001. conhecidencias, né?

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Shim Jake

Não entendo por que complicaram tanto a língua portuguesa. Já sei ler e formar palavras para me comunicar com outras pessoas. Na minha opinião, o português não deveria passar disso, mas o ser humano complica tudo, assim como fizeram com a matemática, que daqui a pouco está virando o próprio alfabeto.
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Aulas provocam sono, fome e cansaço, pelo menos para mim. Neste momento, agradeço aos deuses por ser a última aula do dia, embora eu tenha dormido 90% dela e só tenha acordado quando o professor estava falando sobre algo que, para mim, não estava conectando nada com nada. — Então, vamos fazer um trabalho em dupla voltado para esse assunto — finalmente consigo raciocinar algo que o professor diz, mesmo estando meio sonolento, e escuto a sala comemorar entre gritos altos. No entanto, a animação termina rapidamente quando o homem que estava de frente às cadeiras continua sua frase. — No entanto, eu vou escolher as duplas, sem exceções — a sala resmunga em desaprovação.

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Não me dou a mínima por isso. Na verdade, eu tenho é dó da pessoa que fizer dupla comigo, pois tenho a mesma mentalidade de um coala, considerado - e é - o animal mais burro do mundo, se é que não sou mais burro que ele. Mas o que não tenho de cérebro, tenho de aparência. Pelo menos nisso, ganhei na vida: beleza.
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— Kazuha e Jihyo, Changbin e Yeonjun [...] e, por último, Heeseung e Jake — Quando ele falou os últimos nomes, pela primeira vez na aula, fiquei atento em alguma coisa que aquele velho dizia.
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Não sei se deve ser coisa da minha cabeça, mas eu estava me sentindo o protagonista daqueles filmes sem graça que todo mundo já viu pelo menos uma vez na vida. Mas... são só coincidências, né?
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No final daquela aula, acordei com um cutucado em meu braço e dei um pulo ao abrir os olhos e ver Lee parado ao lado da minha cadeira - que era encostada na parede, graças a Deus, não era à toa que eu dormia em todas as aulas. Era simplesmente o melhor canto para tirar um cochilo sem que o responsável lá da frente não perceba. — Então... sobre o trabalho, pode ser na minha casa? — pronunciou-se ele. — Ah, ah, sim, o trabalho... claro! Claro, sem problemas, imagina — ainda dá tempo de se matar? Foi isso que pensei na hora. — Tá... Então, no final da escola, eu te encontro na saída para a gente já adiantar e entregar — ele nem esperou eu concordar e já saiu apressado novamente da sala de aula. Que mal educado, nem falei se eu concordei. Espero que pelo menos ele seja inteligente, senão nós dois estamos fudidos.
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♡𓈒

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Cap pequeninico (443 palavras) só pra aparecer por aqui mesmo, já que eu escrevo mais por diversão nas horas vagas.

Agradeço as pessoas que votaram no capítulo anterior <3! Fico feliz em saber que leram e gostaram doque eu escrevi.

como (não) viver um clichê  -  HeeJakeOnde histórias criam vida. Descubra agora