New Life

Eu não aguento mais viver uma vida que não é minha

Mingi ficou assustado com o pedido do chefe, mas concordou, dando o capacete e subindo na moto. Yunho subiu logo após, segurando em sua cintura. O movimento deixou Mingi um pouco nervoso, o toque do seu chefe o deixava animado e envergonhado. Então ele acelerou, saindo rápido daquele local. Ele estava preocupado com Yunho e queria perguntar o que aconteceu, mas pensou que naquele momento ele precisava de um espaço confortável para se acalmar. Mingi não sabia para onde levar Yunho então levou para o único lugar que ele poderia ir naquela hora. Após algum tempo dirigindo, ele chegou no destino, descendo da moto.

— Espero que não se incomode, mas eu não sabia onde te levar e você não falou nada. Aqui é minha casa.

— Eu... não vou atrapalhar?

— Lógico que não. Minha mãe ama visitas. Você já comeu? Ela deve ter terminado de fazer o jantar agora, só pelo cheiro deve estar uma delícia. – Mingi esticou o braço chamando Yunho. – Você vem?

— Sim.

Mingi ofereceu sua mão para Yunho pegar antes de subir as escadas, e ele não recusou. O fato de subirem de mãos dadas até a casa de Mingi deixava Yunho feliz e ele poderia até ter escutado a marcha nupcial na sua cabeça. Antes de abrir a porta, Mingi virou bruscamente para Yunho, levantando o dedo como se fosse dar uma lição.

— Avisos importantes: Minha mãe é um pouco... animada. Ela não tem filtro, sabe. As palavras vão só saindo. Se você se sentir desconfortável me avisa, que eu peço para ela parar.

— Está tudo bem.

— E minha casa é simples. Não é cheio de frescuras e essas coisas.

— Eu já disse que está tudo bem, Mingi. – Yunho o confortou.

— E se você não quiser ficar eu vou entender.

— Mingi, eu quero ficar.

— Ok, é... Ok.

Mingi entra na casa chamando pela sua mãe. Yunho observava o local. Ele sentia uma energia tão aconchegante. Era pequena e simples, como Mingi disse, ela tinha quadros de família espalhados, decorações que não combinavam para Yunho, mas que pareciam estar no mesmo ritmo. Parecia uma casa de uma família que se ama. Não parecia nada com a dele. E por isso, era tão confortável.

Uma mulher apareceu batendo com uma toalha em Mingi, que ria. Ela parecia mais nova do que Yunho imaginou. Não que ele tivesse noção da idade dela, mas passou pela sua cabeça alguém mais velho, nem que seja superficialmente. Ele sorriu para ela que continuava a bater no filho. Não era batida de raiva e sim leves e de amor, como diziam. Era engraçado para o Yunho.

— Como que você chega só nessa hora e ainda traz visita sem me avisar.

— Me desculpa, mãe. Ai para! Tive que fazer hora extra por esquecer uma coisa do trabalho e... esse é Jung Yunho, meu chefe. — Ele sussurrou a última frase, fazendo a mulher mais velha mudar totalmente a personalidade.

— Meu deus, me desculpa. — Ela jogou a toalha em cima de seu ombro e limpou as mãos no avental antes de cumprimentar Yunho. — Desculpa a bagunça, meu filho é muito irresponsável. Ele não avisou, se não eu tinha preparado algo mais bonito aqui para você de jantar.

— Imagina, eu que me desculpo por aparecer de repente na sua casa.

— Que isso, você é bem-vindo. Pode sentar, fica à vontade. Mingi falou muito bem de você. Ele falou também que você era tão bonito e alto que parecia até um ator, mas eu não levei a sério. Mas nossa, ele estava certo.

— Mãe... — Yunho ficou tímido e sorriu, já sentindo suas orelhas queimarem.

— O que é? É um elogio, menino. As pessoas gostam de ouvir elogios. Mas olha, estou acabando o jantar, fique a vontade. Mingi, vem me ajudar aqui, menino.