não entendo.

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Eu não entendo, já é 2024 e eu ainda estou presa em 2022
O ano de sua morte, o ano em que quando eu entrei no seu quarto e não a vi mais lá, o quarto em que eu dormi contigo por anos, o quarto em que eu criei minhas memórias mais especiais, o quarto em que eu a vi respirar por uma última vez.
Esse ano, especificamente em agosto, fazem dois anos sem a senhora. Ninguém imagina o quão destroçada por dentro eu estou. Já passou tempo suficiente mas a saudade ainda me consome.
As memórias ainda estão aqui, eu ainda choro feito uma criança quando vejo sua foto. Eu apenas sinto arrependimento pelo oque eu não fiz.
Você em minha vida, foi o pai presente que eu nunca tive, só que versão mulher.
Ah, como eu sinto saudades de quando eu chorava por não ter ele presente comigo e você me confortava e me consolava.
Sua morte é inconsolável, vovó.
Eu sinto sua falta como nunca, estou passando por coisas que jamais pensei que ia passar. Mas estou passando por isso, sem conseguir dizer a ninguém, o quanto eu estou mal. O quanto tudo o que eu passo -mesmo que pareça pouco e que eu estou parecendo uma criança mimada- não é fácil.

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