NÃO? NÃO! | 03

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Uma hora desde o assalto na Casa da Moeda
Sexta feira -> Roberta.

Já haviam se passado uma hora desde o começo do assalto. Os assaltantes distribuíram algumas máscaras e macacões.

Sinceramente, eu estava completamente ridícula. Todos estávamos iguais, pelo que eu entendi, essa era uma forma de nos disfarçar deles. Certamente estavam usando a gente de escudo humano, caso a polícia entrasse, deixaria com que nós nos fodessemos.

Agora estávamos todos reunidos no salão principal, todos estávamos sentados, enquanto tinham dois dos assaltantes fazendo uma ronda.

- Roberta D'Laurents Vega? - O homem que estava no comando me chama.

- Sou eu. - Eu respondo com os braços cruzados

- Venha comigo. - Ele fala e eu me levanto.

Nós caminhamos até a porta da minha sala. O meu cartão estava dentro da sala.

- Abra. - O homem ordena.

- Não. - Eu falo e ele me prende na parede.

Eu estava com as costas na parede e as mão dele me cercavam.

- Não? Eu não estou perguntando se você quer ou não. Você vai sim! - Ele fala travando o maxilar.

- Você está me apertando! - Eu falo e ele chega mais perto ainda. - Tá parecendo que você quer me comer.- Eu falo e ele dá uma risada irônica.

- Roberta, querida. Ou você coloca essa senha agora, ou Tom irá pagar as consequências por suas atitudes. - No momento que ele fala do meu filho, a primeira coisa que eu pensei em fazer, foi o que eu fiz.

Dei um tapa na cara dele, ele segurou a minha mão instantaneamente.

- Você me deu um tapa na cara, sua filha da puta? - Ele fala enquanto segura com força o meu pulso.

- Você falou do meu filho. - Eu falo já me dando por vencida.

- Bota a porra dessa senha, agora! - Ele grita e solta o meu pulso.

Estava com uma puta marca vermelha. Como eu estava sem o cartão, eu coloco a minha senha, e a digital na fechadura.

- Boa garota, tá vendo? Quando você me obedece, tudo acaba bem. - Ele fala. - Salinha confortável. - Ele diz enquanto olha a minha sala.

Ele vai até a minha mesa, observando cada mísero detalhe do ambiente. Ele parece observar o meu porta-retrato com minha foto e de Tom.

- Sem marido, Robertinha? - O homem pergunta.

- E o que isso te interessa? - Eu falo e ele vai até mim.

- Se eu perguntei, é porquê me interessa. Gostei dessa sala, vai ser minha. - Ele fala e eu reviro os olhos. - Só gosto que revirem os olhos para mim na cama. - Ele fala no meu ouvido.

- O que você quer aqui? - Eu pergunto e ele vai até a porta que estava trancada a sete chaves. A sala dos documentos.

- Abre. - Ele fala e eu vou até ele.

- Não. - Eu respondo cruzando os braços. Ele que estava do outro lado da sala, praticamente vai até mim. - Vai me bater agora? - Eu pergunto e ele parece recuar.

- Claro que não. Um homem não se deve bater em uma dama. - Ele fala e se aproxima do meu ouvido. - Mulher de verdade gosta de apanhar na cama. - Ele fala e eu dou risada.

Eu já tinha entendido as intenções dele. Vou usar isso ao meu favor. Isso será a minha garantia de vida, e quando isso tudo acabar, eu fujo desse país com minha mãe e Tom.

Eu caminho até a minha mesa, e procuro as minhas chaves dentro de uma gaveta.

Abro rapidamente a porta, e o homem segura meu braço.

- Quando você faz tudo como eu mando, você só sai ganhando. - Ele da risada e eu fico sentada na mesa esperando isso acabar.

Ele termina de pegar o que quer, e deixa em cima da minha mesa.

- Vem, anda. Você irá ficar com os demais refens. - Ele fala e me puxa pelo braço, quase que eu caio da mesa.

- Que tesão é esse com o meu braço? Eu tenho perna, sabia? - Eu falo e ele novamente dá uma risada irônica.

Nós caminhamos até o salão principal novamente.

Caminho novamente até ao lado de uma das alunas da escola que tinha ido fazer um passeio.

As horas aqui como refém passavam cada vez mais devagar.

LOUCURA, BERLIMOnde histórias criam vida. Descubra agora