002. talvez

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         •      Shim Jake

Quando o sinal tocou, sinalizando o final das aulas, senti um alívio percorrer todo o meu corpo que já estava morrendo de cansaço, mesmo que eu não faça nada na escola, pra ser sincero. Mas é bem melhor não fazer nada deitado na minha confortável cama na minha casa, invés de estar nessa cadeira dura da escola que faz a minha bunda doer quando me levanto depois de horas de aulas.
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Por um minuto, tinha esquecido do trabalho que o professor passou para a próxima semana. Gemi baixinho de frustração, enterrando minha cabeça na mesa escolar. Pra que Heeseung iria querer fazer o trabalho hoje? Se fosse eu, faria um dia antes da entrega.
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Arrumei meu material e saí voando pelos corredores cheios de estudantes, uma vez ou outra batendo em ombros alheios. Parei na saída da escola, esperando pacientemente – ou não tão pacientemente assim – Heeseung, para podermos ir para a casa dele e começar o tal trabalho de português, que eu nem sabia do que se tratava ou qual era o assunto.
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O caminho até a casa do Lee foi desconfortavelmente silencioso. Ainda mais, não posso negar que achei estranho o riquinho da escola ir para casa a pé. Ou ele só não queria esse pobre coitado fudidinho capenga pisando no carrão chique e caríssimo dele, do preço do aluguel da minha casa. Pelo menos, eu penso assim.
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Quando chegamos em frente à casa dele, senti meus olhos arderem de tanto brilho que vinha de lá. Me senti um mendigo do lado daquela casa. A ração do cachorro dele deve custar o quê, um salário mínimo? Okay, talvez eu só nunca tenha visto uma moradia de rico na minha vida toda.
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Olhei animadamente para Heeseung e o vi me olhando com uma sobrancelha arqueada. Talvez fosse pela minha cara totalmente deslumbrada pela casa dele, e eu juro que consegui ler na sua feição: "pobres são tão estranhos".
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Quando entramos, fomos direto para o seu quarto, que, por detalhe, já era maior que minha casa inteira. Sentamos em almofadas no chão perto de uma pequena mesa de madeira pura que tinha do lado da cama, mesmo que fosse meio afastada da mesma.
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Depois de um silêncio ensurdecedor, Heeseung comentou: — Então.. vamos começar? — ele perguntou em um tom de uma confusa afirmação. — Ah, sim, claro — confirmei.
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O tempo passou tão rápido que nem vi passar. Quando menos percebi, Heeseung já estava gritando na minha cara:
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— Porra garoto, você não sabe fazer nada? Aposto que nem sabe onde usar vírgula em uma frase — ele gritou irritado.
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— Agora é culpa minha que aqu￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴￴ele professor explica igual o cu dele?! — mentira, nem prestando atenção na aula eu estava.
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O Lee me olhou com cara de desprezo negando levemente com a cabeça e devolvi o olhar com carinha de cachorro abandonado.
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Novamente, quando eu menos esperei, já estava saindo daqueles portões chiques da casa - ou melhor, da mansão - da família Lee. Sinceramente, Heeseung não é aquele bixo de 7 cabeças que eu o pensei que era apenas observando de longe na escola, no começo eu pensei que ele ia me humilhar e comprar minha casa só de ter a audácia de chegar perto dele. aannn.. mas talvez ele consegue ser legal quando quer.
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Talvez não seja tão ruim assim.
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♡𓈒

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Quando eu vi pela primeira vez eu jurei que tava enorme, dps que vi deu vontade de me matar (538 palavras) EU JURO QUE TO TENTANDO

Como eu disse, eu escrevo só por diversão no tempo livre, mas acho que vou começar a aparecer mais por aqui

como (não) viver um clichê  -  HeeJakeOnde histórias criam vida. Descubra agora