— Capítulo Dois
Quando Porchay entra no quarto do hospital, ele está mal iluminado e tem um cheiro forte de desinfetante e lençóis recém-lavados. É tarde, ele sabe, mas é exatamente por isso que ele desce à ala hospitalar depois das onze da noite, porque não quer esbarrar com ninguém, já que isso pode ser evitado. Tankhun está assistindo série nessas horas, Kinn e Porsche estão em seu próprio quarto
fazendo sabe-se lá o que e quem sabe o que o resto do complexo está fazendo a essas horas. Não é como se Porchay realmente se importasse.Kim está deitado confortavelmente na cama, com o peito nu coberto de bandagens e fios. Há um tubo inserido em sua garganta bombeando oxigênio para seus pulmões e os monitores ao lado da cama e acima dele mostram sua frequência cardíaca, pulso e saturação de oxigênio. Se não fosse por aquele tubo, ele pareceria estar apenas dormindo. Os anéis, o relógio e o colar de Kim estão na mesa de cabeceira junto com os vários brincos que Kim sempre usa. É estranho vê-lo sem eles. Porchay acha que parece mais jovem agora, sem o couro e as joias, sem a leve carranca no rosto e o olhar duro.
A sala está silenciosa, exceto pelo som das máquinas que empurram, apitam e zumbem baixinho.
"Ei, P'Kim, sou eu, Porchay," ele sussurra e dá a volta na cama e para ao lado, onde se senta ao lado de Kim na cama. Ele se sente estranho sentado aqui, como se não devesse estar aqui, como se talvez Kim não o quisesse aqui, como se ele não pertencesse ali. "Me desculpe por só estar falando com você só agora, você sabe, com tudo. Queria te responder, mas não sabia... ainda estou... Achei que tinha mais tempo. Pensei em ficar com raiva de você por mais um tempo e depois nos sentaríamos e conversaríamos e você poderia me explicar por que... por que fez o que fez. Porque é que me machucou. Por que você disse que não me queria, que não me amava... me explicar o que era real." Porchay gentilmente segura a mão de Kim, porque agora ele pode, com Kim dormindo. Ele precisava disso. Há muito tempo. A mão de Kim está fria, normalmente as mãos dele estavam sempre quentes. Porchay acaricia seus dedos longos e finos, muito mais pálidos que os seus, antes de simplesmente segurar a mão de Kim e aquecê-la na sua, porque isso lhe dá propósito e o acalma.
Já se passaram meses desde que ele tocou em outro ser humano."Me desculpe. Você sabe, eu gosto da música, adoro ela. Significa muito para mim." Porchay tira os sapatos e deita-se de lado ao lado de Kim. "Pensei em ficar aqui esta noite para que você não fique sozinho. Porque eu acho que você é. Apenas como eu. Agora entendo, você sabe, os pequenos comentários e alusões que você fez quando eu não sabia quem você era e perguntei sobre sua família. Quando você acordar e depois de conversarmos e tudo mais, eu acho... acho que deveríamos ficar juntos da maneira que você quiser, porque podemos ajudar um ao outro. Talvez seja menos solitário. Falar algumas besteiras. Reclamar dos nossos irmãos. Porsche ainda está me ignorando. Às vezes acho que ele nem percebe que eu ainda existo. Sempre foi assim aqui? Que as pessoas não percebiam que você existia? Foi por isso que você criou Wik?" Porchay se permite passar a mão livre pelos cabelos de Kim. Ainda tem vestígios de produto e Porchay acha que da próxima vez deveria trazer uma escova para poder escovar.
"Por que você não se defendeu, Kim? Dizem que você levantou a arma mas não puxou o gatilho. Por que você faria isso? Por que você deixou ele atirar em você? Foi... foi por minha causa? Porque eu não respondi e bloqueei você? Porque eu não fiquei? Por favor, diga que não é isso, P'Kim?" Porchay luta contra as lágrimas e pressiona a testa no ombro ileso de Kim.
"Sinto muito, sinto muito, phi," ele funga. "Por favor, não me deixe. Eu prometo que vamos conversar e vou desbloquear você e não vou te excluir de novo. Mas, por favor, não morra."
Em filmes e programas de TV geralmente é quando as pessoas acordam e respondem que nunca iriam embora e que amam quem chora e... mas isso não é um filme e Kim permanece inconsciente.
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Learning Kim -「Tradução」
Fanfiction「 🤍 ESSA HISTÓRIA É UMA TRADUÇÃO COM A AUTORIZAÇÃO DA AUTORA 」 Quando Kim se machuca durante uma missão secreta da qual ninguém sabe, Porchay tem como missão descobrir o que aconteceu e por que Kim não se defendeu. Mesmo que Porchay ainda esteja co...