capítulo 6

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Freen

- Está afim de matar a última aula e irmos tomar sorvete? - Rebecca pergunta sentada com meu óculos em seu rosto enquanto ela tirava foto em baixo da arquibancada.

- Rebecca, eu nunca matei aula. - arregalo os olhos e os coço por estarem reclamando por estar sem meus óculos.

- Eu não expliquei direito... Eu vou matar aula, você não. - tira meus óculos e me entrega - O professor de história foi embora então você vai ter aula vaga. - me olha com um olhar pidão e suspiro sedendo facilmente ao seu bico.

- Tudo bem mas se eu me meter em encrenca a culpa é sua. - aponto meu dedo indicador em sua direção e ela bate palmas animada - Depois você me deixa aqui na escola para o meu pai me pegar...

- Mas é claro que não! Depois eu te deixo na sua casa. - se levanta e estende a mão em minha direção para me ajudar a levantar, eu seguro sua mão e ela me puxa para que eu fique em pé.

- Se eu não for incomodar. - dou de ombros e Rebecca levanta a sobrancelha.

- Srta impenetrável, já faz exatas duas semanas que somos amigas e você ainda acha que poderia me incomodar? - seu tom de voz era um tanto quanto dramático e isso me faz rir.

- Desculpa Becky, é força do hábito. - dou de ombros.

- Certo, vamos ter que correr para pegar os nossos materiais e depois torcer para a inspetora não estar perto da saída do prédio. - diz saindo de baixo da arquibancada e me olha - No três nós saimos correndo!

- O que? Mas é clar...

- Um... Dois... Três! - sai em disparada a minha frente e eu rio antes de sair correndo atrás dela mas era óbvio que eu não iria conseguir a alcançar por motivos óbvios.

{-}

- Qual sorveteria você sugere? - Freen pergunta assim que saímos do quarteirão da escola no seu carro.

- Poderíamos ir em uma perto do Peacock Park, o Bianco Gelato. - pauso - É a umas quatro sete quadras aqui. - dou de ombros passando minha mão pela minha testa na tentativa de limpar o suor por eu ter corrido e o dia estar muito quente - O sorvete de lá é o melhor da cidade! - encosto minha cabeça no banco de couro marrom sentindo o ar condicionado começar a gelar o ambiente daquele carro.

- Tudo bem, coloque o nome da sua no GPS. - aponta para a multimídia do carro. Afirmo com a cabeça e assim que coloco, aumento um pouco o som do carro e troco de rádio até encontrar uma que estava tocando Nirvana, o Ethan DeRose.

Essa música era maravilhosa.

- Você nasceu em Miami?

- Nasci na Tailândia. - falo vendo sua expressão de surpresa - Mas eu cresci aqui.

- Isso é legal. - umedece os lábios - Sabia que a minha mãe tem uma loja de confeitaria?

- Wow, sério?

- Uhum. - afirma com a cabeça virando para a direita quando a voz feminina do GPS pede - Posso arriscar dizer que já tem o melhor donuts da América! - sorri de canto e me olha brevemente - Qualquer dia posso te levar para comer um.

- Eu amo donuts! Olha lá Armstrong, eu irei cobrar.

- Pode cobrar, eu prometo que levo.

- Você sente saudades da Inglaterra?

- Só dos meus antigos amigos, meu pai e meus irmãos... E de jogar softbol.

- Por que seu pai e seus irmãos não vieram juntos? - pergunto e Rebecca comprime seus lábios.

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