IX

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EU QUERIA ME dar um tiro

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EU QUERIA ME dar um tiro.

Sério, quem achou que seria uma boa ideia colocar um monte de adolescentes na frente de uma câmera? A pessoa definitivamente não tinha uma mente sã, se achava racional uma ideia dessa.

Graças a esse ser humano brilhante, agora meu twitter está lotado de notificações de pessoas que juram que tenho algum tipo de envolvimento com o Charlie.

— Sério Walker? "Eles se beijaram demais", você não cansa de me deixar em situações completamente ruins?— Eu falava indignada.

— Eu não fiz nada demais, Lauren. Quer dizer, talvez eu tenha falado mais do que deveria, mas os vídeos que estão circulando por aí são totalmente culpa de vocês!

— Nossa?— Charlie questiona — Como exatamente é nossa culpa?

Quero dizer a ele que a piscadela que ele me mandou na última entrevista não ajudou exatamente com a situação, mas eu sabia que era uma válvula de escape por que ele estava, assim como eu, nervoso.

— Vocês ficaram se encostando toda hora na entrevista, cheios de risadinhas e sorrisinhos. Isso foi culpa de vocês.

O loiro abre um sorriso vitorioso, como se tivesse provado o ponto dele.

— Sem contar no Charlie segurando ela.— Aryan diz.

— Então eu deveria deixá-la cair? Sem mais nem menos? — A voz do moreno está totalmente incrédula.

— Não, mas a sua mão precisava apertar a cintura dela? Tipo, você não podia segurar ela pelos ombros?

Odeio admitir que ele tem um ponto, mas é verdade. Nós contribuímos muito para a situação.

Suspiro cansada, e uma dor de cabeça começa a se criar, mandando uma pontada de dor nas minhas têmporas e se espalhando para o resto do meu crânio.

Sinto mãos em meus ombros, massageando levemente ali, e sei quem é, por isso não me incomodo em tirá-las.

— Está vendo Charlie? É esse tipo de coisa que faz todo mundo acreditar que vocês namoram.

— Olha, a gente conversa sobre isso depois 'tá? — A voz dele parece calma, mas quando inclino a cabeça para olhar em sua direção, um olhar sério está em seu rosto, como se não aceitasse uma contradição.

Walker e Aryan levantam as mãos em rendição e Charlie acena com a cabeça para me incentivar a começar a andar.

Enquanto caminhamos em direção ao carro dele, a mão do moreno se posiciona na base da minha coluna, fazendo um leve carinho ali até chegarmos no veículo.

Charlie abre a porta do carro pra mim, o que me arranca um sorrisinho sincero, mesmo com a dor aumentando.

Ele dirige os primeiros minutos em silêncio, um clima confortável no carro apesar da entrevista.

TWITTER | Charlie Bushnell Onde histórias criam vida. Descubra agora