PARIS | 10

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ÚLTIMAS HORAS DO ASSALTO
Chegou a minha hora de descer e falar para a inspetora "sim está tudo bem".

— Robertinha, é você agora. — Denver fala e eu me levanto.

Eu caminho, e desço as escadas, logo no final, estava a inspetora, Berlim, Rio e Tóquio.

— Roberta Di'Lorents? — A inspetora pergunta enquanto anota.

— A própria. — Eu respondo e Berlim me olha.

— Como você está? Tá sendo bem tratada? — Ela pergunta e eu olho com ironia.

— Melhor impossível. Me sinto em uma colônia de férias. — Quando eu termino de dizer, Berlim da risada.

— Robertinha é assim mesmo, tem um humor ácido.— Berlim fala e eu olho sem entender.

— Já pode ir. — A inspetora fala e eu caminho novamente até aonde eu estava.

•*•

A inspetora já havia indo embora, Berlim me chamou para ir com ele na minha sala, de acordo com ele, ele precisava da minha ajuda.

— Robertinha, querida. Acho que eu irei aceitar a sua proposta. — Ele fala e eu olho sem entender.

— Que proposta? — Eu pergunto e ele me olha.

— De ficar comigo, idiota. Você fugir comigo. Bem, se o Denver pode fugir com uma refém.. Eu também posso. — Ele fala e eu dou risada e reviro os olhos.

— Não.. Acho que não quero mais. Como você mesmo falou, é muito difícil se apaixonar por uma refém, você é o assaltante, e eu sou a refém. — Eu falo implicando e ele se levanta, me deixando colada na parede.

— Ah é? E quem você prefere? O segurancinha de merda que você é grudada? — Ele fala e eu sorrio.

— Talvez. Nós já éramos amigos antes, não tivemos só três dias para nos apaixonarmos, já saímos, fomos para um bar. — Eu falo e Berlim muda o semblante totalmente.

— Para de jogos, Roberta. — Ele fala, e eu beijo ele.

— Você é insuportável, mas não posso negar que estou um pouco atraída por você. — Eu falo.

— Você vai fugir comigo, iremos pegar seu filho, e vamos para bem longe daqui. — Quando ele fala isso, eu sorrio tanto quanto uma criança ao ganhar um doce.

Berlim se levanta e se senta na cadeira.

— Eu quero um apelido também! De cidade. — Eu falo e ele me olha.

— Então você pode se chamar Paris. — Berlim fala e eu me sento no colo dele.

— Por que Paris? — Pergunto enquanto mexo em seu cabelo.

— É um lugar muito bonito, tenho boas memórias de lá. Tive paixão, roubos. — Quando ele fala paixões eu me levanto e começo a bater nele. — Tá me batendo por que, maluca? — Ele fala e segura o meu braço.

— Você quer que eu me chame Paris, porquê esse é o lugar que você se apaixonou por outra, seu filho da puta, enfia essas paixões no meio do seu cu. — Eu falo e saio da sala.

Eu estava andando mais rápido que o Flash, e então, Berlim segura o meu braço.

— Para de graça, Roberta. Está agindo igual criança. — Ele fala e eu o olho com ironia.

— Criança é a puta que te pariu, ou melhor, a mulher de Paris! — Eu falo e ele começa a me puxar para a sala novamente.

— Sossega, Roberta. Você é minha e pronto. — Ele fala e eu me sento no sofá cruzando os braços.

— Tá. — Eu falo e me deito.

— A gente vai fugir daqui a pouco. — Ele fala e eu concordo com a cabeça.

— Por que você não chamou a mulher de Paris para ir com você? — Eu pergunto e ele me olha com ironia.

— Porquê ela não quis vir comigo. — Quando ele fala isso, em questão de segundos eu já estava batendo nele novamente. — É brincadeira. Prefiro você. — Ele fala e segura o meu braço.

Eu apenas olho para ele com ironia, e me deito no sofá.

LOUCURA, BERLIMOnde histórias criam vida. Descubra agora