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ESCUTO UMA movimentação no corredor. Nesse momento, estou na sala lendo meu livro. Decido levantar e vejo o que está acontecendo.

— Meninos? O que estão fazendo? – Pergunto, vendo Cole, Danny, Alex, Nathan, Isaac e Lee arrumados, prestes a sair.

— Estamos indo para uma festa. – Nathan fala arrumando seu cabelo.

— Ah, sim. – Assinto. – Divirtam-se. – Volto para sala.

— Não quer vir com a gente, Aurora? – Escuto Cole perguntar.

— Não, obrigada. – Falo alto da sala para ele escutar. Escuto a portar bater e reparo que eles já foram.

Avisto Parker entrar na sala.

— Aurora, quer ver um filme comigo? – Ela perguntando ligando a televisão. – Meus pais estão indo dormir, Jackie não está em casa e Jordan não está afim. Ou seja, só sobrou você. – Ela vai trocando os canais.

— Me magooa eu ser sua última opção. – Finjo tristeza.

— Não, bobinha! Você é minha preferida. – Ela me abraça de lado. – Pode ser "A fuga das galinhas"? – Pergunta se acomodando no sofá.

— Adoro esse filme! – Exclamo. – O que acha de uma pipoca? – Olho para ela.

— Sim! – Concorda animada.

Então eu me levanto e preparo a pipoca de panela. Faz um tempo que eu não cozinho, adoro cozinhar, me sinto no Master Chef.

As pipocas estouram todas, indicando que estão prontas. Coloco em uma bacia grande e volto para sala.

— Vê se tá bom de sal. – Peço para a loira.

— Ótimo. – Ela responde comendo e eu rio fraco.

Demos play no filme e caimos na risada com as cenas. A pipoca acaba e também o filme. Percebo Parker dormindo. Sorrio. Sempre quis ter uma irmã mais nova e ela é tão fofa. Só não sei como eu vou fazer para colocar ela na cama.

Me levanto e escuto a portar bater. Eles devem ter chego.

— Aurora? – Olho para trás e vejo somente Isaac. – Quer ajuda com Parker? – Ele pergunta se aproximando, vendo a menina dormir.

— Por favor. – Peço desligando a televisão e indo levar o balde para a pia.

Volto para sala e vejo ele com Parker no colo, a levando para seu quarto. Sigo ele e abro a porta, já que suas mãos estão impossibilitadas. Ele coloca Parker na cama e eu tiro seu tênis. Ele cobre ela e eu fecho as cortinas. Feito.

— Obrigada. – Agradeço quando saimos do quarto.

— Por nada. – Ele agradece normal e sai andando. Por que ele está tão distante?

— Isaac. – Chamo ele e o sigo.

— O que? – Ele se vira quando eu alcanço ele.

— Por que está assim comigo? – Pergunto confusa.

— Assim como? Tô normal. – Ele fala indiferente.

— Não, você não tá normal. Não comigo, pelo menos. Parou com as piadinhas, com a provocação e tá me chamado de Aurora. –

— É seu nome, certo? – Ele diz e eu fico sem palavras. Achei que dessa vez ia ser diferente.

— É. – Apenas concordo e dou um sorriso forçado. – Boa noite. – Passo por ele e subo para o quarto.

Só queria saber por quê ele mudou do nada. Ele tá distante desde do beijo na madrugada. E o que mais me deixa indignada, é que ele falou que estava tendo sentimentos por mim. Por que homem é tão homem?

princess - isaac garcia Onde histórias criam vida. Descubra agora