capitulo 11

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Nunca pensei que após anos eu estaria sentado em um sofá simples de frente para um porta retrato feliz de uma família moderna e contagiante, uma família que conheci a muito tempo atrás e que bastava um deslize para passar seus fins de semana sentado em uma mesa de jantar com muita eufória.

As memórias ainda permaneciam e quase todas as suas boas lembranças estavam reforçadas nos concretos daquela pequena casa . Lee Minho estava encarando o nada como se fosse um objeto interessante e valioso, seus olhos estavam cheios de lágrimas em ver cada retrato sorridente do pequeno garotinho que um dia foi capaz de maltratar.

O corte de cabelo tijelinha, o sorriso com janelinhas e os olhinhos pequenos e puxados mostrando várias linhas finas de expressões, ainda estava ali, por mais que não fosse tão visto pelo público lá fora.

Por outro lado, Han Jisung no andar de cima, estava sendo forçado a comer novamente uma sopa de vegetais para fortalecer seus poucos músculos e imunidade que estava cada dia mais baixa.

O olhar pesado de Jisung dizia muitas coisas que ele próprio não conseguia dizer, a respiração prendida em seus pulmões aumentava a dor de seus sufoco e nada melhor que uma mãe ao seu lado para te entender sem precisar ter uma palavra

- Então é ele ? O garotinho que você sempre ficava colado ? - sorriu Mi-rae ajudando o filho a se alimentar direito.

- Hrm.. - balançou a cabeça em confirmação aceitando novamente outra colher cheia de brócolis.

- ele cresceu tanto .. está tão diferente que não soube reconhecer ele - tentou relembrar do rosto do pequeno Lee , o rosto fino e delicado, cílios um pouco maior e os dentinhos de coelho que eram mais semelhantes, o corpinho mais pálido agora estava mais bronzeado e a sua personalidade também havia fugido muito das suas características passadas.

- Sim... Ele mudou bastante - comentou desanimado, por um momento, Han jisung gostaria de vivenciar certos momentos para mudar parte do enredo da suas histórias.

- agora entendi porque você estava tão obcecado ... - Jisung olhou para sua matriarca em dúvidas sobre seu comentário e ao notar sua expressão mudar incontáveis vezes , seu semblante também mudou completamente para uma feição frustrada e envergonhada.

- omma !! Não é bem assim...

Jisung acabou por fazer uma careta de nojo ao pensar nas possíveis imaginações que a sua própria mãe tivera.

- Sabe .. eu não irei te julgar querido ! Pelo menos você sofreu por ele .. e não por uma tripa seca igual seu pai ..

- não fala assim do papai - ditou triste mas sem dar tanta importância para as provocações alheias, puxou o pratinho para terminar o restante que havia sobrado do ensopado .

Mi-rae ficou em silêncio observando o filho terminar de se alimentar, o olhar um pouco pra baixo e o rosto inchado pelo começo das Quimioterapia, seu peito doía tanto em vê-lo desta forma e saber que Han Jisung não estava lidando muito bem com isso escondido partia cada vez mais seu coração materno.

As noites que Han chorava e descontava toda sua dor fingindo um sorriso adorável pela manhã e lhe tratando como se tudo estivesse bem, olhava para seu irmão como se quisesse dizer que tudo estava normal.

Mas eles sabiam que tudo aquilo era fingimento do garoto para não deixá-los preocupados ou com mais medo.

Mi-rae passou as mãos em seu rosto levando seus dedos até os fios do menor acariciando aquela parte antes de dizer baixinho e com a voz quebrada pelo choro que segurava - você está mesmo bem com isso ?

Perguntou se referindo ao novo diagnóstico do filho. Jisung paralisou por alguns instantes antes de balançar novamente, não , ele não estava nada bem com aquilo, era como se os médicos estivessem lhe dizendo ' você pode ter sorte ou azar ' ou ' você pode morrer mesmo depois do tratamento ' até mesmo aqueles que acham estar sendo sensíveis dizendo ' você é um garoto saudável , vai se dar bem '

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