Era uma tarde de um sábado com um clima agradável para os amantes do Outono, o sol presente, mas nem por isso está aquele calor insuportável, mas também, não frio o suficiente para necessitar roupas reforçadas.
A tranquilidade dentro da casa da jovem de 22 anos, não era de se estranhar. Dividindo a propriedade somente com sua mãe, e seus animaizinhos – que não eram poucos –, sempre foi assim e sempre será.
Salvo as vezes quando sua melhor amiga vem a visitar, com toda a sua confusão e agitação. A garota loira já era conhecida por sua mãe, e para infelicidade da moradora mais nova, ela era muito adorada pela senhora. Pode ser pela alegria que a menina sempre se encontra, pela maneira como ela é com sua filha, pelo fato engraçado que: as duas são um total oposto em personalidade, mas mesmo assim, estão sempre grudadas na faculdade. Ou outros...
Nunca saberemos o real motivo.
Por essas e outras razões, a garota adentra a casa de sua amiga como se fosse a sua, retirando seus calçados e os botando ao lado da porta, junto com os demais calçados presentes ali. O primeiro cômodo que ela vai após atravessar a sala de estar e um curto corredor, é a cozinha, pois ela sabe que naquele horário, a mulher mais velha estaria preparando o café da tarde.
E como se fosse ela que vivesse ali, ou como se ela sempre estivesse invadindo a casa, o que realmente é o caso. Lá estava a senhora, tirando uma forma de cookies recém feitos do forno e virando-se para descansar em cima da ilha.
Mas toma um baita susto ao perceber a garota loira lhe encarando, com um sorriso maior que o rosto consegue suportar e os olhos brilhando em antecipação para desfrutar do alimento no recipiente. E exclama:
— Oh meu Deus, Roseanne! — Com os olhos arregalados, pousa a bandeja sobre a ilha. — Você tem que parar de invadir minha casa na surdina como se fosse um assaltante! — Diz em um tom repreensor, mas há divertimento em sua voz.
— Perdão Sr. Manobal. — Roseanne solta uma leve risada nasal e se curvou levemente em cumprimento. — Como a senhora está? — Questionou animada.
— Muito bem, querida. Apesar das suas tentativas de me causar um ataque cardíaco, estou bem. — Responde Chitthip divertida. — E você? — Devolve a pergunta.
— Melhor agora, que vi a senhora. Sabe que eu gosto de você, não é? — Questiona enquanto dá a volta na ilha se aproximando da mulher, já envolvendo os braços ao redor de seus ombros e plantando beijinhos em sua bochecha. — Eu gosto muito da senhora. — Diz agora ao olhar para os cookies.
— Hum, sei muito bem o quanto. — Fala a mulher ao perceber as estrelas nos olhos da garota.
Não era novidade para ninguém a fascinação de Rosé por comidas, que chega a ser cômico quando fazem piadas sobre ela poder até comer pedra, e a feição emburrada que surge em seu rosto ao escutar. Mas no fim não se sente ofendida, porque é a mais pura verdade.
Com a mão vibrando para pegar um cookie, Rosé retira os braços do redor da Sr. Manobal e arrisca pegar um biscoito. Falhando miseravelmente ao receber um tapa em sua mão.
— Aí! — A garota dá um gritinho, enquanto recolhe a mão e cobre com a outra num carinho. Logo a mulher nota seus lábios se curvando num beicinho e os olhos lacrimejando.
Também não era novidade o fato de Roseanne ser extremamente sensível, à tornando numa dramática digna de um Oscar em alguns casos. Então, a senhora revira os olhos e coloca uma mão nas costas da garota na tentativa de confortar ela, iniciando um carinho ali.
— Não pode pegar ainda, acabou se sair do forno e está quente. — Diz a mulher. — Que tal ir conversar com Lalisa enquanto os biscoitos esfriam, hm? Depois vocês descem para lanchar, que tal? — Sugere para a loira. E é quase que instantâneo a mudança de expressão da garota mais nova.