hurricane | capítulo 1.

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• Alice Augustine

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• Alice Augustine.
June 3rd.

– Eu andava pelas ruas do figure 8 já sentindo a bronca que iria ter que ouvir por ainda estar na rua lá nesse horário.

Se fosse qualquer outro dia, eu nem voltaria, mas como um furacão estava previsto para passar por Outer Banks essa noite, eu precisava estar em casa.

Abri a porta. Procurando atentamente pelos meus pais, pude escutar burburinhos vindo da cozinha.

"Está atrasada, mocinha." Ele não estava de todo modo bravo, isso era minimamente bom.

"Foi mal. Maddie não me deixou ir embora sem dar um mergulho." Ela já estava acostumada a levar culpa por muitas das coisas que fazíamos.

Minha melhor amiga tinha uma reputação um pouco ruim pela ilha. Já eu, por vim de uma família de ouro, precisava manter a minha bem limpa, pelo menos entre o convívio social de meus pais.

Porque fora dele... Bom, vamos deixar isso quieto, por enquanto.

"Surfar nas ondas agitadas do pré-furacão? Bem a cara da Maddie." Minha mãe riu, balançando o rosto levemente.

"Melhor ir tomar um banho, a ventania só aumenta, podemos ficar sem energia." aconselhou-me, limpando as mãos com um pano de prato.

"Sim, senhor." Brinquei, levando a ponta dos dedos até minha testa.

...

– Eu não poderia ter dormido durante todo o furacão, poderia?

Decidi levantar da cama logo, colocando os pés no chão, e andando até a janela. Alguns galhos de árvore se encontravam nas ruas, mas o mar já não estava tão agitado quanto ontem.

"Mãe?" Chamei, ao descer as escadas, me deparando com ambos tomando café da manhã.

"Pensei que demoraria mais para acordar. Dormiu bem, filha?" Ela disse, naturalmente.

"Até demais, ao menos acordei durante a noite." Eu ainda estava incrédula com aquilo.

"O Agatha não aliviou nem um pouco, fiquei sabendo que a casa dos Stewart's está arruinada." Meu pai comentou, balançando o rosto.

Eles logo embarcaram em uma conversa que não prestei muita atenção. Até o momento em que ouvi meu nome.

"Alice? Pode fazer um favor para mim?" Ela me olhou, fazendo com que eu assentisse sem ao menos saber sobre oque se tratava.

"Preciso que você leve isso até o cais. Não terei tempo hoje, e já te adianto que lá estará fervendo de pessoas com a bagunça do Agatha." Explicou, arregalando as sobrancelhas.

"O que você não pede rindo, que eu não faço chorando?" Brinquei, fazendo ela soltar um riso curto.

Em seguida, peguei a caixa embalada de suas mãos, soltando um breve suspiro ansioso.

...

– E minha mãe estava certa mais uma vez, esse lugar estava uma tremenda bagunça. Fazia mais de quinze minutos que me escorava naquele balcão, esperando que o moço ranzinza me atendesse.

Pensei umas três vezes em só deixar a caixa aqui e ir embora. Mas se algo desse errado, é claro que sobraria para mim.

"Nada ainda, Augustine?" Olhei para trás ao escutar a pergunta, avistando John B com a sua gangue; para variar.

"Nadinha, cara." Fiz uma careta, tão insatisfeita quanto ele.

Era pelo meu sobrenome que a maioria de pessoas daqui da ilha me conhecia. Um apelido que acabara pegando uma grande fama.

Diferente de outras famílias do figure 8, desde que chegamos em Outer Banks, nunca fui ensinada a discriminar as pessoas do cut.

De certo modo, achava os Pogues bem mais legais do que a maioria dos Kooks.

"O que fazem por aqui, gente?" Questionei, com curiosidade.

Nenhum deles me respondeu, apenas encararam-se entre si. Pareciam conversar apenas com olhares expressivos.

E isso me fez lembrar de uma coisa; aquele grupo só viria aqui para algo minimamente importante, já que eles odiavam esse lado da ilha.

"Tá afim de ver algo?" Vindo do Maybank, chegava a ser bem tentador.

...

– "Vocês confiam mesmo naqueles dois juntos?" Perguntei, elevando uma das sobrancelhas.

Teriam se passado alguns minutos que haviamos parado o barco ao lado de um hotel. E a típica dupla tinha subido para entrar em um dos quartos.

Observação: Com a chave que haviam roubado de um barco afundado pelo furacão da noite passada. Se eu consegui resumir bem a história.

"Está certa, alguém devia ir lá." Pope concordou, se arrumando sobre o banquinho preto.

"Alcança eles, Augustine." Kiara pediu, encarando-me.

Eu dei de ombros, balançando o rosto em confirmação logo depois de pensar um pouco.

Não demorei para achar o quarto em que eles estavam. Girei a maçaneta marrom, dando praticamente de cara com o loiro.

"Que porra. Ficou doida?" Exclamou, fazendo-me soltar uma gargalhada sincera.

Mas depois, notei que ele segurava uma arma nas mãos.

"Que merda é essa, JJ?" O fitei, apontando para o utensílio a mostra.

"Achamos ali dentro, junto de algumas pratas." Contou.

Meu olhar se direcionou ao cofre escancarado debaixo do frigobar. E estava lotado de dinheiro.

No silencio chocante em que o quarto ficou, ouvimos passos se aproximando. O moreno chegou na porta em um pulo para checar quem era.

"É a polícia." Falou, com nervosismo.

Uma ideia veio em minha mente segundos depois.

"A janela, vai!" Indiquei, chamando a atenção de ambos.

Fizemos tudo caltelozamente, saindo do quarto sem fazer barulho e no tempo exato antes dos agentes entrarem.

Eles não tiveram muito trabalho para achar a grana no cofre, mas algo que aconteceu me deixou um pouco surpresa e aflita.

Houve uma ação corrupta nesse meio tempo, roubaram uma bolada bem na nossa frente.

Ainda incrédula, me desequilibrei no pequeno trilho em que eu e JJ estávamos. Ele me segurou pela cintura, não me deixando cair. Diferente da porra da arma que não fazia ideia que ele tinha guardado consigo.

"Merda." Sussurrou, fechando os olhos por alguns pequenos segundos.

Os dois dentro do quarto deram uma pequena olhada na janela, mas não nos viram. E entendemos que era aquele era um sinal para darmos o fora dali o mais rápido possível.

 E entendemos que era aquele era um sinal para darmos o fora dali o mais rápido possível

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Trouble | Rafe Cameron.Onde histórias criam vida. Descubra agora