Me Leva Para Longe Daqui

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Yunho e Handong estavam sentados no sofá esperando o amigo de seu pai. Ele tinha marcado com um amigo de negócios, que era 10 anos mais velho que a Handong, para que eles se conheçam. Ele tinha uma empresa na China e estava começando negócios por lá, então seria o tipo ideal de genro que ele gostaria.

— Handong, você está linda. — O pai dela chegou perto, dando um abraço. Handong sorriu amargamente, agradecendo o elogio. — Yunho, me ajude a escolher um bom vinho para hoje.

Handong bufou, com passos pesados, até a sala de jantar para ver como estava tudo. Ela estava cansada de todos esses jantares. Não só isso, ela estava cansada de como o pai tratava ela. Não podia entrar nos negócios da família, era obrigada a casar, era vista como um cristal decorativo da casa. Yunho dizia para ela que ela era a favorita, mas parecia mais um castigo. Após passar um final de semana longe do seu pai, com a Yoohyeon e seu irmão, voltar para a sua realidade pesava duas vezes mais. Ela não queria mais estar lá. Ela não queria essa vida que não é dela. Ela queria ser ela mesma.

— Eu vou me matar na frente dele, Yunho. — Handong brincava segurando uma faca de manteiga — Eu vou fugir.

— Não, você não vai fugir... e nem se matar. Vamos acabar com isso logo, se você fugir vai ser uma briga que vai durar uma semana e ele vai arrumar outra pessoa. Vamos expulsar esse cara o mais rápido possível, é só você falar tudo que você é, homens que ele traz odeiam mulheres que não querem ser donas de casa, você é ótima nisso. Se não der certo, finja-se de louca. Joga o prato para um lado, corre bagunçando o cabelo, não sei. O que ele pode fazer? Te prender num hospício?

— Ele pode. — Yunho respirou fundo, concordando.

— A gente vai conseguir afastar ele como todos os outros, confia em mim.

Handong confiou no seu irmão e tentou ficar mais calma. E assim o jantar seguiu com o pai de Handong a elogiando como se estivesse vendendo ela numa loja. Bem, era algo parecido a isso. Ela respirava fundo e olhava para Yunho como se pudesse pedir ajuda mentalmente. E por incrível que pareça, ele entende, mudando o assunto para outra coisa entre o sabor da carne que estavam comendo ou novidade da empresa.

— Você se formou, mas não trabalha na área? — O Homem perguntou para Handong.

— Se meu pai deixasse, quem sabe. — Ela sorriu ironicamente, colocando mais um pedaço de aspargo na boca.

— Bem, você sabe né. Meu filho não é um dos melhores funcionários, mas é melhor do que uma mulher na frente dos negócios.

O pai deles ria com o seu amigo, enquanto Yunho olhava incrédulo como seu pai era tão bom para ofender os dois ao mesmo tempo.

— Mas não se preocupe, seu pai está certo, você é bonita demais para trabalhar, não precisa.

— Eu não me preocupo, a empresa do meu pai não é a única que eu posso trabalhar.

— Você não se atreveria a ir em alguns dos meus concorrentes, docinho. — O pai comentava, caçoando amargamente.

— Eu me atreveria a muitas coisas, pai. — Handong sorria, sem perder o olhar no seu pai.

— Vamos mudar de assunto. — Yunho tentava salvar a situação que parecia está um pouco fora do seu controle, mais uma vez, mas agora foi ignorado pelo resto da mesa.

— Você anda muito mal-educada ultimamente, princesa. Vou começar a te proibir visitar seu irmão no trabalho.

Handong solta o talher com tudo na mesa, assustando as pessoas. Yunho segura no seu braço, mas ela solta dele rapidamente, não para ser rude, mas sim porque estava cansada de tudo aquilo.

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