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Descobrir que você estava grávida foi o dia mais feliz da vida dele, mas logo virou... não um pesadelo, mas um inferno. Você foi classificada como uma gravidez de alto risco devido à síndrome do ovário policístico, algo que você informou a Charles quando começou a namorar.
Ele esteve presente nas menstruações dolorosas, nas cólicas que te deixavam indefesa e deitada na cama o dia todo, nas consultas médicas e nas mudanças de humor. Apesar de tudo, ele ainda estava com você e te amava mais e mais a cada dia.
Quando vocês dois se casaram e se acalmaram um pouco mais, surgiu a conversa sobre engravidar. Charles conhecia os riscos e pesquisou antes de abordar o assunto com você; ele até explorou outras maneiras de ter filhos. Mas você disse a ele que queria tentar naturalmente e partir daí antes de discutir maneiras diferentes e ver o que acontece.
Depois de 3 anos tentando e fazendo de tudo, até mesmo tentando a fertilização in vitro, aquele maldito bastão mostrou aquela porra de sinal de mais. Você ficou horas sentado no banheiro apenas olhando para o teste positivo, e foi exatamente assim que Charles o encontrou quando voltou para casa. No chão do banheiro, olhando para o teste.
Ele ainda pode sentir o azulejo em sua pele enquanto abraça e beija você, afastando seus medos dos piores pensamentos em sua cabeça.
Não foi uma gravidez fácil, desde cólicas até enjôos matinais horríveis, até os médicos preocupados com a possibilidade de você dar à luz muito cedo, até mesmo sendo colocada em repouso absoluto pelo resto da gravidez devido a preocupações com pré-eclâmpsia. Charles lutou muito com a FIA, dizendo que precisava estar com você, mas eles se recusaram a ouvir e disseram que ele precisava correr. Você o convenceu a desistir quando ele pediu para sair e ficar em casa.
"Charles, pare; isso é ridículo. Você adora correr; não vai desistir por minha causa." Você gemeu, andando em círculos com seu marido bagunçado.
"Não! O que é ridículo é que a FIA nem sequer vê porque é que a minha mulher tem uma gravidez de alto risco e que precisam de mim em casa, e não a conduzir em círculos malditos!" Ele responde, batendo o telefone e puxando o cabelo.
"Char, respire." Você sussurra da cama, em agonia, simplesmente porque não consegue se levantar e confortar seu marido.
Charles, quase sentindo seu dilema, passa da ponta da cama para deitar ao seu lado, colocando a cabeça em seu peito, tomando cuidado com seus seios inchados, sabendo o quanto eles estão doendo ultimamente. Nenhuma palavra é dita enquanto os dedos passam por seu cabelo para acalmá-lo e impedi-lo de cometer um grande erro.
"Charles, vou trazer sua mãe aqui comigo. Eu e o bebê vamos ficar bem. Escute, se alguma coisa mudar, eu te ligo imediatamente. Você não pode perder isso; você tem uma chance real este ano e deve mostrar ao mundo que Charles Leclerc será um campeão mundial." Suas palavras o convencem enquanto ele solta aquele familiar suspiro de derrota, fazendo seu sorriso crescer com isso.
