Quando a atriz Lauren Rodriguez foi chamada para participar da série "Percy Jackson" como uma personagem original, ela se imaginou fazendo várias coisas, mas beijar o prepotente Charlie Bushnell não estava entre elas.
Agora, graças a Leah, que acabo...
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— Dior, já disse que não aconteceu nada! — Minhas palavras soam desesperadas até para mim.
— E é por isso que vocês estavam agarradinhos no banheiro?
Juro, esse tem sido nosso diálogo nos últimos 15 minutos, uma mistura intensa da minha negação e do sarcasmo gritante dela. Sinceramente, descobri que só gosto de sarcasmo quando eu estou utilizando ele, ou Charlie, talvez. O sorriso dele é muito bonito quando ele é sarcástico.
Certo, essa última parte não era pra ser dita.
— Dior, escuta uma última vez: Eu estava tendo um ataque de pânico, e ele me ajudou, e não! Não foi por que ele é apaixonado por mim, é só por que qualquer pessoa decente faria isso.
— Agora está estranho, primeiro vocês se beijam, depois ele te empresta o moletom e agora você chama ele de decente?! — A voz da cacheada está incrédula — Que momento eu perdi isso tudo?
Suspiro irritada, sabendo que ela só estava fazendo pra me provocar, e ignoro, entrando no carro que estava me esperando para ir embora.
Aceno para ela enquanto estou indo, e posso vê-la rindo histericamente, provavelmente por que conseguiu me provocar. Ela sempre conseguia.
Sem minha permissão, meus dedos puxam levemente a manga do moletom, e eu trago perto do meu nariz. O cheiro dele está ali, e só pra confirmar, inspiro levemente o colarinho da blusa. O mesmo perfume.
Droga, Charlie podia ser chato quando queria, mas ele era bonito, cheiroso, um ótimo ator e aparentemente, uma pessoa decente.
Eu odiava ele ainda mais agora. Simplesmente pelo fato de que ele não me deixava odiar ele o suficiente. Sério, eu tinha uma desculpa antes, mas agora, depois da ajuda dele, eu não conseguia sentir o mesmo ódio de sempre.
Droga!
Suspiro quando chego no meu apartamento, abrindo a porta e indo direto para o banheiro. Eu precisava tomar um banho, se não o perfume amadeirado não ia me deixar em paz.
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Descobri, nos últimos trinta minutos, que era inútil tomar banho se eu fosse vestir o moletom de novo.
Não, eu não estava com ele por que o cheiro me acalmava. Eu não estava com ele por que, no fundo, me lembrava do abraço de Charlie. Eu não estava sentindo falta do menino que eu odiava.