A Rua da Fiação

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Era dia seguinte, todos se encontravam no salão principal, ansiosos para começarem o próximo livro

- Iremos pular bastante coisa, então quando surgir alguma dúvida, perguntem- Alya avisa- eu leio... A Rua da Fiação

Snape franze o cenho ao ouvir o nome da Rua

" A muitos quilômetros de distância, a névoa gelada que comprimia as vidraças do primeiro- ministro flutuava sobre um rio sujo que serpeava entre barrancos cobertos de mato e lixo. Uma enorme chaminé, relíquia de uma fábrica fechada, erguia-se sombria e agourenta.

O silêncio total era quebrado apenas pelo rumorejo da água escura, e não havia vestígio de vida exceto por uma raposa esquelética que descera até o barranco na esperança de farejar um saco de peixe com fritas descartado no capim alto.

Então, com um leve estalo, uma figura magra e encapuzada se materializou na margem do rio. A raposa congelou, fixando os olhos assustados no estranho fenômeno. A figura pareceu se orientar por alguns instantes, então saiu andando com passos leves e ligeiros, sua longa capa farfalhando no capim.

Com um segundo estalo mais forte, outra figura encapuzada materializou-se.

– Espere!

O grito rouco alarmou a raposa, agora quase achatada no mato. Saltou do seu esconderijo e subiu o barranco. Houve um lampejo verde, um ganido, e o animal caiu ao chão, morto.

A segunda figura virou o corpo do animal com a ponta do pé.

– É só uma raposa – disse sumariamente uma voz feminina por baixo do capuz. – Pensei que fosse um auror... Ciça, espere!

Mas a outra, que parara para olhar para trás ao perceber o lampejo, já estava subindo pelo barranco em que a raposa acabara de tombar.

– Ciça... Narcisa... escute...

A segunda mulher alcançou a primeira e agarrou-a pelo braço, mas esta se desvencilhou.

– Volte, Bela!

– Você precisa me escutar!

– Já escutei. Já me decidi. Me deixe em paz!

Narcissa ouvia atentamente, até porque era sobre ela e- querendo ou não- sua irmã

"A mulher chamada Narcisa chegou ao alto do barranco, onde um gradil velho separava o rio de uma rua estreita calçada com pedras.

A outra, Bela, continuou seguindo-a.

Lado a lado, elas pararam, examinando na escuridão as fileiras de casas de tijolos aparentes, em ruínas, as janelas opacas e sem luz.

– Ele mora aqui? – perguntou Bela com desprezo na voz. – Aqui? Neste monturo dos trouxas? Devemos ser os primeiros da nossa raça a pisar...

Mas Narcisa não estava escutando; passara por uma abertura no gradil enferrujado e já atravessava a rua, apressada.

– Ciça, espere!

Bela acompanhou-a, sua capa enfunando às costas, e viu Narcisa embarafustar por um beco em meio ao casario e sair em outra rua quase idêntica.

Alguns dos lampiões estavam
quebrados, e as duas mulheres percorriam alternadamente trechos de luz e sombra profunda.

Bela alcançou Narcisa quando virava mais uma esquina, conseguindo desta vez segurá-la e virá-la de modo a ficarem frente a frente.

Hogwarts lendo: Alya Katherine BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora