Dia do assalto na Casa da Moeda
Sexta feira -> Roberta.Finalmente já era sexta, meu penúltimo dia de trabalho, antes das tão desejadas férias.
Eram exatas cinco e meia da manhã, eu já havia acordado a um tempo, quatro horas. Para conseguir ir um pouco na academia, essa tem sido a minha única escapatória da rotina.
Eu passo na cafeteria antes de ir para o trabalho, para comprar um café.
- Bom dia, Cindy. - Eu falo para a garçonete. De tanto eu vir aqui, acabamos ficando colegas. - O de sempre, por favor. - Eu falo e ela assente com a cabeça.
Depois de uns cinco minutos, Cindy me entrega o meu copo de café.
Saindo da cafeteria, eu entro novamente no meu carro, e vou até a Casa da Moeda.
Esse era um rápido percurso, mas hoje em específico, parecia durar horas e horas. Hoje estava um clima pavoroso. O dia não estava tão lindo.
- Bom dia, James. - Eu falo para o segurança da portaria principal.
- Bom dia, Roberta. - Ela fala e abre o meu acesso.
Chegando na minha sala, eu pego o meu cartão de acesso para abrir a porta. Quando eu estava fechado a porta, Arturo aparece atrás de mim.
- Roberta, querida. As papeladas estavam péssimas. Não tinha nada bem explicado. - Arturo fala tirando certo sarro da minha cara.
- Então isso se dá a entender, que você não concluiu o ensino fundamental. Já que nem um simples texto você consegue interpretar. - Eu falo e ele revira os olhos.
- Está muito afiadinha, senhorita Roberta. Se continuar assim, infelizmente terei que te demitir. - Arthuro fala e eu apenas me sento na minha cadeira.
Ignorando a presença dele ali. Entretanto, logo ele sai.
- Senhorita Roberta? - James diz enquanto entra na minha sala.
- Oi, James. - Eu respondo enquanto tiro algumas coisas da bolsa.
- Deixaram isso aqui para a senhora. - Ele fala e me entrega uma caixa.
- Ah, obrigada? Quem deixou? - Eu pego a caixa e pergunto.
- Não faço ideia. - Ele fala e sai da sala.
Era uma caixa bonita, vermelha com um laço preto. Incrível que essas são as minhas cores favoritas. Dentro dela, tinha alguns chocolates, e um bilhete.
"Roberta, te acho uma mulher extremamente atraente. Gostaria de ter uma chance com você. Assinado, seu Admirador Secreto."
Sério isso? Admirador sequestro? Isso é da época em que eu era criança. Que brega.
Pego as minhas chaves que estavam dentro da bolsa, e entro em uma espécie de armário.
Esse sim ficava trancado a sete chaves. Tinham documentos extremamente importantes. Modesta a parte, eu sou uma pessoa importante aqui dentro.
Vou até uma das caixas aonde ficam armazenaras dados sobre os funcionários, Arturo tinha me pedido para que eu visse a documentação de Mônica Gaztambide, ele iria demiti-la.
Procuro o "M" nos organizadores de caixa, e rapidamente encontro a ficha dela.
Ela trabalhava a um bom tempo aqui, caso demitisse ela sem motivos aparentes, ela quem sairia ganhando.
Depois de algumas horas fazendo cálculos e mais cálculos, escuto uma certa gritaria.
Ao invés de eu sair para ver o que era, eu decido ficar quieta no meu canto.
Minha porta é aberta com brutalidade, alguém mascarado e com um macacão vermelho aponta a arma na minha cara, e faz sinal para eu ir com ele.
Eu apenas levanto as minhas mãos, em sinal de rendição, e caminho enquanto vejo alguns colegas de trabalho indo no mesmo caminho.
Todos nós somos colocados em fileiras, e nos dão um tapa olho.
Uma voz de homem começa a falar.
- Bom dia. Sou eu quem estou no comando. E antes de mais nada eu quero, pedir desculpa a vocês. Essa não é uma boa maneira de acabar a semana. Mas estão assim como meus refens. Se me obedecerem garanto que saem com vida. - Uma voz rouca de homem fala.
- Senha? - Uma outra voz de homem fala.
- Para que precisa da senha? - Arturo responde.
- Vai me falar ou eu vou precisar pegar na potrada? - Um dos assaltantes fala.
- Se acalma, se acalma. Está grávida de quantos meses? - O homem que está no comando fala.
- Passa o celular. - Uma voz de homem fala comigo. Eu certamente não iria entregar meu celular.
- Não estou com o celular. - Eu falo firmemente.
- Acha que eu tenho cara de idiota? - O homem responde.
- Não sei, estou com uma venda na cara. Não tem como eu ver se você tem cara de idiota. - Eu respondo com ironia e a máscara é brutalmente tirada do meu rosto.
- Agora está vendo. - O assaltante diz.
- Qual o problema, senhorita? - A voz do homem que estava no comendo fala comigo.
Ele se aproxima de mim, e o outro dá espaço.
O homem que estava no comando, era realmente bem atraente. Que horror, Roberta!
Ele tinha cara de ter uns quarenta anos, tinha um cabelo preto, e os cabelos estavam todos para cima.
Ele simplesmente invalida o meu espaço pessoal, e tira o meu celular do meu bolso. Filho da puta.
- Não está com o celular, é? - Ele responde com sarcasmo.
Eu apenas fico quieta.
- O gato comeu a sua língua? - Ele fala com ironia.
Eu sigo quieta, e ele coloca a máscara nos meu olhos novamente.
Que maravilha, próximo das minhas férias, acontece a porra de um assalto. Agora, com certeza irei perder as minhas férias. Vai tomar no cu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
LOUCURA, BERLIM
FanfictionAndrés de Fonollosa, cinco casamentos que deram totalmente errado. Andrés, conhecido como Berlim, era um assaltante, que se dedicou cinco vezes à alguma mulher, depois de tamanhas decepções se tornou um homem frio. Para quem conhece Berlim, nem ima...