INCUBUS - Jeon Jungkook (+18)

•IV

Capítulo IV

•Vizinha louca?

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Suas sobrancelhas estão franzidas em pura confusão e ele continua me segurando, sem parecer querer me soltar.

Meu corpo está grudado no dele, e eu ainda tremo feito um filhotinho assustado.

Isso não faz o menor sentido...
Eu me lembro claramente de ter batido com meu corpo contra sua porta e depois de correr em direção a porta de Julian!
Isso não faz sentido nenhum. Meu Deus.

- E-eu... - gaguejo, claramente perdida e Jeon parece perceber, se levantando rápidamente, me fazendo ficar sentada de forma desajeitada em suas coxas.

- E-eu... Tem alguém... - eu tento falar, mas não consigo. Eu sinto tanto medo... Um medo que nunca senti na vida.

Ele me tira do seu colo para me pôr sentada no chão, me fazendo escorar minhas costas na parede, todo atencioso e calmo.

Eu só consigo chorar mais sob o olhar do homem agachado em minha frente.

- Eu não... De-desculpa. - Nego com a cabeça, desistindo de explicar.

A sua expressão quase vacila quando vê o meu desespero, quando vê que, não importa o quanto eu tente regular minha respiração, eu não consigo parar de chorar.

O tatuado se levanta, tentando ir para algum lugar para dentro de sua casa, mas eu estou tão desesperada que agarro o braço sem tatuagens dele e o puxo de volta para perto de mim.
Estou com medo demais para ficar sozinha... Eu não quero ficar sozinha.

Ele não tenta se soltar do meu agarre, só se aproxima mais, voltando a se agachar ao meu lado.

Eu não olho pra ele, estou com minha atenção toda na porta ao nosso lado, a porta do meu apartamento. Ela está fechada.

Mas que merda tá acontecendo? Como isso é possível?
Alguém invadiu o meu apartamento... Mas eu não vi ninguém.
Eu me lembro de ter ouvido passos... Eu-

- Ei... Garota? - Jeon chama minha atenção, de forma calma, mas eu não tiro meus olhos da porta. - Seja lá o que aconteceu, já passou. Tá tudo bem agora.

Está mesmo? Eu não tenho certeza...
Ainda sinto aquela sensação de desconforto.

Como se a qualquer momento alguém pudesse entrar no apartamento do homem ao meu lado e nos machucar.

Jeon suspira e, de repente, ele se levanta, me pegando no colo.
Eu olho pra ele confusa, mas não tento sair de seu agarre.

Ele é quente e, por algum motivo que só Deus sabe, me deixa mais calma. Então me aconchego mais em seus braços, apoiando minha cabeça em seu ombro.

Ele me leva até sua cozinha, que percebo ter uma grande mesa, diferente da minha que nem mesa tem.

Me põe na bancada da pia e vai em direção a um dos armários ali.
Percebo agora que o homem está apenas de calça moletom preta, e não consigo não reparar no piercing em seu mamilo direito.

Fico chocada, mas apenas por dentro, porque por fora eu continuo com a mesma expressão chocha e triste de antes.

Não consigo mudar essa expressão por nada. Percebo o desânimo que sinto. O cheiro e calor de Jeon conseguiram me acalmar ao ponto de me fazer parar de chorar e hiper-ventilar, mas ainda tremo e me sinto fraca.

Ainda me sinto triste e vazia de qualquer emoção boa.

Ainda sinto confusão dentro de mim, porque não entendo o que aconteceu nesses últimos minutos.