socorro

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Maraisa pov:

Eram 10 da manhã, acordei com meu celular vibrando, era Maiara, avisando que estava a caminho, ela passaria o domingo com a gente. Olhei para o lado e admirei Fernando, que ainda dormia como uma pedra, além da viagem ficamos horas na praia, ontem tinha sido cansativo, então não quis acordá-lo. Sentei na cama e em silêncio caminhei até o banheiro, fiz minha higiene e vesti um roupão por cima do pijama.

No caminho passei pelo quarto de Antônio, que era a mini cópia do pai, dormindo mais ainda. Mais de 12 horas de sono, ainda bem que Maiara estaria aqui pra ajudar o pequeno gastar sua incansável energia, ri em meus pensamentos.

Na cozinha deixei a mesa posta, com suco, frutas e um omelete quentinho para esperar os meus meninos, que logo deserpertariam.

- Bom dia, Titia. - Antônio apareceu pela porta bocejando.

- Bom dia, dorminhoco. - sorri e fui até ele, lhe dando um abraço. - Dormiu bem? - ele afirmou com a cabeça.

- Meu pai já foi pra praia e nem me esperou? - perguntou olhando para os lados

- Não meu amor, ele ainda está dormindo. Tão dorminhoco como o senhor. - falei rindo

- Quem é dorminhoco aqui? - Fernando disse entrando na cozinha

- Bom dia, meu amor. - me aproximei lhe dando um selinho

- Papai, já podemos ir para praia? - Antônio correu pulando em seus braços

- Daqui a pouco, certo? Ja já sua tia Maiara chega e iremos todos juntos.

Como era esperado Antônio estava ligado na tomada, assim que tomamos nosso café o pequeno foi correndo para o quarto se arrumar, Fernando foi atrás para ter certeza que não teríamos surpresas, como um Antônio branco de tanto protetor.

- Cheguei meu povo! - Maiara entrou jogando suas coisas no sofá. Cadê meu sobrinho, estou pronta pra aprontar todas com ele.

- TIA MAIARA! - Antônio veio correndo assim que ouviu sua voz.

- Bom dia, irmã. - sorri

- E aí, cunhada? Não é que você veio mesmo?! - Fernando disse rindo, já que da última vez ela combinou e não apareceu.

Maiara fez cara de deboche e jogou uma almofada em Fernando, que retribuiu. Estavam todos prontos, menos eu, então pedi que fossem na frente. Aproveitei para arrumar toda bagunça do café, e então fui até o quarto para me trocar.

Abri o guarda roupa para pegar um biquíni e um shorts jeans, não existe muita duvida quando estamos na praia, até que levo um susto.

Todas as minhas roupas estavam rasgadas, uma sobre a outra, formando um bolo delas e em cima um papel. Ao abri-lo um gemido sai da minha garganta.

                 -   vagabunda  -

Ele está aqui, Fabrício está aqui. Sigo correndo para fora do quarto, quando estou passando pela porta o primeiro golpe atinge meu estômago.

- Onde vai com tanta pressa, Maraisa? Encontrar o seu amante, sua vagabunda?

Naquele momento meu corpo treme, tento pedir socorro, mas o choque do meu corpo com o chão frio me deixa sem forças.

- Achou mesmo que eu deixaria barato? - Fabrício dispara golpeando todo meu corpo. - Você vai aprender que é minha mulher e sempre vai ser.

Fernando pov:

Passada uma hora que estávamos na praia e nada de Maraisa, pedi para que Maiara ficasse de olho em Antônio para que fosse chamá-la.

Chegando em casa chamei por ela e não tive resposta. Notei que a cozinha estava arrumada, talvez estivesse ali o motivo da demora. Segui pelo corredor subindo as escadas até nosso quarto, me assustando com o que encontro.

Os móveis e objetos estavam quebrados, vidro para todo lado e algumas marcas de sangue. Meu coração congelou, senti meus olhos encherem de lagrimas gritando mais uma vez por Maraisa, dessa vez em desespero. A casa estava em silêncio, até algo cair no quarto ao lado.

MARAISA? Entro correndo pela porta me deparando com a pior cena que poderia presenciar, Fabrício estava deitado sobre ela, tampando sua boca com uma das mãos enquanto a outra tirava sua calça.

- LARGA ELA - o puxei pela blusa e joguei longe. - EU VOU MATAR VOCÊ!

Segurei Fabrício pelos cabelos, socando sua cara inúmeras vezes. - Você vai pagar por isso, filho da puta - minha raiva era tão grande que poderia matá-lo agora mesmo. Mas em um segundo ao olhar pra Maraisa o vagabundo me empurrou, conseguindo fugir pela janela.

- Maraisa, amor. Fala comigo. - Me sento ao seu lado na cama, tentando acalmá-la. Ela geme de dor e meu coração se quebra em mil pedaços. Não consigo entender o que leva alguém fazer isso. - Eu vou chamar a polícia e uma ambulância, amor. - eu falo e ela aperta minha mão

- Não, polícia não. - ela sussurrou

- Ele precisa pagar por isso, meu amor. - digo angustiado

- Ele não vai me perdoar. - apertou minha mão mais uma vez

Apesar de não estar de acordo, não liguei, não naquele momento, só a deixaria mais nervosa. Precisava tirá-la dali, a peguei em meus braços e levei para outro cômodo, onde não haviam sinais do ocorrido.

- Irmã! - Maiara entrou pela porta já com os olhos cheios de lágrimas. - Fernando? O que aconteceu aqui?

Maraisa não disse uma palavra, era como se apenas seu corpo tivesse ali. Coloquei Maiara a parte de tudo que aconteceu e pedi para que fosse buscar roupas para sua irmã. Também pedi que avisasse os vizinhos que mais tarde passaria buscar Antônio, não poderia trazê-lo para casa agora.

- Eu vou matar esse desgraçado. - Maiara grita, abraçando com todo cuidado sua irmã. - Eu já volto, ok?

Enquanto espero que Maiara volte, vou até o banheiro, pego uma toalha molhada e começo com calma limpar os ferimentos de Maraisa, para ver a gravidade da situação. Estava com um nó na garanta, vendo todos aqueles hematomas. Graças a Deus cheguei a tempo de não acontecer o pior, não me perdoaria por isso.

- Amor - ela fala baixo limpando as lagrimas que escorrem pelo seu rosto. - Meu bebê...

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Mais alguém com raiva aí?

Ficou curtinho, mas espero que tenham gostado. O que vai acontecer agora? 👀

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⏰ Última atualização: Jan 21 ⏰

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