Love scenare.

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— E qual é essa pergunta?

— Você ainda me ama?

Ele pareceu pensar por alguns segundos. Meu coração palpitava com o que estava prestes a dizer. Amar Jaehyun apesar de tudo, deve ser o meu maior pecado. Continuar o achando admirável e ridiculamente bonito, seus sorriso que me lembrava um gato laranja, a risada profunda mas ao mesmo tempo gostosa de se ouvir, ou até mesmo o seu charme para a moda.

Eu estava tão alheio em meus pensamentos que não sentir ele se aproximando. Suas mãos retornaram novamente as minhas bochechas, as apertando levemente, enquanto um pequeno sorriso surgia em seus lábios vermelhos e finos.

— Amo como nunca amei alguém na vida. Você sempre foi e sempre será o meu primeiro amor e o meu primeiro namorado.

Seu rosto estava próximo, até demais eu diria. Seu hálito fresco de hortelã era possível de se sentir. Meu coração palpitava alto, ensurdecendo os meus ouvidos e consequentemente, os meus sentidos. Não queria beija-lo, não queria sentir os seus toques novamente, muito menos ouvir sua voz. Era o que o Taeyong de antes diria neste exato momento. Aquele Taeyong que crucificou o mesmo por semanas, amaldiçoou em todas as suas gerações e que tinha o seu ódio alimentado pelos seus amigos que também o detestaram.

No entanto, algo mudou. O tempo passou, as feridas cicatrizaram, e ali estávamos nós, encarando um ao outro como se o universo conspirasse para nos dar uma segunda chance. Eu podia sentir a vulnerabilidade no toque suave de suas mãos em meu rosto, e a sinceridade em seus olhos.

— Eu sei que magoei você, Taeyong. E eu entendo se você não puder me perdoar. Mas, se ainda restar algum sentimento aqui... – Ele apoiou sua mão sobre o meu peito direito. Ele sempre erra o lado do coração. — Se ainda houver uma chance para nós, eu estou disposto a fazer o que for preciso para reconquistar a sua confiança.

Seus olhos fixos nos meus transmitiam uma mistura de arrependimento e determinação. Uma parte de mim queria resistir, lembrar-me das noites sem dormir, das lágrimas derramadas, das palavras não ditas. Mas havia outra parte, uma que lembrava dos momentos felizes, das risadas compartilhadas, do amor que uma vez floresceu entre nós.

— Jaehyun... – minha voz saiu num sussurro. Eu podia sentir a tensão no ar, a incerteza pairando entre nós. Então, sem dizer mais nada, inclinei-me e o beijei. Foi um beijo hesitante no início, mas logo se tornou uma troca de emoções contidas, um reencontro de almas que, por um momento, pareciam encontrar-se novamente.

Os meninos iriam se irritar com a minha ação precipitada. Mas naquela altura do campeonato, nada era importante que aquele momento.

Quando nos separamos, ainda estávamos próximos, nossas testas encostadas. O silêncio entre nós falava mais do que qualquer palavra.

— Eu prometo que você não passará por tudo aquilo novamente, Taeyong. – Jaehyun disse, seus polegares acariciando minhas bochechas

— Não prometa Jaehyun... Não faça promessas que saiba que não irá ser capaz de cumpri-las... - Suspirei e afastei-me de seu rosto. Parecia levemente chateado. — Acredito em ações e atos, não mais em palavras.

Ele concordou balançando a cabeça. Então soltou uma risada abafada que fez todo o meu interior se revirar de ansiedade. Achava que nunca mais veria o seu sorriso.

— Eu provarei a você que eu mudei Taeyong.

Espero para ver, Jaehyun.

Try again | JAEYONGOnde histórias criam vida. Descubra agora