Quando a atriz Lauren Rodriguez foi chamada para participar da série "Percy Jackson" como uma personagem original, ela se imaginou fazendo várias coisas, mas beijar o prepotente Charlie Bushnell não estava entre elas.
Agora, graças a Leah, que acabo...
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EU QUERIA ME dar um tiro.
Sério, quem achou que seria uma boa ideia colocar um monte de adolescentes na frente de uma câmera? A pessoa definitivamente não tinha uma mente sã, se achava racional uma ideia dessa.
Graças a esse ser humano brilhante, agora meu twitter está lotado de notificações de pessoas que juram que tenho algum tipo de envolvimento com o Charlie.
— Sério Walker? "Eles se beijaram demais", você não cansa de me deixar em situações completamente ruins?— Eu falava indignada.
— Eu não fiz nada demais, Lauren. Quer dizer, talvez eu tenha falado mais do que deveria, mas os vídeos que estão circulando por aí são totalmente culpa de vocês!
— Nossa?— Charlie questiona — Como exatamente é nossa culpa?
Quero dizer a ele que a piscadela que ele me mandou na última entrevista não ajudou exatamente com a situação, mas eu sabia que era uma válvula de escape por que ele estava, assim como eu, nervoso.
— Vocês ficaram se encostando toda hora na entrevista, cheios de risadinhas e sorrisinhos. Isso foi culpa de vocês.
O loiro abre um sorriso vitorioso, como se tivesse provado o ponto dele.
— Sem contar no Charlie segurando ela.— Aryan diz.
— Então eu deveria deixá-la cair? Sem mais nem menos? — A voz do moreno está totalmente incrédula.
— Não, mas a sua mão precisava apertar a cintura dela? Tipo, você não podia segurar ela pelos ombros?
Odeio admitir que ele tem um ponto, mas é verdade. Nós contribuímos muito para a situação.
Suspiro cansada, e uma dor de cabeça começa a se criar, mandando uma pontada de dor nas minhas têmporas e se espalhando para o resto do meu crânio.
Sinto mãos em meus ombros, massageando levemente ali, e sei quem é, por isso não me incomodo em tirá-las.
— Está vendo Charlie? É esse tipo de coisa que faz todo mundo acreditar que vocês namoram.
— Olha, a gente conversa sobre isso depois 'tá? — A voz dele parece calma, mas quando inclino a cabeça para olhar em sua direção, um olhar sério está em seu rosto, como se não aceitasse uma contradição.
Walker e Aryan levantam as mãos em rendição e Charlie acena com a cabeça para me incentivar a começar a andar.
Enquanto caminhamos em direção ao carro dele, a mão do moreno se posiciona na base da minha coluna, fazendo um leve carinho ali até chegarmos no veículo.
Charlie abre a porta do carro pra mim, o que me arranca um sorrisinho sincero, mesmo com a dor aumentando.
Ele dirige os primeiros minutos em silêncio, um clima confortável no carro apesar da entrevista.