capitulo 18

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— o que você está fazendo aqui ? — perguntei assim que senti a presença de um corpo deslizar para meu lado, algumas pessoas me encararam tão desanimadas que me fez sentir envergonhado de certa forma.

— vim cuidar do meu namorado — falou Lee, colocando na minha frente uma marmita bem "fofa" ?... eu não consegui me manter sério um sorriso desajeitado apareceu em meus lábios permitindo que meu rosto caísse pela coloração rosada que aparecia em minhas bochechas... ~ ah isso é tão frustrante, mais bom ao mesmo tempo.

— Não.. precisava — ainda era estranho, saber que estava oficialmente namorando seu ex melhor amigo de infância, por quem sempre teve uma queda desde que entendeu o sentimento de gostar no sentido mais íntimo, ou pelo garoto que teve uma intriga por confusões inexplicáveis durante suas adolescência... Agora estavam juntos se amando ?

— Está com vergonha ? Não seja tímido — Minha cabeça foi acariciada pelo seus toque sensível, eu ainda usava meu goró sempre, e quando digo sempre, eu estava me referindo a mulheres que sempre usavam brincos ou jóias pelo corpo, algo que parecia bem necessário para elas..

— Não estou com vergonha, é só .. que , sabe, é estranho... Você me chamar assim — digo meio embolado, o fato que tinha outras pessoas ao nosso lado, comendo no mesmo refeitório do hospital parecia um assunto um tanto quanto privado para deixar ser livremente dito assim.

Mais Lee não parecia se importar com isso, os olhares meio ofensivos não lhe atingiam mais, poderia sim, mais não quando estava ao lado de Han Jisung.. o garoto por quem ele faria um trasplante de coração caso fosse necessário.. o rapaz por quem ele daria sua vida em troca para manter esse sorriso pelo mundo em mais tempo de vida ...

— Minho ? — chamei, ele não parava de me encarar e isso já estava me deixando um pouco irritado.

— Desculpe... Tava pensando de mais — ele falou, seu tom de voz mais calmo e diferente de antes, a euforia parecia ter sumido rapidamente, uma preocupação lhe apertou no peito causando a mudança de expressão.

— pensando no que ? Está tudo bem ? — peguei uns biscoitinhos recheados veganos e comi, ainda me sentindo como um gatinho inofensivo que recebia um carinho em suas orelhas, Lee estava com os olhos brilhantes e cheios de lágrimas. — v-você tá segurando o choro ?

— N-nao !!! Só tive uma sensação ruim, deixa pra lá... Come bastante — apontou para a marmita do castanho, olhando cada detalhe do mesmo como as bochechas cheias e gordinhas e seus lábios que sempre faziam um bico para mastigar bem o alimento, ele era tão fofo quanto um esquilinho de verdade, — Hannie-ah..

— Hannie-ah ? — repeti o apelido que ele nunca havia dito para mim antes, confuso.

Minho ficou em silêncio, suas palavras não poderiam ser compreendidas facilmente, por isso o silêncio pareceu a melhor resposta..

— Não é nada, esquece...

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—Vamos tomar um sorvete , não se preocupem — Lee falou pra amenizar o desespero da mãe e do irmão de Han.

O médico com um prancheta sorriu saindo do quarto após ter pego as coletas de sangue do paciente.

—Consegue ir mesmo ? — A mais velha estava preocupada com a condição de Han.

Han concordou começando a se levantar da cama, olhou para o espelho que colocaram em seu quarto e se ajeitou melhor no look escolhido pelo próprio Lee, no caso o outro Lee.

Ambos decidiram aproveitar a folga de Jisung para levá-lo até uma sorveteria, o que se tornou o melhor ambiente para ele durante esses meio tempo, sempre que possível estavam caminhando em direção ao local decorado para se refrescarem.

Os médicos haviam liberado Han mais cedo, mais pelo cansaço das noite anteriores, Jisung não conseguiu acordar tão cedo para acompanhá-los.

— você não deveria ter faltado a aula hoje, você quase não está indo — Jisung novamente voltou ao ponto de dias atrás.

— pare de ficar me lembrando disso, Minha mãe paga o necessário para que passem até eu me formar.

— vocês estão se dando bem ?

— claro que não, pra falar a verdade eu nem a vejo a semanas, ela simplesmente só deixou mais uma quantia de dinheiro pra mim e sumiu..

Suspirou não ligando muito.

— seu pai ainda não voltou pra casa ?

— ele me manda mensagem as vezes, eu até respondo mais ele não visualiza nenhuma delas,  acho que eles realmente se divorciaram...

— talvez ambos só estão ocupados um com o trabalho, você sente falta deles ?  — deitou o rosto no ombro do moreno enquanto parou os passos, ao lado um grupo de crianças brincavam  em uma pista de skate próxima do hospital.

— quer minha sinceridade? — Lee virou o rosto para tocar a bochecha do menor, sorriu quando sentiu o balanço de confirmação — eu senti mais falta de você em comparação a eles.

— eles são seus pais Minho — Han bateu o pé completamente frustrado com a fala, acabou por dar alguns passos a frente distanciando seu contato com Lee

O seu olhar estava tão triste em tocar nesse assunto que jisung se sentiu culpado em mencionar toda aquela relação. Juntou seus dedos os entrelaçando e voltou a caminhar em direção a sorveteria próxima , em menos de dez minutos eles já estavam de frente ao estabelecimento. Com pouco movimento pela tarde onde muitos ainda trabalhavam ou estavam em colégios, Han agradeceu.

— qual você vai querer ? — ele me perguntou olhando com um olhar apaixonado.

— vamos inventar nosso próprio sabor !! — sorri junto dele.

— Não pensei que pimenta, chocolate e granola fosse algo tão .... HORRÍVEL!!! — Ele gritou cuspindo tudo pra fora.

— não é tão ruim, são sabores novos, você se acostuma

— Eu não tinha noção que os medicamentos mudasse tanto seus sentidos.

Eu gargalhei impressionado que ele estava disposto a comer o sorvete na qual eu tinha escolhido para ele.

— eu tava pensando, que tal final de semana ir no cinema  com os meninos ?

— Aah ..— pensei — acho que vai ser dia de consulta e exames.. talvez eu acabe mais cedo

Ele sorriu e abaixou a cabeça olhando os próprios pés, talvez eu não fosse lá o tão sonhado namorado que Lee gostaria, mais eu estava feliz em poder criar todas as memórias que eu gostaria de ter realizado antes da minha morte.

— Bom.. sendo assim, podemos assistir juntos no hospital, fico com você ! — ele segurou mais firme nos meus dedos os entrelaçando novamente.

— Lee, você fez a escolha certa ? — perguntei.

— que escolha meu amor — eu ainda tinha pequenos surtos internos quando ele não me chamava pelo nome .

— Eu do futuro fico me perguntando, se você teria aceitado seus sentimentos

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