Boa leitura para vocês!
___________________________________________Don Adler me convidou para ir ao Mocambo, sem dúvidas a casa noturna mais badalada da cidade, e foi me buscar no meu apartamento.
Quando abri a porta, dei de cara com ele vestindo um belo terno, com um buquê de lírio nas mãos. Era só um pouquinho mais alto que eu, quando estava de salto. Cabelos castanhos claros, olhos avelã, e um sorriso impossível de não retri. Era o mesmo sorriso que tornara sua mãe famosa, só que num rosto mais masculino e bonito.
- para você - ele falou, meio tímido.
- uau - disse, pegando as flores. - que lindas. Entra. Entra. Vou achar um vaso. - completei abrindo espaço para que o mesmo entrasse na casa.
Eu estava usando um vestido de noite azul safira com gola canoa, e os cabelos num coque. Peguei um vaso embaixo da pia e abri a torneira.
- não precisava ter se dado ao trabalho - falei enquanto Don me esperava de pé na minha cozinha.
- bom - ele respondeu - ma seu queria. Estava atormentando Harry para me apresentar para você fazia um tempão. Então o mínimo que podia fazer era tentar demostrar que é uma ocasião especial. - ele falou.
Coloquei as flores na bancada e disse:
- vamos?
Don assentiu e me pegou ela minha mão.
- eu vi pai e filha. - ele comentou enquanto estavamos em seu conversível a caminho do Sunset Strip.
- ah, é?
- é, Ari exibiu para mim um primeiro corte. Acha que vai ser um sucesso. Ele disse que você vai ser um sucesso.
- E o que você acha? - perguntei.
Paramos num sinal vermelho na Highland. Don virou para mim.
- acho que você é a mulher mais linda que já vi na vida. - ele falou enquanto olhava nos meus olhos.
- ah, para com isso - respondi, percebi que estava rindo. Corada, até.
- é verdade. E muito talentosa também. Quando o filme acabou, olhei para Ari e disse: " Essa é a garota certa para mim"
- falou nada. - eu disse
Don ergueu a mão..
- juro de dedinho. - falou enquanto cruzava o seu mindinho no meu.
Não havia absurdamente nenhuma razão para alguém como Don Adler exercer sobre mim um efeito diferente de qualquer outro homem no mundo. Não era mais bonito que Brinck Thomas, nem mais confiável que Ernie Diaz, e eu não precisava gostar dele para virar uma estrela. Mas esse tipo de coisa desafia a razão. No fim acho que é culpa é dos feromônios.
Isso além do fato de que, pelo menos no início, Don me tratava como um ser humano. Tem gente que não pode ver uma flor bonita que já quer pôr a mão, já quer ser dono dela. Querem dominar a beleza da flor, querem que esteja em sua posse, sob o seu controle. Don não era assim. Pelo menos não logo de cara. Don se contentava em estar perto da flor, em observá-la, em deixá-la ser o que era.
Tem uma coisa quando você se casa com um cara assim -- um cara como Don era na época. Você está dizendo para ele : " essa coisa linda que você se contentava em apenas apreciar, bom, agora ela é sua ".
E então Don e eu fomos curtir a noite juntos no Mocambo. Uma cena e tanto. Uma multidão se apertando lá fora, todo mundo querendo entrar. O lado de dentro era um playground das celebridades. Mesa após mesa cheias de gente famosa, teto alto, números incríveis no palco e pássaros por toda parte. Aves de verdade, presas em viveiros com paredes de vidro.
Don me apresentou a um pessoal da mgm e da Warner Brothers. Conheci Bonnie Lakeland, que tinha acabado de começar a fechar contratos avulsos e estava ganhando uma fortuna com v
vintém, meu bem. Mais de uma vez ouvi Don ser chamado de príncipe de Hollywood, e achei um charme quando ele virou para mim na ocasião em que alguém falou isso de novo e sussurrou:- Estão me subestimando aqui. Eu ainda vou ser o rei um dia desses.
Don e eu ficamos no Mocambo até bem depois da meia noite, dançando juntos até nossos pés começarem a doer. Toda vez que acabava uma música, um dos dois sugeria que fossemos sentar, mas, quando começava outra, continuácamos na pista.
Ele me levou para casa pela as ruas vazias de madrugada, com a cidade toda às escuras. Quando chegamos ao meu prédio, me acompanhou até a porta do apartamento. Mas não pediu para entrar. Simplesmente perguntou:
- quando vou poder ver você denovo?
- liga para Harry e marca um encontro. - respondi.
Don apoiou a mão na porta.
- não. - ele disse - só nós dois. De verdade.
- e as câmeras? - perguntei.
- se você quer câmeras por perto, tudo bem. - falou. - se achar que não precisa, eu também vou achar. - ele abriu um sorriso meigo e sedutor.
Eu dei uma risada.
- tudo bem - respondi. - que tal sexta que vem?
Don pensou por um instante.
- posso ser bem sincero com você? - perguntou.
- se quiser - respondi.
- tenho um compromisso marcado para ir ao Trocadero com Natalie Ember na sexta que vem. - ele explicou.
- ah.
- é o lance do nome. O sobrenome Alder. O Sunset está querendo se aproveitar da minha fama o máximo que pode.
Eu sacudi a cabeça.
- não acho que seja só o nome - disse para ele. - eu vi irmãos de armas. Você é muito bom. A plateia toda ficou encantada.
Don abriu um sorriso.
- você acha mesmo?
Dei uma risada, ele sabia que era verdade; acontece que ele queria ouvir isso da minha boca.
- eu não vou te dar essa satisfação - falei
- seria bom se desse.
- vamos parar com isso - eu disse. - já falei quando vou estar livre. Você que faça o que quiser a respeito.
Ele se empertigou todo, como se eu tivesse acabado de dar uma ordem.
- certo, vou cancelar com a Natalie então. Pegou você aqui na sexta às sete horas.
Eu sorri e assenti com a cabeça.
- boa noite, Don - eu disse.
- boa noite Evelyn - ele disse.
Comecei a fechar a porta, mas Don estendeu o braço e me impediu.
- você se divertiu hoje á noite? - ele quis saber.
Fiquei pensando no que dizer, e em como dizer. Ma acabei perdendo o controle, na empolgação de me sentir animada por causa de alguém pela primeira vez na vida.
- foi uma das melhores noites da minha vida - respondi.
Don sorriu.
- da minha também.
No dia seguinte, nossa foto apareceu na revista Sub rosa com a legenda:
"Don Adler e Evelyn Hugo formam um casal e tanto".
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Quem é vivo sempre aparece né? KKKKK
Enfim..curtam esse capítulo
e boa noite.Bjs bjs
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Os sete maridos de Evelyn Hugo e o seu único amor- adaptação do livro original
FanfictionUma grande astro do cinema mais conhecida como Evelyn Hugo, vive uma grande história de dor, traumas e paixões para chegar ao topo e ao auge de sua carreira. Em meio a isso, Evelyn enfrenta os seus sete casamentos gerando grandes escândalos ao jor...