Sobre a Dona Morte

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Dona morte.

Querida dona morte, faz muito tempo que não nos vemos, tempo até demais.

Fui condenado pela sua inimiga natural  a ser um renegado do prazer, um ser sem paz.

Vi todos que amo partirem, você faz visitas frequentes para os meu amores.

Mesmo que eu tente evitar, sou incapaz.

A imortalidade é minha sentença,

Sem pessoas ou lugares a quem eu pertença.

De mãos vazias sigo em frente.

Sem amor, sem calor.

Sem a sua presença.

Dona morte, por quê logo eu?

Eu imploro, me esgoto, mas você nunca cedeu.

Eu me sinto condenado a esta vida,

Vivendo sempre o mesmo ciclo de dor,

Eu vivo, amo, reclamo, mas nunca sinto aquele ardor.

Senhor, escute meu clamor.

Não deixe que essa sem coração seja a minha fonte de frustração.

Todo dia sofro desse tormento de ver meu amor partir junto ao vento.

Dona morte não estou pedindo para me matar

Mas quando você vai me levar?

Para enfim essa angústia acabar...

One Shots, Poemas E AfinsOnde histórias criam vida. Descubra agora