[어려운]

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(Yeonjun ON)

É difícil ter que aceitar que justo meu namorado está passando por algo tão ruim. Ainda não consegui aceitar que isso é verdade. Mas como eu nunca percebi? Ele sempre comeu tão pouco, fora os desmaios e dores de cabeça, ambos repentinos. Como eu pude ser tão burro em relação a isso? Se eu tivesse pensado melhor, talvez o Beom não estivesse nessas condições agora. Talvez eu ainda conseguisse amenizar a situação. Nem sei quando isso começou, só que eu ainda me culpo por não ter o ajudado antes. Tudo aconteceu de uma hora para a outra...

Os médicos disseram que não está tudo bem, porém não há nada fora do normal acontecendo, o que é "bom" (seria pior se ele piorasse). Tenho acompanhado o progresso dele no hospital e estou fazendo meu melhor para ver meu gatinho bem. Não aguento vê-lo pálido e fraco daquele jeito.

(...)

Hoje eu fui visitar Beomgyu, assim como faço todos os dias. Relaxei ao máximo antes disso para que não surtasse em nenhum momento e assim segui meu caminho. Como sempre, estava uma correria no local, até porque é um hospital, então obviamente seria assim. Haviam enfermeiros correndo de um lado para o outro, pessoas passando mal e mais outras coisas. Eu meio que me acostumei com isso.

Fui até a recepção e nem precisei falar com a secretária; ela já sabia que eu estava lá para ver meu amado. Me conduzi até o quarto 17 como sempre e abri a porta lentamente para não assustar ninguém. Dei um pequeno sorriso para tirar um pouco daquele clima triste e falei com uma voz suave:

— Gatinho, eu cheguei.

Beomgyu não tinha muito o que fazer, então ele apenas retribuiu meu sorriso e me cumprimentou. O dele era pequeno também, afinal não é fácil sorrir em tais condições.

Me aproximei do mais novo e sentei no banquinho ao seu lado, segurando sua mão e acariciando-a.

— Como você tá? — Eu perguntei baixinho.

— Ah, o mesmo de sempre. Não posso dizer se tô bem ou mal, mas eu tô aqui. — Ele me deu a resposta que eu esperava.

Desviei o olhar e suspirei, abaixando a cabeça e pensando no que falar. A verdade era que eu estava segurando o choro, e não sabia necessariamente o porquê. Meu namorado notou que fiquei quieto do nada.

— O que foi, Junnie?

Ao ouvir sua voz, o encarei e nossos olhos se encontraram por um momento antes de eu desviar o olhar.

— Hum? Nada não, eu só... Brisei aqui.

— Tem certeza?

— Tenho.

É lógico que não estava tudo bem, mas eu não queria preocupá-lo, pois ele já tem muitos problemas para lidar, principalmente nesse estado.

Para deixar o clima menos estranho, me aproximei um pouquinho de Beomgyu e o abracei com cuidado. O menor retribuiu e eu pude ouvir uma pequena risada dele. Entretanto, eu estava prestes a chorar, então decidi apenas deixar sair mesmo. Éramos só nós dois — meu namorado não me julgaria simplesmente por chorar. Finalmente deixei as lágrimas escorrerem sobre meu rosto enquanto apoiava a testa no ombro do outro Choi.

— Calma... — O mesmo disse enquanto levava a mão para meus cabelos e tentava me confortar.

— Não dá... Eu não consigo parar de pensar no que pode acontecer com você. Só de saber que você pode me deixar a qualquer momento, eu começo a chorar.

Por que justo você? (Yeongyu)Onde histórias criam vida. Descubra agora