomou conta de Dahyun, afinal a ômega possuía um tipo de prazer ao ver Sana acabar com a vida de outros por conta do interesse dos outros alfas em si, contudo, dessa vez ela não de sentia assim em relação a Hirai Momo, uma novidade ao qual ela não entendia o motivo.



— Ela é uma boa pessoa. Não estava dando em cima de mim ou algo do tipo, apenas deixe-a em paz. — Pediu Dahyun levando Sana para dentro da boate.



Do lado de fora, Momo ainda permanecia no estacionamento do bordel, a mais velha não queria ir embora, mesmo não tendo mais nada para fazer ali. Sua mente a levava para onde Dahyun estava assim como o que a jovem ômega estaria fazendo com sua namorada. Dahyun era uma ômega especial, ao qual havia mexido com o interesse e porque não, o coração de Momo. Durante uma boa parte daquele dia, Momo permaneceu ali, como se estivesse na tocaia no bordel, o que irritou profundamente Sana que vira e mexe via o carro estacionado.



— Sua amiga ainda está aqui? Eu deveria falar com ela. — Rosnou Sana caminhando até a jovem ômega que terminava de ler os últimos pedidos de garotas de programa.



— Ela deve estar fazendo tocaia, você sabe como policiais são. De qualquer forma irei falar com ela, fique aqui, ok? — Pediu Dahyun entregando a outra policial a lista.



Sana sentia o perigo no ar, porém ela sabia que não poderia agir como sempre fazia, pois ela não estava em sua legislação. A ômega saiu do bordel e bateu forte no vidro do carro, fazendo com que Momo acordasse e abaixasse o vidro do carro.



— O que faz aqui? — Questionou Dahyun encarando a alfa que possuía um sorriso lindo assim como um olhar faminto para a ômega que sentia seu corpo queimar de desejo.



— Esperando você. — Sorriu Momo.



— Você quer se matar e me matar? Sorte sua a Sana não ter vindo aqui, porque ela está possessa com você aqui na porta. Por que não vai para a sua casa? Não tem nada melhor para fazer? — Indagou Dahyun encarando a alfa.



— Estou de folga hoje também, então não possuo nada para fazer. Eu não pretendo matar você, a menos que seja de prazer, Kim.



— Saía por favor! Eu não posso segurar a Sana por mais tempo. Se quer tanto sexo, por que não entra e escolhe uma das garotas? — Sugeriu Dahyun olhando para trás, apenas para garantir que Sana não estivesse vindo.



— Eu não quero garotas de programa, quero apenas você. Já te falei que não suporto prostituição, sou uma policial contra isso. — Explicou Momo como se aquilo fosse o suficiente para sustentar o seu motivo para estar ali.



— Você é muito obcecada, Momo! Escuta, Sana voltará para a sua província em três dias, quando ela for embora irei te mandar mensagens e você pode vir. — Explicou Dahyun tensa pela presença da alfa ali.



Momo respirou fundo, ela não costumava ser tão obcecada por qualquer ômega, na verdade, Momo era como qualquer outra alfa, interessada apenas em uma noite, porém com Dahyun tudo agia diferente. A alfa não conseguia se concentrar ou mesmo desfocar da jovem ômega.



— Tudo bem, irei embora, mas não se esqueça de mim. — Sorriu Momo ligando o carro.



Dahyun observou até que a alfa partiu deixando apenas as marcas do pneu no chão. Sana apareceu em seguida abraçando Dahyun por trás.



— O que você ofereceu para que ela saísse tão rápido? — Indagou a alfa de cabelos claros.



— Nada demais. — Sorriu Dahyun levando Sana para longe dali.



Apesar de Dahyun concordarque Momo era obcecada por si, uma grande parte de si amava aquilo, pois diferente de Sana, Momo era dedicada e perdidamente enlouquecida por ela.Aquilo mexia com o ego da ômega, contudo, algumas coisas a mais empolgavam Dahyun e pela primeira vez a jovem ômega ansiava pela saída de Sana da província, apenas para jogar-se nos braços fortes de Hirai Momo.

BDZ Criminal  - Dahmo (ABO Momo G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora