Capítulo 2
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A última coisa que me recordo é de cair e afundar na água.
Não senti absolutamente nada.
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Quando meus olhos começam a se abrir, eles embassam pela luz ambiente, demora um pouco para ver que estou em um armazém.
A iluminação do lugar é péssima, mas ainda sim é muito clara, quando tombo com a cabeça para o lado, vejo vários frascos com diversos líquidos de todas as cores mais estranhas que se pode imaginar. Ao lado dos frascos um pássaro canta uma balada triste de dentro de sua gaiola. As janelas possuem pequenas flores silvestres em suas pingadeiras de madeira velha, junto às cortinas verde-musgo, existem marcas de arranhaduras no tecido velho. Minha cabeça pende para o outro lado e vejo uma porta de madeira fechada, nela há o símbolo de copas de cabeça para baixo, no local onde estou também tem várias bancadas com potes de sapo em conserva.
Quando minha cabeça vira, involuntariamente, para o outro lado, me deparo com uma senhora.
—Vejamos quem acordou! — ela tem cabelos grisalhos curtos, no seu rosto não tem muitas rugas, então posso ter me enganado pelo seu cabelo branco. Não era uma senhora : era uma mulher, jovem. Seus olhos são da cor de alpiste, ela está usando um manto amarelo-mostarda.
—O que...?
—Ah docinho, não se esforce para poucas coisas, você hibernou por muito tempo.
—Hibernei?
—Coitadinha...
Neste momento eu crio coragem para me sentar na mesa a qual estive deitada.
—Onde estou?
—Em meu adorável lar!
—Lar?
—A mocinha não deveria julgar um local que não conhece.
—Perdoe-me, quem é você?
—Agatha, Agatha Worm.
—Worm?— pergunto ao identificar a palavra minhoca.
—Exatamente! Minhoca!
—Certo, senhorita Worm, Agatha é um nome de bruxa. Como posso ter certeza de que você não é uma bruxa.
—Ora minha jovem, você simplesmente não pode.
—Ah.
—Mas e você, quem você é?— pergunta Agatha, mas por mais incrível que pareça, ela não se esqueceu de mim... Ainda não.
—Morgana Tasses. Senhorita Worm... Por que não se esqueceste de mim ainda?
—Minha doce, você esta em meu lar, e em meu lar nenhuma maldição pode surtir efeito, se é de uma Maldição que tu queres dizer, claro.
— Maldição... Então é mesmo isso...— Murmurei para mim mesma.
—Você disse que seu nome parentesco é Tasses. Da Família Tasses, estou certa?
—Sim... Senho-
—Me chame apenas de Agatha.
—Certo, Agatha, por que estou aqui?
—Como?
—Eu queria morrer. Eu quero morrer. Por que não me deixou morrer?
—Mas a senhorita morreu.
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Por Tintas e Espelhos
FantasyA criança indesejada nascerá, Com uma maldição a selar, se o significado é insignificante Por que continuar? Nada é alarmante, Nem mesmo o ato de amar. De uma terra distante Onde não há gigantes Onde o significado Significa tanto quanto o mato O lug...