cheers | capítulo 4.

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• Narrador

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• Narrador.
Naquela mesma noite.

– "Isso ai mofou há três dias." Ele avisou o garoto, que não deu a mínima importância.

JJ fazia um sanduíche de pasta de amendoim com um pão mais velho que sua falecida avó. Enquanto o Routledge abria a pasta que a cacheada achara dentro de uma cova minutos atrás.

"Vou tirar as partes mofadas." Pensou, como se isso realmente adiantasse de algo.

"Além disso, mofo faz bem. É só um organismo natural." A Augustine ficou chocada com aquele raciocínio.

"Você precisa de alguns neurônios a mais, cara." Falou, segundos antes dele vomitar o pedaço do lanche. Despertando-a uma risada sincera.

"Puta merda." Ele colocou o papel sobre a mesa de madeira, revelando um mapa cheio de rabiscos.

"O x é o lugar." O moreno apontou.

Aquela altura, todos olhavam para aquilo quase que hipnotizados.

"Esperem, acho que tem outra coisa." Mexeu na pasta novamente, tirando de lá um gravador antigo. John B não pensou duas vezes antes de apertar o play.

"Querido Bird." Seus olhos arregalaram-se ao ouvir aquelas palavras.

"Quem é Bird?" Soltou o loiro, no caminho de tirar a duvida de todos naquela mesa, com exceção do próprio Bird.

"Era como meu pai me chamava." Contou.

"Odeio  dizer que avisei, mas eu avisei. Mas você duvidou do seu pai. Acho que neste momento você esta cheio de culpa e auto-aversão por causa da nossa ultima briga, mas não se mate ainda, garoto. Eu também não esperava encontrar o Merchant." Quando a ficha realmente caiu, eles se encararam instantaneamente.

"Você teve razão ao brigar comigo. Não fui o melhor pai do mundo. Oque posso dizer? Senti o cheiro do ouro. E espero que estejamos ouvindo isto na nossa nova casa na Costa Rica, vivendo de rendimentos passivos e investindo em imóveis. Se não for o caso e você encontrar isto por razões ruins, é para isso que serve o mapa. Lá esta ele, o Merchant naufragado. E se algo acontecer comigo, termine oque eu comecei. Pegue o ouro, garoto. Eu te amo, Bird, mesmo que nem sempre tenha demonstrado. Vejo você do outro lado." E então, um silêncio se estabeleceu naquele lugar.

O garoto ainda segurava o gravador, esperando, rezando para ouvir a voz de seu pai de novo. Um nó em sua garganta incomodando-o intensamente. Ele se levantou de forma brusca, parando no batente da porta.

"Caralho, o Big John achou o Merchant." Falou, sendo repreendido pelos outros.

"Cala boca, JJ." Disseram. Ele se desculpou baixinho após perceber à própria indelicadeza.

...

– O som da água misturada com a melodia do ukulele da garota deixavam o silêncio agradável. Nenhum deles havia processado bem aquela informação.

"Quanto tinha mesmo?" Ele questionou, retomando o assunto.

"Quatrocentos milhões." Encarou o Maybank.

"Certo, como a gente divide? Só pra lembrar eu sou o único que pode nos defender direto daqueles bandidos que nos perseguiram. E proteção não é uma coisa barata, ta?" Informou, as garotas reviraram os olhos.

"Você por acaso sabe usar uma arma?" Perguntou o moreno.

"Aprendi no youtube, mano! Vale pelo menos mais cinco por cento para mim." Pensou, deixando todos ali indignados.

"Alguém discorda? Foi oque eu pensei." Ele parecia falar apenas consigo mesmo.

"Oque vai fazer com seus cem milhões, Pope?" A Carrera perguntou, encarando-o.

"Pagar a faculdade adiantado. E meus livros, é claro." Ninguém ali ficou genuinamente chocado.

"E você, Augustine?" O loiro puxou-a para a conversa.

"É verdade, to curioso para saber o que a princesa Kook vai fazer." Ele deu de ombros, fazendo-a rir.

"Quero abrir uma loja com a minha mãe. Ela adora desenhar roupas, acho que acabou passando essa paixão para mim." Sorriu, as lembranças da infância invadindo sua mente.

"Kie?" Ela fitou a garota ao seu lado, esperando sua resposta.

"Vou fazer um álbum. Sobre Outer Banks, os Pogues. Sabe, com inspiração em Kingston. Gravar no meu estudio, o Peter Tosh vai produzir." Contou-nos, com um brilho no olhar.

"Peter Tosh morreu." Ele lembrou, como se a garota não soubesse.

"To ligada, mas o espirito do Tosh nunca morrerá." Levantou a latinha, ainda sorridente.

"Olhem, já até sei o que vou fazer. Vou comprar uma mansão no Figure 8 e vou virar um super Kook." Atropelou as palavras, mas mesmo assim eles conseguiram entender.

"Vai virar um Kook?" Alice o encarou, não o imaginava daquele jeito.

Para ela, JJ seria o tipo de Kook que mesmo sendo podre de rico, andaria com calcas rasgadas, regata, e um baseado na orelha.

"Óbvio. Mando esculpir uma estátua minha e faço um laguinho também, cheio de peixes." Completou.

"Não vou te visitar." Kiara avisou, apontando para ele.

"E você? O que vai fazer, John B?" Pope o questionou, esperando que agora ele estivesse preparado para isso.

"Vamos virar super Kooks." Sorriu, sua essência voltando a aparecer.

"Vamos virar super Kooks." Disseram em uníssono, brindando às latinhas ao meio das risadas.

" Disseram em uníssono, brindando às latinhas ao meio das risadas

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Trouble | Rafe Cameron.Onde histórias criam vida. Descubra agora