"Capítulo 8"

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Um mês já havia se passado

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Um mês já havia se passado. Um mês no colégio. Um mês caçando animais. Um mês entrando na rotina dos Cullen.
E, principalmente, um mês conhecendo o Edward. Eu ainda não conseguia entender o motivo, mas quanto mais eu ficava perto dele, mais eu queria ficar. Não sei se ele sente o mesmo, mas nunca pareceu contrariado. Aquela eletricidade que eu senti no primeiro dia de aula ainda era presente. Perguntei para o Carlisle o que poderia ser aquilo, mas ele só sorriu de uma maneira estranha e disse que eu logo descobriria. Mas já se passou um mês e eu estou ficando cada vez mais irritada por não conseguir entender o que é isso.

Pelo menos eu deixei de ser o centro das atenções no colégio. O Mike é a Jéssica ainda não tiraram meu nome da boca, mas o resto do colégio não fica mais me encarando por onde eu passo. Manter o controle tem sido mais difícil do que eu pensei que seria. Nesse tempo eu cheguei perto de matar alguém umas 10 vezes, no mínimo. Eu acho que estou com sintomas de abstinência. Não sei como isso funciona
nos humanos, mas eu sinto como se pudesse morrer a qualquer momento se eu não matar alguém, e animais não contam.

Eu já terminei o meu quadro. Mas agora não sei onde irei colocá-lo, e sempre que eu olho pra ele, me sinto confusa. Por que eu pintei isso? Não que tenha ficado feio, é um dos quadros
mais bonito que já pintei, mas... qual o motivo de ele existir? Eu ainda não consegui descobrir isso também. No momento ele está em um canto no meu quarto, acho que ainda não chegou a hora dele ser pendurado.

- Yennefer? - Edward me chamou enquanto entrava no meu quarto. Eu estava de pé na frente da janela observando o dia ensolarado.

- O que está fazendo? - me perguntou.

- Apenas pensando. - Disse me virando para ele com um leve sorriso.

- Precisa de algo? - perguntei.

- Você se lembra daquele lugar que te falei? - ele me perguntou e parecia um pouco nervoso.

- A clareira? - Disse me lembrando de uma de nossas conversas que ele contou sobre o seu lugar preferido.

- Exatamente. - concordou com um sorriso.

- Eu queria saber se você gostaria gostaria de ir agora lá. - Disse e parecia ansioso.

- Claro! - desde que ele me contou sobre esse lugar, estou curiosa para conhecê-lo, mas ele se recusava a me levar lá.

Ele pareceu ficar mais animado quando
eu concordei e me pediu para segui-lo. Começamos a correr pela floresta para
não corremos o risco de algum humano
nos avistar. Ele parecia livre ao correr. O sorriso descontraído e alegre não deixou seu rosto nem por um segundo.
As vezes seus olhos âmbares se encontravam com os meus que estavam em um tom estranho entre o laranja e o roxo. Percebi que estávamos
chegando quando ele diminuiu o ritmo
e começou a andar.

- Estamos chegando? - perguntei
caminhando ao seu lado.

- Quase. - ele disse sorrindo.

- Está vendo aquela claridade ali? -
ele apontou para uma área alguns metros a frente.

- É ali? - perguntei animada.

- Sim. - seu sorriso aumentou, parecia
estar ficando animada também.

Andamos por um tempo apenas aproveitando o ambiemte e a companhia um do outro. Quando chegamos na beira da clareira ele levantou a cortina de sambambaias e vi. Era uma das coisas mais bonitas que já havia visto. Era perfeitamente redonda envolto das árvores e coberta de flores, violetas, amarelas e brancas, todas sendo delicadamente banhadas pelo Sol. Comecei a entrar lentamente com Edward seguindo atrás de mim. Parecia um Santuário. O Santuário dele.
O seu lugar de paz. E ele havia me deixado o conhecer.

Senti o Sol bater em minha pele e a esquentar levemente. Eu não tinha palavras para descrever aquele lugar.
Qualquer adjetivo que eu conseguia pensar me parecia pouco perante aquele pequeno lugar. Ainda estava olhando para tudo quando apenas uma palavra me veio á cabeça.

- Hygge. - Disse enquanto contemplava
esse lugar.

- O que? - ele parecia confuso.

- Hygge. - repeti.

- É Dinamarquês. E é a única palavra capaz de descrever esse lugar. - Disse o
olhando .

- O que significa? - estava curioso.

- É basicamente o suprassumo da paz e o bem-estar. - expliquei.

- A única palavra que descreve com exatidão o que esse lugar fez eu sentir. - Disse sorrindo.

- É exatamente o que eu sinto aqui. - ele disse em um tom mais baixo me olhando profundamente.

- Vem. - me puxou para o centro da clareira e nos sentamos ali de frente um para o outro.

Só agora eu havia reparado na maneira
que a luz do Sol refletia em sua pele. Era esplêndido. A luz acentuava as suas linhas, deixando-o ainda mais parecido
com uma estátua esculpida pelo próprio Michelangelo. A sua fina blusa branca me permitia enxergar o seu peitoral igualmente perfeito. Eu já devia estar acostumada com esse tipo de perfeição, a perfeição imortal, mas ele era diferente.

Eu conseguia enxergar os seus defeitos e as suas imperfeições, mas isso parecia
insignificante. Para os humanos, ele era apenas um rosto bonito. Mas eu o conhecia o suficiente para saber que ele era muito mais que isso. A sua beleza física não vem só dele ser um vampiro. Ele é atraente por ser quem é.
Edward Cullen ou Edward Mansen. Seu belo gosto musical. Sua fascinação por piano. Seus livros preferidos. Seu amor e admiração por cada membro de sua família. Ninguém conseguia enxergar esse lado dele. E principalmente o seu eu verdadeiro que ele tentava ao máximo esconder. Animalesco, Selvagem, Bruto. Nenhum desses adjetivos é negativo quando se trata de Edward Cullen. Eles são parte de quem ele é.

Percebi que enquanto o encarava, seus
olhos também não haviam desviado dos meus. No que ele estava pensando?
A profundidade com a qual ele me olhava... ainda não havia soltado as minhas mãos. Percebi ele abrir um pequeno sorriso no canto dos lábios antes de se jogar para trás, deitando na grama. Me assustei com o movimento repentino, mas logo me recuperei e fiquei o olhando confusa enquanto o mesmo olhava para o céu.

- Acho que agora é a sua vez de cumprir uma promessa. - ele disse abrindo um sorriso enquanto se ajeitava na grama para conseguir me olhar.

- Droga! - digo desviando o olhar. - por que eu achei que você esqueceria?

- Esquecer da sua promessa de me contar como você foi transformada?
- ele disse enquanto ria um pouco. - Nunca!

- Tudo bem. - Disse revirando os olhos.
- Tudo começou em 1973...

- Tudo começou em 1973

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Capítulo menorzinho, mas no próximo
algumas coisas serão reveladas.

Será que vai demorar muito para ela descobrir o que é essa "eletricidade"?

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Até o próximo capítulo...

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