O Retorno de Joyboy!

Capítulo 1

Dragon estava olhando para o oceano com seu rosto estóico. Sua mente vagou para os eventos que ocorreram recentemente. A crueldade que o Governo Mundial demonstrava parecia interminável. Foi por isso que ele deixou a organização. A injustiça não era algo que ele toleraria. Ele quer parar o Governo Mundial. Ele quer libertar o povo.

Ele havia conversado com seu pai, Monkey D. Garp, inúmeras vezes. Ele gritou com ele para que o velho soubesse o que estava acontecendo, mesmo que soubesse de alguma coisa. Mas a única resposta que obteve foi: "É meu dever escolher e seguir a justiça da minha vontade".

Ele sabia que Garp não era responsável pelos eventos ocorridos em Ohara, Flevance, Baterilla e muitos outros lugares. Mas ele não conseguia perdoar aqueles que conheciam a verdade, mas optaram por ficar em silêncio, optaram por fechar os olhos para ela. Ele odiava pessoas assim! Mas ele sempre sentiu que seu pai sabia de algo que ele não sabia. Isso sempre o perturbou.

A última vez que conheceu Roger, ele lhe ofereceu proteção, sabia de sua doença incurável. Ele sabia da vontade do homem pela aventura. Ele conhecia seu amor pelo mar. Mas o homem disse algo que o fez pensar no quanto sabia.

'Não sou eu quem vai mudar o mundo. Alguém virá em breve, que irá abalar o mundo e desvendar a verdade para o mundo ver'.

Roger riu quando Dragon perguntou sobre o Século Vazio, dizendo que o escolhido teria todas as respostas para suas perguntas. Dragon se recusou a fazer mais perguntas. Mas se arrependeu ao saber o que aconteceu na Baterilla. Ele teria adorado salvar o feto da ira da Marinha. Mas tudo o que ele pôde fazer foi lamentar e ficar triste quando a notícia de mulheres e crianças sendo massacradas chegou até ele.

Ele olhou para a vasta extensão do oceano à sua frente. O vento uivava, a lua cheia era puramente branca, o mar que estava calmo há alguns momentos, mas agora parecia estar dançando como se estivesse comemorando alguma coisa. Ele não sabe o que sentiu naquele momento, mas declarou os pensamentos pesados de seu coração e os fardos que sentia em seus ombros para que os ventos uivantes ouvissem. Ele gritou sua fúria contra o Governo Mundial, com cada palavra o vento e as ondas se agitando como se concordasse com cada palavra sua. Ele fez a sua promessa de acabar com a tirania do Governo Mundial para a mãe natureza ouvir.

Mas a próxima coisa que ele percebeu foi uma onda enorme engolfando-o e sua mão direita sangrando. Gotas de sangue de seu braço caíam no oceano, algumas na grade e outras no convés, perto de sua perna. Antes que pudesse dar uma olhada em seu ferimento, ele ouviu os sons de tambores e as ondas voltando para ele para engolfá-lo mais uma vez.

Por instinto, Dragon recuou enquanto as ondas lambiam o sangue da grade e do convés, deixando um bebê, que dormia com um sorriso no rosto. Os sons dos tambores estavam ficando cada vez mais altos com a melodia suave que os ventos tocavam agora. Ondas calmas dançavam no oceano e, no meio disso, ele viu o bebê abrindo os olhos lentamente e olhando para ele.

A respiração de Dragon ficou presa na garganta quando ele viu o bebê olhar diretamente em seus olhos. Parecia que ele sabia, como se estivesse vendo através de sua alma.

Foi uma piada! Foi uma piada pensar que o 'Criminoso Mais Procurado do Mundo' estava com medo de um bebezinho, que parecia adorável demais! Dragon engoliu em seco ao ver o bebê sorrir de repente, seu sorriso alcançando seus olhos, o que era quase impossível! Ele teria chamado isso de assustador, mas o adorável rosto mole não tinha tal coisa.

Dragon não sabia quando se mexeu, quando segurou o bebê nos braços e quando um sorriso surgiu em seu próprio rosto. O sorriso no rosto do bebê era contagioso demais! Era como se ele estivesse completamente encantado pelo bebê.

Ele já sentia que queria cuidar do bebê, colocá-lo sob sua proteção e protegê-lo do mundo terrível e cruel. Dragon sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando um vento frio e gelado passou por ele e pelo bebê, bagunçando o cabelo do bebê no processo, como se estivesse beijando e dando suas bênçãos ao bebê.