Capítulo 24

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"Maldito"

Ao ser colocada numa van , recebi um golpe e desmaiei .

Acordei novamente com um saco preto na cabeça e presa a uma cadeira, não sabia quanto tempo havia ficado inconsciente e nem quanto tempo havia passado desde então. Me mexi para tentar levantar e percebi que minhas pernas também estavam presas .Escutei passos que ecoavam pelo ambiente e cada vez aumentavam vindo na minha direção . um arrepio subiu pela minha espinha e tive medo quando senti um sopro quente em meu pescoço:

— Q-quem está aí...?- minha voz trêmula e excitante ecoou por todo o lugar me fazendo perceber que era grande

Senti mãos grandes e frias serem colocadas sobre meus ombros e um rosto encostar na minha bochecha :

— Nos encontramos de novo , senhorita.- sua voz soava familiar aos meus ouvidos

— Nos conhecemos? - minha voz ainda continuava meio trêmula

— Sim...nos conhecemos.- suas mãos deslizaram para o meu pescoço tirando o saco da minha cabeça

Tudo ao redor de mim estava com pouca iluminação , o homem ficou de frente para mim , fazendo-me reconhecer o seu rosto , o dono da festa onde tinha me sequestrado ,amigo de Rafael:

— A quanto tempo senhorita- mas ele estava diferente seu sorriso estava perverso enquanto o mesmo acendia um cigarro, a fumaça que saia de sua boca veio toda para o meu rosto me fazendo tossir com o mal cheiro, o homem se inclinou em minha direção com o rosto próximo do meu com o mesmo sorriso — Agora entendo a obsessão de Rafael.- percebi que ele analisava meu corpo e rosto com os olhos

— Então foi você.- meu tom e afeição mudaram — Se queria conversar comigo bastava ir à residência de Rafael já que vocês são próximos, não havia necessidade de me sequestrar e ainda mais...- o olhei querendo espanca-lo — Atirar na minha irmã!

— Aquela mulher era sua irmã, achávamos que era um dos seguranças, e uma pena. - falou sem demonstrar nenhum pingo de arrependimento — Bom, a essa altura ou está morta ou numa cirurgia. - colocou o cigarro sobre a boca e soltou fumaça — Vamos ao motivo do porque você está aqui .- me olhou com um sorriso que me subiu uma raiva — Você se mostrou bem esperta do lado de Rafael ,sobrevivendo tanto tempo, embora aquele idiota e obcecado por você então era obvio que você não morreria, mas comigo as coisas vão ser bem diferentes

— O que quer dizer? - engoli a seco tremendo o que estava por vir

— Você está no meu território, ou seja você pertence a mim agora, eu não pegarei leve com se caso me desobedecer . - seus olhos carregavam desejo e muita crueldade

— Eu não sou de ninguém e não vai ser você que mudará isso, sou uma mercadoria para passar de mão em mão . - estava realmente desafiando um mafioso, eu só podia estar ficando louca

— Vejo que você será punida várias vezes por mal comportamento - seu sorriso convencido me dava nos nervos — Será...divertido.

A primeira impressão que tive daquele homem me deixou totalmente enganada sobre suas verdadeiras intenções, vendo que ele apunhalou o amigo pelas costas da primeira oportunidade, que homem podre.

Depois daquela breve conversa, fui levada por homens que pareciam ser seguranças até uma sala branca com prateleiras cheias de toalhas brancas e um sofá pequeno com tecido florido, fui deixada com um a senhorinha que parecia empregada da casa:

— Por favor senhora, tem que me ajudar a sair daqui ...- peguei em suas mãos a suplicar que me ajudasse

— Se eu ajudá-la serei morta, não torne isso mais difícil minha jovem e só obedeça e estará fora de perigo. - a senhorinha insistia em me negar ajuda

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