𝑹𝒆𝒊𝒏𝒐 𝑫𝒆 𝑼𝒓𝒂

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POV: Annya - Princesa do reino de Ura

O dia do ritual finalmente chegou, marcando o início da jornada que me prepararia para governar o reino. Ansiosa, acordo cedo para encontrar meus pais, e juntos nos dirigimos ao local sagrado onde o núcleo aguarda para me conferir os poderes necessários para liderar.

Ao chegarmos a uma caverna majestosa, uma rocha bloqueia nosso caminho. Confusa, olho para minha mãe, que me instrui a seguir em frente. Meu pai, com uma expressão tranquilizadora, pronuncia uma palavra mágica, fazendo com que a entrada se abra. Com um sorriso encorajador, ele me incentiva a prosseguir.

A caverna revela sua grandiosidade, cercada por um imenso lago, cujo único caminho leva até o centro. Ali, uma árvore majestosa ergue-se sobre uma pedra brilhante, o núcleo que detém a magia ancestral. Ao tocá-lo, sinto o poder fluir por todo o meu corpo, uma sensação magnífica que desperta algo adormecido em mim.

A água do lago começa a flutuar ao meu redor, uma manifestação visível do poder recém-concedido. A beleza desse momento é avassaladora, e por um instante, o ambiente resplandece com uma luz mágica. Sinto-me conectada à essência ancestral do reino, uma ligação que transcende a mera posse de poderes.

Quando me acalmo, a água retorna ao seu leito, e tudo volta ao normal. A magnitude do momento não se perde, entretanto, pois sei que este ritual não apenas me concede habilidades mágicas, mas também me conecta de forma única com a história e a responsabilidade de liderar. Ao deixar a caverna, carrego não apenas o poder do núcleo, mas também a determinação de guiar o reino com sabedoria e compaixão, respeitando a tradição e a magia que agora pulsa em meu ser.

Assim que compartilho a empolgante notícia com meus pais sobre o sucesso do ritual, somos interrompidos por um momento de inquietação de meu pai. Ele para abruptamente, olhando para trás com uma expressão de alerta.

- Aconteceu algo, pai? - questiono, notando sua preocupação. Ele hesita por um momento antes de responder, ainda examinando o ambiente.

- Não, apenas pensei ter escutado algo.-Ao se virar, um estranho ataca, iniciando uma luta intensa.

Meu pai, usando todos os seus poderes, mostra uma determinação feroz, mas o estranho é dotado de habilidades além do que já conhecíamos. Durante a luta acirrada, um golpe certeiro faz a bolsa do estranho cair, revelando o núcleo. Meus olhos se fixam nele, percebendo sua importância, enquanto meu pai luta para recuperá-lo.

O estranho, envolto por uma capa que esconde seu rosto, exibe poderes desconhecidos, distintos dos poderes naturais dos reinos conhecidos. Impotente para intervir, vejo meu pai cair desacordado após um golpe devastador. Minha mãe, ao lado dele, reconhece a ameaça e corre até mim, criando uma barreira protetora para nos resguardar.

No auge da tensão, o estranho, percebendo que não pode nos derrotar diretamente, decide agir de maneira drástica. Com poderes desconhecidos, ele ataca o núcleo, destruindo-o diante dos nossos olhos. A explosão mágica resultante ressoa pela área, deixando um rastro de energia dissipada.

O impacto do núcleo destruído é sentido não apenas pela perda de um artefato valioso, mas também pela compreensão de que uma ameaça desconhecida, com poderes além do nosso entendimento, agora está em jogo. Meu pai permanece desacordado, a batalha foi perdida.

A tragédia se abate sobre nosso reino, transformando um dia que deveria ser de celebração em um pesadelo. Corremos até meu pai, mas ele permanece inerte, sem sinal de vida. As lágrimas fluem, implorando para que ele acorde, mas nada acontece, ele se foi.

- Não, não pode ser... pai, por favor, acorde! - choro desesperadamente, enquanto minha mãe compartilha da minha dor.

Ao virar meu olhar para o reino, uma visão desoladora se revela. A terra, uma vez exuberante, agora está morta, e as águas cristalinas tornaram-se sombrias. A tristeza se mistura à perplexidade, enquanto testemunhamos a transformação do nosso lar em uma paisagem irreconhecível.

Diante da devastação, guardas chegam correndo com notícias alarmantes. Em todos os reinos, os núcleos foram destruídos mais cedo, precipitando um desastre generalizado. A realeza convoca uma reunião de emergência, e minha mãe, mesmo em sua dor, lidera-nos de volta ao castelo.

- Mãe, o que está acontecendo? Por que nosso reino está assim? - questiono, buscando compreensão em meio à tristeza.

Ela me abraça, transmitindo palavras de força. - Lembra das histórias que eu te contava sobre os núcleos? Ele era a força vital de Ura... e sem ele a terra ficará infertil, como era antes. Precisamos nos preparar para uma jornada. Há uma pequena viagem à frente.

Minha mãe, com uma coragem admirável, dirige-se aos súditos, compartilhando a notícia dolorosa e anunciando nossa jornada para encontrar soluções com os outros reinos.

- Peço a todos que permaneçam calmos. Guardas protegerão cada um de vocês. Minha filha e eu buscaremos ajuda para superarmos essa crise - ela anuncia.

A carga emocional é intensa quando ela informa sobre o trágico destino de meu pai. - Ele deu a vida para proteger nosso reino. Honraremos seu sacrifício e enfrentaremos juntos o que está por vir.

Com as palavras dela ecoando, embarcamos em uma viagem cheia de incertezas, enfrentando o luto e a responsabilidade que agora recaem sobre meus ombros.

𝑺𝒆𝒊𝒔 𝑹𝒆𝒊𝒏𝒐𝒔 𝑬𝒏𝒕𝒓𝒆 𝑴𝒊𝒔𝒕𝒆𝒓𝒊̀𝒐𝒔- salve me Onde histórias criam vida. Descubra agora