Freen
- Rebecca espera. - falo correndo atrás da minha namorada que tinha seu celular em mãos gravando eu correndo atrás dela. - Você corre mais rápido do que eu. - reclamo e ela pisa na calçada do hotel onde eu estávamos hospedadas.
- Perdeu princesa! - se vira para mim com seu celular em mãos me gravando - Como se sente tendo perdido pela segunda vez no dia uma corrida para a sua namorada? - finge estar me entrevistando assim que eu me aproximo.
- Me sinto uma perdedora. - faço drama e ela gargalha.
- Te amo. - me olha por cima do celular.
- Te amo mais. - digo olhando para a câmera do celular e ela termina de gravar.
- Vamos entrar?! - entrelaça sua mão na minha e eu afirmo com a cabeça, Rebecca me puxa para dentro do hotel. - Mas que porra... - murmura olhando para o elevador e franzo o cenho olhando para o mesmo lugar que ela olhava - O que ele faz aqui? - me olha receosa.
- Quer subir pelas escadas? - pergunta e ela prontamente afirma com a cabeça me puxando para as escadas de incêndio.
- Rebecca? - ouço a mesma voz de hoje cedo e Rebecca para de andar deixando seu celular cair, a vejo me olhar apavorada e então respira fundo. Rebecca aperta minha mão e se vira lentamente, me abaixo para pegar seu celular e checo se a tela não havia trincado, o coloco em meu bolso e olho para Michael que se aproximava lentamente.
- O que? - Rebecca pergunta de maneira seca e sinto seu aperto em minha mão ficar ainda mais forte.
- Podemos conversar a sós?
- Não. - nega com a cabeça e passa a língua sobre seus lábios - Não temos nada para conversar.
- Temos muita coisa sobre o que conversar e me responda direito Rebecca, sou seu pai. - vejo o rosto de Rebecca ficar vermelho no mesmo instante e então olho para seus dedos que estavam brancos de tamanha a força que ela apertava a minha mão.
- Agora você é meu pai? - pergunta irritada - Não é o que eu me lembro quando você me jogou para fora de casa quando eu me assumi. - esbraveja e Michael mantém a mesma postura rígida.
- Queria oferecer a minha ajuda para te curar disso. - diz cruzando os braços e levanto a sobrancelha - Conversei com o pastor e ele disse que...
- Espera, eu estou ouvindo certo? - me olha descrente e volta seu olhar para o homem - Além de você olhar pra minha namorada e eu com nojo hoje mais cedo, você se atreve a vir aqui para falar essa baboseira? - solta minha mão e faço careta ao sentir o sangue voltar a circular em meus dedos - Vamos falar a sua língua, Michael. - pausa o olhando com raiva - Eu realmente me sentia culpada pela mamãe ter se separado de você e eu não conseguir sentir um pingo de raiva de você, mas adivinha? - gesticula com as mãos - Agora eu sei que ela se livrou de um religioso ignorante, imbecil e homofóbico como você.
- Rebecca, eu só quero te ajuda...
- EU NÃO QUERO A PORRA DA SUA AJUDA, EU NÃO PRECISO. - grita o interrompendo - E eu espero que você suma da merda da minha vida e nunca mais volte e nunca mais ouse dizer que é meu pai porque para mim, o meu pai morreu no mesmo dia que eu me assumi. - Michael continuava sem expressão facial.
- Isso é demônio Rebecca, nós podemo-
- Para, para de falar essa merda. - rosna e vejo seus olhos encherem de lágrimas - Eu não quero a sua ajuda, eu não quero nada de você. Eu quero que você suma. - volta até mim e segura a minha mão - Eu odeio você Michael, para mim você está morto. - diz passando por ele e indo em direção ao elevador.
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𝚂𝚊𝚢 𝚖𝚢 𝚗𝚊𝚖𝚎
Fanfiction𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚çã𝐨 Aparelhos, óculos de grau, nenhuma amizade e ser mais inteligente do que a maioria dos alunos. Uma combinação que muitos dizem fazer você ir para a base da cadeia social do ensino médio ou até mesmo para o subsolo. E com todas essa...