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---❀🦋❀---No silêncio envolvente do estúdio de Emily, onde as tintas dançavam em paletas e os pincéis traçavam a história de sua alma, uma atmosfera pesada pairava. O ambiente repleto de cores vibrantes contrastava com a quietude fria que emanava da pintora talentosa.
Neste santuário de criação, Emily se deparava com as intricadas camadas de seu próprio ser, um labirinto de emoções suprimidas e cicatrizes invisíveis. Seus traços, tão expressivos na tela, escondiam uma narrativa intrínseca, uma história silenciosa que se manifestava em cada pincelada.
No canto sombrio de sua alma, residia um transtorno antissocial, uma sombra que se torna companheira constante. Os pensamentos introspectivos que ecoavam em sua mente revelava a intricada teia de desconfiança, medo do julgamento e a incapacidade de se conectar emocionalmente. A solidão, apesar de estar rodeada por suas criações, era a tela invisível que separava Emily do mundo ao seu redor.
As pinceladas se transformavam em um escudo, uma barreira que ela habilmente construíra para proteger-se das complexidades das relações humanas. Cada obra-prima é uma expressão, não apenas de sua habilidade artística, mas também do muro impenetrável que ergue para resguardar sua vulnerabilidade. O silêncio, por vezes perturbador, tornava-se sua aliada, uma aliada que a afastava de conexões profundas, mas ao mesmo tempo a mantinha segura em seu próprio universo isolado.
E assim, enquanto o mundo admirava suas criações, Emily, na solidão de seu estúdio, enfrentava a dualidade entre a necessidade de expressão e o receio de ser verdadeiramente compreendida.
ᴇᴍʏ
Ouço o telefone tocar, tirando minha atenção da tela de pintura, pego o telefone e vejo o nome de meu acessor, Lee Sangi, na tela do aparelho, atendo a chamada colocando no viva voz.
"Emily, onde você está? A exposição irá começa em uma hora e você ainda não apareceu." - Sr Lee fala com tom eufórico e impaciente.
"Não se preocupe, daqui a pouco estarei aí." - Falo me levantando e tirando meu avental e o jogando em cima da cadeira
"Por favor, não se atrase, esse evento é muito importante, há empresários muito importantes à sua espera." - Ele fala enquanto se acalma mais.
"Eles foram para me ver, então podem esperar." - Falo desligando a chamada logo em seguida.
Saio do meu estúdio e vou direto para a garagem e adentro ao carro.
Eu já estava arrumada à muito tempo, eu apenas gosto de vê-lo desesperado por minha causa.
Dou partida no carro e dirijo em direção ao museu, onde haverá uma exposição de minhas obras.
Depois de ter fujido do Brasil para a Coreia, a primeira coisa que fiz foi começar minha carreira como pintora e fui logo a procura de um empresário que me desse suporte, e então encontrei Lee Sangi, ele tem o dom de me irritar, mas dá pro gasto.
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Shadows Of The Soul - ɴɪᴋɪ ɴɪꜱʜɪᴍᴜʀᴀ
FanfictionUm caminho para a cura e superação emocional se abre para uma pintora com transtorno de personalidade antissocial e um enfermeiro psiquiátrico que se conhecem por acaso. "Sabe... Borboletas costumam pousar em flores" ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~...