#5 TUDO que Você Precisa para Fazer um Bom Prólogo.

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No debate do livro "Como Chegar Até Você?" um tópico muito mencionado foi o prólogo. Sempre que possível, eu tento conectar a dica com a resenha postada, então aqui estou eu. Vamos falar sobre prólogos!

Pequeno Sumário:
1 O que é um prólogo e seu objetivo.
2 Tipos de prólogo (fonte: vozes da minha cabeça)
3 Dicas Gerais.
4 Despedida fofa da Isa e espaço para fazer perguntinhas.

AFINAL, O QUE É UM PRÓLOGO?

É importante diferenciar o prólogo do primeiro capítulo. São diferentes e não podem ter uma narração linear entre eles. O prólogo é uma parte da história apenas interligada à narrativa principal. Tende a ser algo que acontece antes do início da história, por isso tantas vezes prólogos são memórias do passado que, inicialmente, parecem descartáveis, mas ganham importância com o desenrolar do livro. Se passa num período diferente do começo da história e é diferente de epígrafe e prefácio.

💫 Dicionário Literário 💫
Epígrafe: é uma citação ou trecho de texto escolhido pelo autor para introduzir e/ou dar o tom da narrativa antes da leitura começar.
Prefácio: o próprio autor escreve ou convida alguém para escrever uma introdução do livro, na intenção de contextualizar o leitor.

Usamos o prólogo, de maneira geral, para chamar a atenção do leitor. Essa é a função do prólogo. Ou seja, se você escreveu um prólogo que não cumpre essa função, reescreva-o. Muita gente pensa que o prólogo é "descartável" e se seu prólogo for desinteressante, você reforçará (mesmo que inconscientemente) essa crença.

Então, à medida que essa dica for se desenrolando, faremos uma lista de prioridades ao fazer um prólogo, certo?

    1. Aguçar a curiosidade do leitor.

Use prólogos para encaixar alguma informação interessante sobre o conflito que talvez não se encaixe nos capítulos seguintes e para dar o tom da sua história. O que seus leitores devem esperar da sua narrativa? Quais expectativas eles devem ter? — Lembre-se que falsas insinuações são diferentes de falsas expectativas. Falsas insinuações é quando você leva seu leitor a crer em algo em relação à história para surpreendê-lo depois; e falsas expectativas é quando o prólogo é tão diferente do restante que o leitor sente que se trata de duas histórias diferentes e, como consequência, acaba se decepcionando.

Então lembre-se: a narrativa principal e o prólogo precisam ser semelhantes em algum contexto, seja na temática, personagens envolvidos e/ou no estilo da escrita.

TIPOS DE PRÓLOGOS.

Prólogos são uma parte destacada do livro exatamente porque não precisam seguir a estrutura do enredo, então aproveite isso. Fiz uma lista (outra, eu sei, mas adoro listas) de tipos de prólogos (muito provavelmente essas não são os únicos, porém eu separei assim para facilitar a vida de todos nós).

   1. Dar uma pista sobre o plot twist.
   2. Revelar o personagem/ universo.
   3. Explicar/contextualizar o conflito.
   4. Narrar o Clímax.

Então vamos por partes. Vou explicar cada um.

Revelar o Universo

Claro que seu prólogo não precisa fazer apenas um desses tipos, mas pelo menos um tem que ter. Na maioria das vezes, uso meus prólogos para revelar meu universo, explicando como e porque a sociedade age daquela forma, ou as regras da magia que meu universo possui. No entanto, considero esse tipo de prólogo um tanto arriscado, porque a primeiríssima coisa na minha lista "Como NÃO Começar um Livro" é "descrição demais". Principalmente para quem está começando, é o tipo de prólogo que é um pouco mais complicado de tornar interessante.

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