DESTINOS QUE NOS IMPEDEM DE SONHAR 1

Capítulo VI: MOMENTOS APAIXONADOS

MOMENTOS APAIXONADOS

Eu sou mulher e sei muito bem como ativar certas coisas em qualquer que for o homem. Sei como provocar a chama sem precisar da pólvora. Sei como quebrar a camada do ozono e fazer com que os raios ultravioletas penetrem a uma intensidade insuportável.

Apesar de tudo isso, eu era quem estava de chama acesa e ele havia feito isso comigo sem precisar me tocar no mínimo. Só de pensar nele os meus instintos ficavam descontrolados de tal modo que não conseguira me concentrar durante o trabalho.

Micael: - Sr.Samira, o Sr.Eugênio está lhe chamando...

Samira: - O que ele quer comigo? (Perguntei chateada).

Micael: - Eu não sei Sr.Samira!

Samira: - Diga para ele que estou ocupada agora.!

Na verdade eu não queria me encontrar nem de raspão com o Eugênio, estava tão farta dele que só de ouvir no seu nome começava ficar enjoada.

Apois a Micael ter ido lhe dito que eu estava ocupada, ele se deu o luxo de vir a minha sala só para ver se de facto estivesse ocupada.

Eugênio: - Eu pedi para que a Micael viesse chamá-la! (Afirmou).

Samira: - Pois é, ela veio!

Eugênio: - E porquê não foi a minha sala?

Samira: - Porque eu disse que estava ocupada!

Eugênio: - Você nunca está ocupada para o seu Chefe! (Afirmou com um tom provocativo).

Samira: - Então dei sorte, pois você não é o meu Chefe! (O retribui do mesmo jeito).

Eugênio: - Eu sou o Director dessa empresa!

Samira: - E meu Chefe é aquele que paga o meu salário, e se quer saber, sou eu quem paga os salários aqui! - Eu sou a minha própria chefe, dona de mim mesma! (Falava toda confiante e com postura acima).

Eugênio: - Veja como falas com o seu superior...

Samira: - Você não é nada para mim Eugênio, então por favor queira se retirar da minha sala!

Eugênio: - Eu sou essa empresa e sou tudo para ti debaixo desse empresa, olha para o que está escrito na sua porta! - Tem o meu nome, EU SOU ESSA EMPRESA E NÃO VOU ME RETIRAR DE LUGAR NENHUM! (Exaltou-se).

Samira: - Se você não vai, eu vou!

Me levantei peguei nas minhas coisas e saí da sala o deixando falar sozinho.

Eugênio: - PARA ONDE VOCÊ VAI? - NÃO ME DEIXE AQUI FALANDO SOZINHO! (Gritou todo irritado).

Vontade de o responder não me faltou, mas mantive a calma o mais preciso possível e fui embora como se nada estivesse acontecendo.

Ele continuava gritando sobre a empresa, mas eu nem ligava e só queria mesmo subir o elevador e sair em rumo ao meu destino.

O Eugênio quase que acabava com o meu dia, mas graças as terapias que tenho feito em casa consegui manter a calma e nada foi perdido. De seguida fui para casa do Fred, pois tinha um encontro marcado com ele.

Ao chegar em sua casa me fora atendida por uma mulher, o que me deixou ainda mais frustrada pois para mim ele era totalmente solteiro e não havia nenhum vestígio de uma suposta mulher em sua vida.

Samira: - Desculpa, Fred está?

Arabela: - Não, ele saiu, mas já volta, o que deseja?

Samira: - Preciso falar com ele...

Arabela: - Pode entrar e aguardar na sala por ele...

Samira: - Não não, prefiro ficar aqui fora!

Não queria acreditar que o Fred tivera feito aquilo comigo, como ele foi capaz de me chamar para sua casa sendo que havia lá uma outra mulher. Os meus nervos já estavam a começar a dar cabo de mim e eu não conseguia mais me segurar.

Dez minutos depois o Fred chegou em sua moto com uma garrafa de vinho na mão e veio me receber como se nada estivesse acontecendo.

《Fred Narrando》

Eu havia saído para comprar um vinho e pedi para se caso a Samira chegasse antes que eu voltasse, a Arabela a deixasse entrar e dissesse que ela poderia se sentir a vontade. Mas para o meu azar logo ao voltar para casa eu vi a Samira andando de um lado para o outro feito uma louca e me pareceu estar muito nervosa.

Fred: - Samira... (Fui interrompido).

Samira: - Quem é ela? (Perguntou toda nervosa).

Fred: - Ela quem Samira? (Eu não sabia a quem ela estava se referindo).

Samira: - A mulher que está em sua casa enquanto eu fico aqui plantada a sua espera...

Fred: - Que mulher? A Arabela? (Não consegui me conter e lancei algumas gargalhadas face a situação).

Samira: - Sei-lá qual é o nome dela, o que ela está fazendo aqui?

Fred: - Ela é a minha secretária... trabalha para mim Samira! (Afirmei).

Samira: - Sério?

Fred: - Claro, Arabelaaa (Chamei-á).

Arabela: - Sim Sr.Fred, me chamou?

Fred: - Essa é a Samira, minha colega do trabalho...

Samira: - Prazer, eu sou a patroa dele, responsável pelo salário dele...

Arabela: - Wauh, que bom, uma vez que é responsável por pagar o solário dele, peço-lhe que li aumentasse um pouco, quem sabe assim ele aumente o meu também...

Caímos na gargalhada, porém a Samira não gostou lá tanto da piada.

Samira: - Que gracinha!

Fred: - Arabela está dispensada, pode ir para sua casa...

Arabela: - Obrigada Sr.Fred!

Fred: - Samira está tudo bem? (Perguntei-lhe desconfiado).

Samira: - Está sim!

Fred: - Tem certeza que está tudo bem mesmo? (Insistia na mesma questão).

Samira: - .... (se calou)

Ela mal conseguia falar e do nada começou chorar. Eu a abracei e ela retribuiu com lágrimas em seu rosto.

Por um momento eu percebi que ela não estava bem, porém ao tentar questionar sobre o que estava acontecendo ela me beijou como se não fosse mais parar.

Naquele momento várias questões começaram surgir na minha cabeça, eu não sabia se parava ou se continuava, porém tinha que tomar uma atitude o mais rápido possível. A única coisa da qual consigo me lembrar, fora a garrafa de vinho que eu tinha em minhas mãos. Mas o que se sucedeu depois, nenhuma palavra podia descrever. Pois, fora um momento de muita paz e de toda tranquilidade que o mundo nos podia oferecer.

Foi mais do que um dia qualquer, foi uma tarde que durou por toda a madrugada e nem sequer a noite nos conseguiu deter.

Foi um momento de muita tensão, um momento em que o "T" se encontrava no seu grau aumentativo. Eu não esperava que aquilo acontecesse, mas enfim, ainda bem que aconteceu.

A Samira me surpreendeu em todos os aspectos, mas mais do que uma noite com ela eu queria uma vida. Queria um lar, queria uma família. Durante aos amassos todos, eu percebi que não dava para viver a vida toda feliz e solteiro, mas que um dia eu teria que me entregar aos braços de uma mulher cedente por um belo homem.

Eu percebi que a vida era muito mais do que estar só, do que viver sozinho como se estivesse fugindo de algo. Eu percebi que teria que me entregar, ceder o meu coração e novamente me apaixonar.

A paixão nos remete a um momento de reflexão em que o mesmo nos dá a oportunidade de escolher se queremos de facto embargar neste barco ou preferimos deixar com que a onda decida o rumo das nossas vidas.