Corações à deriva - JINKOOK ABO

O toque de uma borboleta

Olá pessoas lindas e maravilhosas! ♥️

Obrigada por todo o carinho. Vocês são sempre tão incríveis comigo. Espero alcançar as expectativas de vocês. 💕

DESCULPEM OS ERROS!

BOA LEITURA!

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Um arco-íris surge no horizonte depois da tempestade, um meio círculo colorido disposto sobre o mar, com um início e um fim que ninguém conhece. O cheiro de petricor paira sobre a pequena cidade de Blue Sands. Depois de dias e dias sem chuva, o contato da água com a terra seca fez o aroma suave subir e levar paz aos moradores e visitantes.

Embora a cidade viva basicamente do turismo devido às praias lindíssimas, ela é uma rota de descanso para muitos marinheiros e também um local para quem busca se ausentar da vida agitada das grandes cidades e procura a vida quase pacata de um trabalhador rural ou de pescador.

Enfrentar tempestades não causa espanto para quem já conhece o local. Na verdade, enfrentar uma tempestade, por mais violenta que seja, traz aos habitantes a serenidade de saber que os campos se renovarão, os pequenos riachos se encherão e o mar estará tão belo quando tudo passar que haverá mais peixes, como se fosse um milagre. Se alguma coisa for destruída, algo que infelizmente pode acontecer, eles aprenderam a reconstruir, porque apesar de ser um ponto esquecido no mapa, Blue Sands está acostumada a se erguer, tão linda e majestosa quanto o principal hotel da cidade.

E cabe a Taehyung, o prefeito da cidade, localizar os moradores que mais precisam de ajuda. Percorrer a cidade após uma longa tempestade já se tornou um hábito, algo que ele se orgulha de dizer que é passado de geração para geração.

“Igualzinho ao seu pai. Aquele velho nunca nos deixava em paz.”

“Ajumma, só estamos tentando ajudar. E veja bem, estou fazendo a parte mais fácil. Alguns funcionários tiveram que ir até os moradores rurais. As estradas estão horríveis.” Taehyung resmunga, enquanto olha para o estrago feito no telhado da velha senhora. “Vou pedir que tragam telhas novas para a senhora… acredito que Jungkook possa nos disponibilizar alguns funcionários para ajudar na limpeza.”

“Aish. Eu não quero ajuda para limpar. Não sou tão velha assim.” Ela reclama, se afastando para que o prefeito possa segui-la. Ela não aguenta ser tratada como alguém que não é capaz de fazer as coisas por si só. Um dia, há muitos anos, em sua juventude, ela se orgulhava de ser a responsável por subir no telhado da casa de seus pais e ela mesma consertar tudo. Depender dos outros nunca esteve nos seus planos e agora ela se tornou apenas a velha ajumma que vende miçangas na praça. “Me deixe em paz.” Reis já se curvaram diante dela, e agora, tudo passou tão rápido, em um piscar de olhos. “Apenas me ajude com as telhas e o resto eu resolvo.” Ela suspira, espantando para longe as lembranças de um passado que há muito já não existe.

Taehyung se curva brevemente, em todas as tempestades, ele percebe a velha senhora ficar ainda mais irritada com sua ajuda. Ele ouviu de seu pai que a velha sempre foi assim.

O cheiro de petricor, o lembra Jungkook, e ele espera que os pais do amigo estejam bem, que Yoongi, o curandeiro, também esteja. O homem teimoso nunca quis se mudar, viver sobre o mar parece lhe dar vigor e aquela bendita casa nunca teve uma única goteira. Parece haver um acordo entre o mar e o Min, e Taehyung definitivamente não será aquele que irá questionar.

“Uma aliança feita entre um Deus e um homem que se entende pela eternidade”

“uh?” Taehyung olha para a senhora ao seu lado. O vento suave batendo gentilmente em seu rosto e bagunçando seus cabelos ondulados. Nunca penteados, segundo sua mãe.