Minha fã - Loud Thurzin

Capítulo 37

ANA BIA

   Estavamos esperando a Mérida e o Bak pagar o estacionamento. O Vini mexia no telefone e tirava foto dele de vez enquanto, enquanto eu observava a Rafa sorrir, totalmente caidinha pelo Fubuki, no meio da conversa deles. Bom o Arthur, que estava do meu lado, segurava a minha mão e fazia um carrinho enquanto olhava para o horizonte, pensando em sei lá o que.

   Eu admirava o horizonte, igual o menino ao meu lado. Quando senti um vento leve me fazendo arrepiar pelo frio que eu fingia que não estava sentido desde que terminei o meu milk-shake.

    — Bem que você falou.- Falo quebrando o silencio.

    — O que eu falei?- Perguntou me fazendo olhar para ele e logo desvio por ele ter falado mais cedo.

    — Que eu ia ficar com frio.- Falo tentando esquentar o meu braço.

   Assim que falei isso, Thur soltou a minha mão, que até então estava entrelaçada com a dele. E começou a tirar o seu moletom, o que me deixou confusa e assim que eu entendi o que ele iria fazer eu nego a "ajuda" dele.

    — Não Thur, coloca o seu moletom.- Falo enquanto negava emburrando o moletom para o menino que estendia ele para mim.- Coloca, você vai ficar com frio.

    — Eu prefiro ficar com frio, do que ver você com frio.- Falou e entrego o moletom para mim que eu não consegui não sorrir com sua fala.

   Peguei o moletom e vesti o moletom. Me esquentou e eu percebi o quanto eu precisava de uma coisa para me esquentar. 

    — Melhor?- Perguntou e eu concordei e o abracei.

   — Para você não ficar com frio.- Falo aconchegando a minha cabeça no ombro dele.

   Ele retribui o abraço e levanta a minha cabeça para olhar para ele. Estavamos muito próximos um do outro. Logo olhei para a boca dele, pensando o quanto eu queria sentir ele igual hoje mais cedo. Assim que consegui tirar os meus olhos da sua boca eu vejo ele olhar para a minha, mas logo ele olha para meus olhos.

    Seus olhos castanhos que tem uma profundidade totalmente estranha e acolhedora, o brilho no olhar, parece estar me admirando. Poderia passar dias falando o qual aquele olhar sobre mim me fez sentir bem em tão pouco tempo.

   Me perdi em um nível que só fui perceber que iriamos nos beijar quando a Mérida aparece e fala:

    — Atrapalhei?- Mérida perguntou para nós dois me fazendo olhar para ela, mas não a respondo só volto a olhar para Thur, que aparentemente não tirou o olho de mim.

    — E óbvio que sim.- Rafa falou, mas ignorei o resto da conversa das duas. 

   Naquele momento, parecia que éramos só nós dois. Ele estava lá, forte e seguro, seus olhos encontrando os meus com uma intensidade que fazia meu coração acelerar. Ele me puxou para mais perto, seus braços me envolvendo em um abraço apertado. Eu podia sentir o calor dele. Nossos amigos estavam em volta, mas naquele momento, eles pareciam desaparecer.

   Ele se inclinou para mim, seus olhos fixos nos meus. Eu podia ver a determinação neles. E então, antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, seus lábios estavam nos meus.

   Foi um beijo intenso, cheio de paixão e emoção. Eu podia sentir o gosto dele, uma mistura de hortelã e chocolate que era unicamente dele. Eu fechei os olhos, me perdendo na sensação, correspondendo ao seu beijo com igual fervor.

   Quando finalmente nos afastamos, ambos ofegantes, eu olhei para ele. Seus olhos ainda estavam fixos nos meus, e vi neles uma promessa silenciosa. Uma promessa de que, não importa o que o futuro nos reservasse, sempre lembraríamos daquele momento, daquele beijo.