carta de amor

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Escrevo estas linhas, embora saiba que nunca as enviarás,
Palavras que fluem como um rio, em silêncio, sob um véu de paz.
Nestas folhas, deposito sentimentos tão profundos e sinceros,
Como um jardim secreto, repleto de sonhos e desejos.

Desde o momento em que te vi, algo em mim despertou,
Uma chama, um anseio, um amor que em silêncio gritou.
Cada sorriso teu, cada gesto, gravado em meu ser,
Mas guardo estas palavras, pois não as posso dizer.

Na tua presença, meu coração bate em um compasso desigual,
Mas entre nós, há um abismo, uma distância abissal.
Nas entrelinhas de cada dia, escondo meu afeto,
Em um mundo paralelo, onde somos perfeitos, completos.

Oh, como eu gostaria de te contar sobre as estrelas que nomeei por ti,
Sobre as noites em claro, sonhando acordado, pensando aqui.
Imaginando um universo onde posso te abraçar,
Onde posso te dizer "amo-te", sem medo de me machucar.

Mas esta carta, um mero esboço de um amor não revelado,
Permanecerá fechada, como um tesouro não tocado.
Pois temo que ao abrir esta porta, ao confessar meu sentir,
Possamos perder o pouco que temos, o frágil fio a nos unir.

Então deixo estas palavras na gaveta, um refúgio para meu coração,
Um lugar onde posso te amar, em segredo, em minha imaginação.
Com amor, carinho e uma esperança tímida, que talvez um dia,
Possas ler estas palavras e entender, esta era minha poesia.

Com todo meu amor não dito,
eu.

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