CAPÍTULO 17

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11/07/2021 - 07:24 AM, Jeju

Wooyoung foi o primeiro a despertar naquela manhã, como sempre.

A segunda feira já tinha chegado, e pra manter sua rotina no lugar, ele precisava sair de casa cedo para abrir a cafeteira e iniciar o cardápio da semana.

Ele procurava algo para comer na casa de San que nem um louco, revirando os armários e esperando achar ao menos algo com nutrientes o suficiente para não desmaiar a caminho da cafeteira.

Quer que eu faça panquecas para você?

Uma voz surgiu atrás do menor.

O arrepio em seu corpo foi inevitável, e sem pensar direito, soltou um grito estridente de medo e se encolheu entre os armários.

Quando sentiu um toque quente em sua cintura, Wooyoung reconheceu o autor daquela voz rouca e grave, logo se virou de frente para a figura maior que si.

— Enlouqueceu? Eu já falei que eu tenho medo quando alguém chega assim, San!

— Me desculpa gatinho, você estava tão bonito com esse biquinho nos lábios porque não conseguia achar nada para comer. — San soltou uma risada e deixou diversos selares nos lábios finos do baixinho. — Eu vou preparar panqueca para você, se você continuar procurando você não vai achar nada... Ainda não fizemos a compra do mês.

— Tá... Obrigado, San.

O menor se sentou no banco do balcão e observou San revirar os mesmos armários a procura dos ingredientes para fazer as panquecas.

Vendo em sua frente aquele homem tão perfeito e cuidadoso, se sentiu mal por ter um pensamento minimamente possessivo sobre o mais velho.

San era seu namorado, era óbvio que ele queria tê-lo só para si e não dividir a atenção com ninguém, mas ele também tinha consciência que o futuro do maior não tinha espaço para si.

Resumidamente, Wooyoung não existia no futuro de San, e é claro que o baixinho pensava nisso, ele tinha tanta certeza sobre seus pensamentos negativos que em momento algum tentou entrar no assunto da noite anterior novamente.

Ele estava inseguro, podia dizer que estava sendo perseguido por um inexplicável descrédito, a desconfiança tomava o corpo de Wooyoung como uma escuridão obscura cheia de negatividade, ao seu ver, ele era não suficiente o bastante, ele seria o primeiro que San largaria nessa corda bamba da vida, não existia futuro, não existia Eles, para Jung, não existia o 'Nós.'

— Panqueca com carinha de panda é melhor do que panqueca sem vida, não é? — A voz grave do maior ecoou pelo ambiente mais uma vez.

Choi colocou o prato sobre o balcão com 3 panquecas com mel e algumas frutas.

O mais velho fez questão de fazer o café da manhã com formatos de animais para ver se conseguia tirar aquela expressão melancólica da cara de Jung.

Ele não iria mentir que já havia percebido como ele estava agindo desde quando recebeu a ligação de seu advogado, Choi tinha suas dúvidas, mas não fazia ideia de qual era o real motivo daquele olhar frio e vazio.

— Obrigado, Sannie, você é melhor! — Wooyoung sorriu e puxou o maior para que ele se sentasse ao seu lado.

— Eu quero tentar tirar essa carinha sua de quem viu algo muito cruel acontecer pessoalmente. — Wooyoung ficou confuso no começo, mas logo entendeu que o outro já tinha notado sua mudança de atitude e humor. — O que acha de sair depois do seu expediente, eu passo lá para te buscar e aí nós podemos nos divertir a noite toda, hm?

ENTRE O CAOS • WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora