"RAFAEL"
Um raio de sol que vinha da janela, refletia do vidro e incomodava meus olhos, abrindo-os lentamente, senti uma enorme dor de cabeça, minha última lembrança da noite passada era ter escutado a voz de Rafael no celular...O CELULAR!! Me levantei tão rápido que senti uma tintura extrema no corpo, o que fez com que uma forte vontade de vomitar fizesse meu corpo correr ao vaso sanitário.
Depois de vomitar quase milhas entranhas foras, me sentei no chão gelado no banheiro, estava seminua, só com roupas íntimas , havias marcas vermelhas por todo o meu corpo e meus pulsos doíam, não podia ficar mais naquele maldito lugar, cada dia era como um inferno , precisa fugir daquela ilha o mais rápido possível, mas como...?
Lágrimas começaram a escorrer do meu rosto sem que eu percebesse, me sentia como uma pequena criança sem saber o que fazer, eu só queria o colo de minha mãe naquele instante, tantos pensamentos passavam pela minha cabeça, o medo de ser abusada por aquele homem a qualquer hora que ele entrasse neste quarto , ou se minha irmã estava bem , o se havia morrido com o tiro, e o pior de todos, se algum dia eu poderia sair daqui...Queria gritar naquele momento,senti um gosto amargo que rasgava minha garganta enquanto descia .
Me levantei do chão secando as lágrimas tentando afastar as lembranças horríveis do dia passado, se eu quisesse sair dali não poderia pensar nisso. Me abaixei ao pé da cama e comecei a procurar o celular, se a voz que escutei de Rafael não passou de um sonho, o celular deveria estar em algum lugar perto da cama. Achei-o rapidamente debaixo da cama , com um pouco de esforço estiquei o braço para alcançá-lo e puxei. Torci para que ainda estivesse com bateria, mas não valeu de nada já que o sinal era uma merda, não conseguia ligar para Rafael e nem para ninguém.
Suspirei me jogando na cama , rezando para que tivessem pelo menos um potinho de sinal , mas nada dava certo. Fui à janela , levantei meu braço o mais alto que conseguir e nada...andei por todo o quarto procurando o mínimo de sinal e nada...Até que desisti jogando o celular cama quando escutei alguém bater na porta, neste momento corri pra cama me cobri o mais rápido que consegui escondendo o celular debaixo do travesseiro:
— Quem...quem é?- temi escutar a resposta, mas se fosse Alysson ,ele não teria batido na porta
— Vim trazer seu café da manhã- era uma voz masculina, mas não a reconheci.- Entrarei agora .
Com o seu aviso a porta se abriu revelou um jovem homem que segurava uma bandeja com comida , seus olhos que cuidadosamente olhavam para comida como que estivesse com medo que a bandeja caísse , já a estava equilibrando com uma mão só , me encarou:
— Bom dia. - sua voz era baixa , ele se aproximou e colocou a bandeja sobre a mesinha perto da janela — O senhor Alysson pediu para que se alimente e que tome isso. Peguei uma peça de roupa para você também, está começando a esfriar. - ele mostrou um potinho que carregava um líquido transparente assim como o da noite anterior — Beba isso logo depois de comer, por favor.
— O que isso ?- pensando bem depois que ele me obrigou a tomar aquilo , eu não tenho memórias do que houve — E por que eu devo tomar isso?
— O senhor Alysson ordenou que tomasse e eu não sou permitido a dizer o que é. - ele estava sério enquanto colocava o frasco em cima da mesinha do lado comida
— Por que eu tomaria algo que pode me matar? - poderia ser um veneno mortal, precisava de mais informações
O homem deu um leve suspiro:
— Eu vou lhe dar um aviso ,garota. - ele me olhou com um tom de irritação — E melhor vocÊ me ouvir, você não quer desobedecer meu senhor, e considerando como você está na defensiva desde que eu cheguei...- seus olhos me percorreram de cima a baixo fazendo meu corpo esconder-me debaixo ainda mais do cobertor — Você já provou da ira dele. - ele andou a até a porta — Beba, ou ele mesmo virá dá-lo a você. - suas palavras fizeram minha espinha arrepiar
Depois de sua saída, voltei meus olhos para o frasco acima da mesinha , poderia jogar fora...mas provavelmente ele esperto o suficiente para saber se eu tomei ou não...poderia arranjar o jeito de manter a porta fechada até que o efeito de seja lá o que isso cause a mim passe...sim poderia ser isso... Voltei meus olhos a janela , o vento balançava levemente as árvores ao redor do casarão, minha pele arrepiou e eu corri de volta para dentro , olhei para a peça de roupa e me vesti.
Uma blusa de manga comprida lilás e solta na cintura, uma calça preta feita de lã que gruda no corpo, por cima um casaco moletom preto de capuz e bolso, era grande demais para meu corpo, mais esquentava perfeitamente, do lado cama havia um chinelos pretos
Assim como planejado , enquanto comia, observei atentamente o quarto e procurei o móvel pesado o suficiente para manter a porta fechada mais que eu conseguisse mover sozinha , havia uma cômoda de madeira escura com 6 gavetas...achei.
Quando terminei de comer, arrastei cuidadosamente o móvel na direção da porta, não pude fazer nenhum barulho desnecessário para levantar suspeitas. Cansada , pelo excesso de esforço , finalizei o plano, peguei o frasco e o observei por instante , sentir seu odor ,era como água sem cheiro e sem cor , hesitei , mas tomei , tinha um gosto salgado como se estivesse bebendo água do mar. Me joguei na cama depois de jogar o frasco no chão e peguei no sono.
Acordei com alguem mexendo meu corpo , abri rapidamente os olhos , pensei que já haviam conseguido entrar no quarto , quando vi um homem totalmente de preto com máscara que cobria seu nariz e boca , ele estava sentado na beira da minha cama e segurava uma das minha mãos , estava pronta para gritar quando ele cobriu minha boca , fazendo com que eu caísse na cama e seu rosto ficasse muito perto. Me debati para escapar mais ele se manteve ali:
— Não grite....- sussurrou ele fazendo um sinal com dedo indicador sobre a máscara — Eu não vou te machucar, então por favor,não grite- por algum motivo sua voz me acalmou e eu parei , aqueles olhos me eram familiares — Eu vou tirar a mão , mas tem que me prometer que não vai gritar...
Acenei com a cabeça concordando, então ele devagarinho foi retirando a mão da minha boca e voltando ao lugar que estava antes, a luz da janela que iluminava o quarto ,fez com que seus olhos brilhassem, não tive dúvida alguma , era Rafael, seus olhos prateados por baixo daquela máscara , era toda certeza que tinha. Me aproximei dele , deslizando a mão sobre sua máscara e ele permitiu que eu a tirasse .
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Sequestrada Pelo Amor💝
Romansauma garota de 15 anos e sequestrada por um mafioso que se apaixonou por ela so de ve-la duas vezes. será que ela aceitará casar com ele?