PUTA QUE PARIU! | 02

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Dia do assalto na Casa da Moeda
Sexta feira -> Roberta.

Finalmente já era sexta, meu penúltimo dia de trabalho, antes das tão desejadas férias.

Eram exatas cinco e meia da manhã, eu já havia acordado a um tempo, quatro horas. Para conseguir ir um pouco na academia, essa tem sido a minha única escapatória da rotina.

Eu passo na cafeteria antes de ir para o trabalho, para comprar um café.

- Bom dia, Cindy. - Eu falo para a garçonete. De tanto eu vir aqui, acabamos ficando colegas. - O de sempre, por favor. - Eu falo e ela assente com a cabeça.

Depois de uns cinco minutos, Cindy me entrega o meu copo de café.

Saindo da cafeteria, eu entro novamente no meu carro, e vou até a Casa da Moeda.

Esse era um rápido percurso, mas hoje em específico, parecia durar horas e horas. Hoje estava um clima pavoroso. O dia não estava tão lindo.

- Bom dia, James. - Eu falo para o segurança da portaria principal.

- Bom dia, Roberta. - Ela fala e abre o meu acesso.

Chegando na minha sala, eu pego o meu cartão de acesso para abrir a porta. Quando eu estava fechado a porta, Arturo aparece atrás de mim.

- Roberta, querida. As papeladas estavam péssimas. Não tinha nada bem explicado. - Arturo fala tirando certo sarro da minha cara.

- Então isso se dá a entender, que você não concluiu o ensino fundamental. Já que nem um simples texto você consegue interpretar. - Eu falo e ele revira os olhos.

- Está muito afiadinha, senhorita Roberta. Se continuar assim, infelizmente terei que te demitir. - Arthuro fala e eu apenas me sento na minha cadeira.

Ignorando a presença dele ali. Entretanto, logo ele sai.

- Senhorita Roberta? - James diz enquanto entra na minha sala.

- Oi, James. - Eu respondo enquanto tiro algumas coisas da bolsa.

- Deixaram isso aqui para a senhora. - Ele fala e me entrega uma caixa.

- Ah, obrigada? Quem deixou? - Eu pego a caixa e pergunto.

- Não faço ideia. - Ele fala e sai da sala.

Era uma caixa bonita, vermelha com um laço preto. Incrível que essas são as minhas cores favoritas. Dentro dela, tinha alguns chocolates, e um bilhete.

"Roberta, te acho uma mulher extremamente atraente. Gostaria de ter uma chance com você. Assinado, seu Admirador Secreto."

Sério isso? Admirador sequestro? Isso é da época em que eu era criança. Que brega.

Pego as minhas chaves que estavam dentro da bolsa, e entro em uma espécie de armário.

Esse sim ficava trancado a sete chaves. Tinham documentos extremamente importantes. Modesta a parte, eu sou uma pessoa importante aqui dentro.

Vou até uma das caixas aonde ficam armazenaras dados sobre os funcionários, Arturo tinha me pedido para que eu visse a documentação de Mônica Gaztambide, ele iria demiti-la.

Procuro o "M" nos organizadores de caixa, e rapidamente encontro a ficha dela.

Ela trabalhava a um bom tempo aqui, caso demitisse ela sem motivos aparentes, ela quem sairia ganhando.

Depois de algumas horas fazendo cálculos e mais cálculos, escuto uma certa gritaria.

Ao invés de eu sair para ver o que era, eu decido ficar quieta no meu canto.

Minha porta é aberta com brutalidade, alguém mascarado e com um macacão vermelho aponta a arma na minha cara, e faz sinal para eu ir com ele.

Eu apenas levanto as minhas mãos, em sinal de rendição, e caminho enquanto vejo alguns colegas de trabalho indo no mesmo caminho.

Todos nós somos colocados em fileiras, e nos dão um tapa olho.

Uma voz de homem começa a falar.

- Bom dia. Sou eu quem estou no comando. E antes de mais nada eu quero, pedir desculpa a vocês. Essa não é uma boa maneira de acabar a semana. Mas estão assim como meus refens. Se me obedecerem garanto que saem com vida. - Uma voz rouca de homem fala.

- Senha? - Uma outra voz de homem fala.

- Para que precisa da senha? - Arturo responde.

- Vai me falar ou eu vou precisar pegar na potrada? - Um dos assaltantes fala.

- Se acalma, se acalma. Está grávida de quantos meses? - O homem que está no comando fala.

- Passa o celular. - Uma voz de homem fala comigo. Eu certamente não iria entregar meu celular.

- Não estou com o celular. - Eu falo firmemente.

- Acha que eu tenho cara de idiota? - O homem responde.

- Não sei, estou com uma venda na cara. Não tem como eu ver se você tem cara de idiota. - Eu respondo com ironia e a máscara é brutalmente tirada do meu rosto.

- Agora está vendo. - O assaltante diz.

- Qual o problema, senhorita? - A voz do homem que estava no comendo fala comigo.

Ele se aproxima de mim, e o outro dá espaço.

O homem que estava no comando, era realmente bem atraente. Que horror, Roberta!

Ele tinha cara de ter uns quarenta anos, tinha um cabelo preto, e os cabelos estavam todos para cima.

Ele simplesmente invalida o meu espaço pessoal, e tira o meu celular do meu bolso. Filho da puta.

- Não está com o celular, é? - Ele responde com sarcasmo.

Eu apenas fico quieta.

- O gato comeu a sua língua? - Ele fala com ironia.

Eu sigo quieta, e ele coloca a máscara nos meu olhos novamente.

Que maravilha, próximo das minhas férias, acontece a porra de um assalto. Agora, com certeza irei perder as minhas férias. Vai tomar no cu.

LOUCURA, BERLIMOnde histórias criam vida. Descubra agora