Corações à deriva - JINKOOK ABO

Alguns detalhes

Olá pessoas lindas e maravilhosas!

Obrigada por todo o carinho e apoio.

Obrigada por me incentivarem sempre. Amo vocês 🥺💜

Desculpem os erros!
Boa leitura!

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Dez dias antes da chegada da rainha

O amor é uma jornada gradual, conquistada passo a passo, tão leve quanto as asas de um beija-flor e tão avassalador quanto uma tsunami. Na maioria das vezes, ele começa com admiração, floresce com confiança e culmina na entrega total.

Jungkook sabe por que foi assim com ele: leve, gradativo e avassalador.

Com um suspiro cansado, ele retorna com Bada para dentro da casa de seus pais, depois de Seokjin e Yoongi sumirem de vista pelo caminho que os leva ao centro da cidade. Há um leve aroma fresco e terroso no ar, mas Bada ainda é muito jovem para despertar seu lobo, e o aroma não vem de nenhum dos Jeons. Com olhos astutos, Jungkook solta Bada no chão, já estando dentro da casa, e caminha por ela à procura de algum outro visitante que possa estar sendo abrigado.

“Você está paranóico agora?” Senhor Jeon questiona, vendo Jungkook entrar em cada cômodo à procura de alguém.

“Esse aroma…” Jungkook diz distraído, mal percebendo que está farejando o ar. Seus olhos caem no sorriso pequeno de sua mãe. “De quem é?” Seu coração para quando sua mãe olha para Bada, que está terminando de beber o café deixado por Seokjin na mesinha de centro. “Impossível.”

“Sente-se e beba um pouco de café.” A mulher retorna a sentar-se na cadeira em que estava antes de Seokjin acordar. A janela continua aberta recebendo a brisa do anoitecer, as cortinas brancas balançando suavemente. “Não é impossível… sempre foi fácil distinguir os dois aromas nele, são bem separados, mas esse aroma é a mistura dos dois cheiros. Ele esteve no colo do pai — ”

“Omma!” Jungkook rapidamente encara Bada, que está completamente distraído olhando para o colar que recebeu do pirata. Sentando ao lado dele, o hoteleiro serve um pouco de café em uma xícara, o aroma suave chegando ao seu olfato e lhe trazendo memórias felizes. Uma época em que não havia dúvidas sobre o futuro e havia risadas altas, principalmente a de Seokjin, ecoando pela casa. “Ele ainda é tão pequeno para ter o próprio aroma…” Jungkook olha para o filho, que permanece distraído, alheio ao fato de que estava no colo de seu pai alfa, alheio ao fato de que o homem para qual nasce uma pequena admiração em seu peito, é mais do que um pirata que está passando pela cidade. 

“Acho que o lúpus do pai dele significa algo para ele ter esse aroma, não fique tão preocupado com isso agora. Nosso filhote está bem.” A mulher mais velha garante. 

“Sinto que não fiz bem em deixar ele ir…”

“Você não fez…” O Jeon mais velho concorda, sentando ao lado vazio de Jungkook, penteado a franja do filho com os dedos. 

“Appa…” Jungkook choraminga, um beicinho se formando em seus lábios rosados. “Não sei o que fazer.”

“Comece pelas coisas pequenas… faça ele lembrar das coisas simples, desperte o lado adormecido dele…” A senhora Jeon diz com um suspiro, olhando para o céu escuro através da janela. “Ele ainda gosta de café com canela…” Ela sorri, nostálgica.

“Yoongi Hyung disse que ele ainda odeia chá de hortelã.” Jungkook resmunga, pensativo. Lembrando de ter entrado na casa de Yoongi todo encharcado devido à chuva e, ao invés do curandeiro perguntar como ele está, ele apenas soltou a informação “Hyung continua odiando chá de hortelã. Sempre com péssimo gosto.” O Min disse com tom risonho, não se dando ao trabalho de olhar para Jungkook enquanto preparava sopa. Mais tarde, depois de colocar roupas secas, emprestadas de Yoongi, Jungkook ouviu conselhos do mais velho enquanto se alimentava, conselhos que se assemelham às palavras de seus pais agora.