Indomável

o pano...

– Mamãe? O que é isso? - Perguntei de certa forma incrédulo. Ela havia me escondido isso?!

– Não é nada meu filho, não se preocupe.  – Mamãe ajuntou aquele pano e guardou. 

  Fui até lá e peguei novamente o pano e vi que estava todo manchado de sangue, era estranho. De onde era esse sangue?

– O que é esse sangue Mãe? - Ela me olhou e se sentou.

– Eu tossi demais a noite, acho que minha garganta está um pouco machucada. – Ela falou de forma sucinta.

Isso me preocupou bastante pois não tinha como fazer o pagamento da quimio. Mas eu iria dar um jeito, sairia pra procurar emprego! E assim eu fiz....

Não

Não

Não

Não

A necessidade de não retornar para casa de mãos vazias após a busca por emprego me fez ponderar sobre a oferta de Rin. A hesitação diante do trabalho sujo era evidente, mas a disposição de participar dos programas para garantir um sustento colocava-me diante de um dilema e as circunstâncias apertadas moldavam minhas decisões, forçando-me a considerar opções que, sob condições diferentes, seriam impensáveis.

Pois bem, assim eu fui. Cheguei a casa noturna Erguendo-se majestosa no horizonte, uma casa imponente de cor preta, com toques sutis de roxo, se destaca como um ícone de mistério e elegância. A fachada, adornada por detalhes arquitetônicos intrigantes, cria uma aura enigmática. Dois seguranças imponentes, firmes em suas posturas, guardam a entrada, criando uma presença imponente que sugere exclusividade.

Uma fila se estende diante da entrada, composta por pessoas ansiosas, cada uma trazendo uma expectativa única. A atmosfera vibrante é palpável, carregada com a promessa de uma experiência única por trás das portas dessa casa enigmática. Cada detalhe, desde a iluminação suave até os murmúrios de conversas excitadas, contribui para a aura intrigante que envolve este lugar.

A divisão entre a necessidade e a ética moral transformava minha mente em um campo de batalha interno. A pergunta persistente ecoava: deveria realmente seguir por esse caminho? Incerto e indeciso, aproximei-me da porta, sentindo o olhar inquiridor dos seguranças que, com expressões avaliadoras, intensificavam minha ansiedade.

– O que veio fazer aqui, garoto?

– B-bem eu vim indicado de uma amiga pra trabalhar. Queria deixar meu currículo.

– Currículo? Isso é coisa de gente de carteira assinada. Aqui você entra, assina e faz o trabalho.

Escutei de longe uma limosine preta chegar e me virei, vi que todos davam passagem para aqueles homens..eram em um total 5 ou 6. Estavam totalmente vestidos de ternos pretos e me lembravam aos grandes senhores aqui da cidade. Me arrepiei de cima a baixo.

– Boa noite senhores, a credencial.

– Boa noite, Somos nós, da akatsuki. Temos livre acesso. – Um homem com piercings no rosto falou e em seguida os liberaram pra entrar.

Eu estava atordoado com a situação e decidi me sentar afastado da casa noturna, em um banco na praça próxima à casa. Eu estava completamente dividido. Será que eu aceito ou não?

De um lado, tenho como pagar todo o tratamento de mamãe além de garantir o sustento de nossa casa..claro eu iria me prejudicar um pouco, mas o que que tem não é mesmo? Ninguém se importa tanto assim. Mas, de outro lado.... eu tenho um trabalho que desafia meus limites...e se o que eu encontrar lá não for bom? E se...

A incerteza do "e se..." paira como uma sombra sobre as escolhas que se desenham. E se optar por esse caminho comprometer mais do que posso suportar? E se as consequências forem irreversíveis? Cada "e se..." é uma porta para um futuro desconhecido, desencadeando uma série de dilemas internos diante das possibilidades incertas.

– Oi? ‐ Me virei para trás e vi uma bela mulher de cabelos roxos e alguns piercings no rosto. – Me chamo konan..percebi que está olhando demais para a casa de senet. Trabalha la?

– Não...mas...tô pensando. – Falei baixo.

– Eu trabalho lá, se quiser posso te ajudar a entrar....

– Eu tô pensando...não sei ainda...eu acho que...

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Desabafo do dia:

Estou insegura quanto ao cap, estava com esperança de postar todos os dias mas não estou conseguindo. 🥲

O que acharam desse capítulo? Sei que tá pequeno, peço perdão de verdade