chore em meus braços

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SANA, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐𝗦𝗲𝘂𝗹 - 𝗖𝗼𝗿𝗲𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗦𝘂𝗹22:40 p

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SANA, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐
𝗦𝗲𝘂𝗹 - 𝗖𝗼𝗿𝗲𝗶𝗮 𝗱𝗼 𝗦𝘂𝗹
22:40 p.m

Eu me despeço de Jihyo e saio o mais rápido possível para longe, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto. Aflita, pego meu celular e ligo para a única pessoa com quem eu conseguiria naquele momento, Sunoo.

Pela primeira vez, ele era a única pessoa em quem eu confiava de olhos fechados para desabafar e chorar em seus braços. A minha vida toda tive a necessidade de ser amada e aceita por ele e Yuna, e eu pressentia que agora isso iria acontecer.

Ele atende imediatamente ━━ Sasa?

━━ Sunoo — digo com a voz embargada — Me busque, por favor. Vou te mandar minha localização.

━━ O que ela fez com você? Estou indo — ele responde desligando.

Não demora muito para eu ver o carro do meu irmão ser estacionado ali perto. Eu estava sentada na calçada, abraçando os joelhos enquanto chorava descontroladamente. O vento batia em meu rosto, mudando a direção das lágrimas que escorriam. Minha garganta estava fechada em um nó e tudo o que eu pensava agora era na frustração que estava sentindo.

Maldito encontro.

Sunoo desce do carro e me vê, correndo imediatamente até mim. Ele se agacha do meu lado e me abraça apertado, me segurando fortemente em seus braços enquanto me olhava com um olhar preocupado.

━━ Você está bem? — ele pergunta — Eu vou matar essa garota!

Ele parecia furioso. Pela primeira vez, vi meu irmão ficar bravo com alguém por minha causa, vi ele se sentir irado por algo que colocasse minha felicidade em risco. Aquilo tudo era novo, e eu acho que preferia continuar acomodada do que experimentar todos esses sentimentos ruins.

━━ Só... Me leve para casa — digo baixinho.

Ele assente, compreensivo e se levanta, estendendo a mão para mim e me ajudando a ficar de pé. Entramos no carro e passamos o caminho todo em completo silêncio, mas eu podia sentir seu olhar sobre mim.

━━ Quando se sentir confortável para falar, estarei aqui para ouvir — ele quebra o silêncio, sem tirar os olhos do trânsito — Você deve estar confusa e triste agora. Vou te dar esse tempo.

━━ Obrigada — digo e meu coração se aquece ao o ver sorrindo para mim.

E mais silêncio.

━━ O papai e a mamãe vão voltar amanhã — ele comenta — Eles acabaram de pegar o avião para voltar para cá. Me perguntaram como você estava.

━━ E o que você disse?

━━ Que você estava bem — responde, simples — É estranho ver nossos pais depois de tanto tempo longe deles. É como se eles fossem parentes distantes que vieram passar as férias em nossa casa.

Assinto, concordando com Sunoo. Eu sabia que ele estava mudando de assunto para me confortar, já que poderia falar sobre o regresso dos meus pais em outro momento, mas preferiu falar agora. Eu honestamente me senti grata por isso, porque eu não queria falar sobre Jihyo por um bom tempo.

━━ Eu só queria entender o motivo de eu gostar tanto dela... — digo, quase que em um sussurro — Por que ela não gosta de mim também? O que falta para eu ser perfeita para ela?

━━ Como você sabe que ela não gosta de você?

━━ Nós nos beijamos depois do filme — começo a contar — Mas aí ela disse que era só um beijo, e que era tudo sem sentimento. Eu sabia que ela só tinha me chamado ao cinema para retribuir o favor, mas é inevitável ficar desolada quando a garota que sou apaixonada me diz que não tem sentimento nenhum naquilo, que aquele beijo não significou nada mesmo que para mim tenha significado muita coisa.

Sunoo assente, compreendendo o assunto. Ele fica por um tempo em silêncio enquanto dirige, mas logo volta a falar.

━━ Talvez ela goste de você, talvez ela só esteja confusa sobre os sentimentos dela — ele diz — mas não quero te dar falsas esperanças. Não corra atrás dela mais. Uma hora você vai superar ela.

Finalmente chegamos em casa. Sunoo estaciona o carro na garagem e sai dele, abrindo a porta para eu sair também. Quando entro em casa, vejo Yuna sentada no sofá, vendo TV. Ela olha para nós dois e se levanta.

━━ Ei, Sana — ela diz se aproximando.

━━ Yuna... — a chamo baixinho — Me dá um abraço?

Ela fica surpresa com minha vulnerabilidade, mas se aproxima ainda hesitante, me envolvendo em seus braços formando um abraço caloroso e sentimental. Ela acaricia minhas costas e eu choro abraçada com ela.

Aquelas lágrimas não eram apenas sobre Jihyo, eram também sobre tudo que sofri calada, sobre todas as lágrimas que segurei durante anos por não ter nenhum suporte. Aquele abraço, era o que eu queria ter recebido durante a vida toda, porque era mais do que uma demonstração de afeto, era como se ela dissesse de forma silenciosa que iria ficar tudo bem e que ela estava ali, comigo.

Sunoo observa a cena e se aproxima também, envolvendo dessa vez os três em um abraço. Eu finalmente me senti parte da família, me senti irmã deles. Eu sempre fui excluída, tímida demais para chegar perto dos outros e sem graça demais para dar orgulho para a família. Ninguém sabia do meu nome e sequer sabiam que eu era boa em algo — honestamente, nem eu sabia — mas daquela vez, eu senti como se eles me amassem, como se estivessem juntando meus pedaços e me consertando.

━━ Vai passar, Sasa — diz Sunoo — A hora mais escura do dia é antes de amanhecer.

━━ Me desculpem por ser tão idiota — falo baixinho, com a voz arrastada.

━━ Jamais te culpariamos por se apaixonar, Sana — responde Yuna, deixando um beijo no topo da minha cabeça.

Dias melhores virão, eu espero.

NOTES

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NOTES

Pois é, eu tô mais animada do que o normal ☝️ faltam 3 capítulos para a história acabar.

Até muito em breve <3

Operação: Conquiste Park Jihyo   | SahyoOnde histórias criam vida. Descubra agora