Um caminho para a cura e superação emocional se abre para uma pintora com transtorno de personalidade antissocial e um enfermeiro psiquiátrico que se conhecem por acaso.
"Sabe... Borboletas costumam pousar em flores"
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ᴇᴍʏ
Um mês se passou desde o acidente, e Niki já estava de volta ao seu local de trabalho. Quanto a mim, dei uma pausa nas aulas, precisava concentrar-me em minha nova obra, deixando-me envolver pelas pinceladas que buscavam expressar as experiências compartilhadas no último mês.
O apartamento de Niki estava silencioso, e eu podia sentir a tensão se acumulando a cada palavra trocada. O que começou como uma conversa sobre o bem-estar de Niki rapidamente se transformou em uma discussão acalorada. Eu tentava expressar minha preocupação, mas as palavras pareciam se perder no vazio da raiva de Niki.
"Você sempre acha que pode controlar tudo, Emily!" a voz de Niki ecoou pelas paredes, carregada de frustração. Sua expressão mostrava um misto de emoções, e eu me esforçava para manter a calma.
"Eu só estou tentando ajudar, Niki. Você não precisa ser tão resistente o tempo todo!" retruquei, sentindo meu próprio nível de irritação aumentar.
O olhar de Niki endureceu, e eu percebi que havia tocado em um ponto sensível. "Você acha que sabe o que é melhor para mim? Você mal me conhece!"
A sala parecia pequena demais para conter a intensidade da discussão. Respirando fundo, respondi com firmeza: "Se você não quer minha ajuda, então faça as coisas do seu jeito. Não vou ficar aqui sendo tratada como se fosse o problema!"
Niki, visivelmente furioso, descarregou sua raiva na parede com um soco, fazendo-nos ambos sobressaltarmos. "Você não entende, Emily! Eu não quero sua ajuda, eu quero que você simplesmente desapareça da minha vida!"
O impacto das palavras dele atingiu como uma onda. Uma atmosfera carregada de ressentimento se instalou no apartamento, enquanto as últimas palavras ecoavam em minha mente. Sentindo-me magoada e sem palavras, deixei o apartamento, deixando para trás a sensação de um conflito não resolvido e a incerteza do que viria a seguir.
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Agora, em minha casa, refletindo sobre tudo o que aconteceu logo pela manhã, aguardo Gangtae. Combinamos de passar a tarde juntos, lendo história de dinossauros, Gangtae também havia me prometido que me emprestaria alguns livros de Moonyoung, para mim. Se eu não concordasse, ele certamente me persuadiria a ler. Talvez isso me distraia um pouco da realidade.
Ouço a campainha tocar, indicando que Gang-tae chegou. Levanto-me do sofá e vou em direção à porta, ansiosa para começar nossa tarde de conversas literárias.
"Emy, finalmente você vai conhecer o maravilhoso mundo dos livros de Moonyoung!", exclama Gang-tae, animado, assim que abro a porta.
"Não sei se estou preparada para isso", respondo, sorrindo.
Entramos, e Gang-tae já puxa alguns livros da bolsa. "Irei lhe emprestar 10 livros, não estou os dando para você, então me devolva logo, ok?"
Aceito a pilha de livros com uma expressão de leve desânimo. "Vou tentar não estragar essas preciosidades literárias", brinco.
