#4 Vale a Pena Viver! - Obra de Ely Buio.

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    Olá, cambadinha! — Temos que arrumar um apelido para vocês

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Olá, cambadinha! — Temos que arrumar um apelido para vocês. Gosto de cambadinha, mas parece irônico vindo de mim.

Essa é a primeira resenha de 2024. A primeira de muitas, espero. Passei aqui para pedir o perdão da Lídia, (LidiaDanielle), escritora da semana passada, por demorar tanto pra publicar a resenha. Mas, usando o Matheus de desculpa, ele também só publicou a live hoje. 🤭🤭

        Apesar de não poder falar pela maioria, falo pelos escritores que já conheci quando afirmo que: escritores querem escrever sobre quem eles não são

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Apesar de não poder falar pela maioria, falo pelos escritores que já conheci quando afirmo que: escritores querem escrever sobre quem eles não são. Se eles têm medo de altura, então seus personagens saberão voar. Se têm medo de aranhas, seus heróis enfrentarão a Aracne. Se têm problemas de relacionamento, seus personagens vivem romances perfeitos.

Não estou criticando quem escreveu ou escreve assim, porém, a questão é: um desafio considerável é fazer o contrário. Mostrar a realidade, imperfeita e feia, do que seres humanos são. Não de forma pessimista e depressiva (o que me faz desgostar da história de cara), mas de forma sensata e sincera.

É isso que o livro da Lídia, "Vale a Pena Viver", faz. Logo, ambos — a autora e o livro em si — são muito admiráveis.

Outro adjetivo para descrever os personagens da história, além de "humanos", talvez fosse "cheios de merda" como eu mesma pontuei na live acima. Protagonizando essa galera adorável, temos Pedro. Um homem bem sucedido e, como descobrimos logo no começo, chifrudo como um veado.

Após descobrir sobre a traição de sua esposa, Laura, Pedro entra em um estado depressivo e acredita perder os motivos para viver. Então surge Vitória — segundo Pedro, uma jovem intrometida e metida a conselheira — que pede um tempo para dar a Pedro cinco razões para viver. Sim, é daí que vem o título.

"Vale a Pena Viver" foi debatido no sábado passado (13/01). A reunião começou com um clima pesado, todo mundo relatando as experiências envolvendo suicídio e depressão, mas depois todos soltaram suas opiniões e elogios, geralmente voltando para Laura e a traição. O livro nos fez pensar, causou desconforto. Exatamente porque é uma história palpável, cheia de similiaridade com a realidade.

Concordamos que a narrativa do livro é profunda e fluida. A história é envolvente e causa muitas emoções. É um livro que gera empatia, fala sobre perdão e, de bônus, ainda te faz surtar.

Ou seja, tem tudo que gostamos!

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