05 • chá de lingerie

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Kenma e Kuroo estavam sentados junto de Shimizu e suas amigas em uma grande roda, local em que a noiva iniciou uma brincadeira, a clássica "batatatinha quente". Típica atividade que não poderia faltar em um chá de lingerie – ou uma despedida de solteira, como preferir chamar.
Alguma música tocava de fundo enquanto os convidados eram encarregados de passar uma caixa, cheia de papéis com prendas anotadas, para a pessoa ao lado. Quando a música parou, indicando quem havia ficado com o objeto em mãos, todos os olhos se voltaram para Kuroo. Ele segurou a caixa e retirou um papel, aleatoriamente, de dentro da mesma.
O garoto não estava nem um pouco surpreso do objeto ter parado em si. Sorte não era algo que tinha nesse tipo de brincadeira – sinceramente, nem em qualquer outra. Afastando os pensamentos, Kuroo leu em voz alta a prenda que deveria cumprir. Uma risada escandalosa escapou de seus lábios antes mesmo de realizar seu desafio.
Levantando de sua posição, andou até a mesa de canto. Um sorriso ladino insistia em permanecer em seu rosto. Ao pegar o pênis de borracha sobre a mesa — importante ressaltar que o objeto era tão grande (e verde) que facilmente poderia ser associado ao Hulk —, andou até o centro da roda, colocando-o no chão para, então, começar sua prenda: descer na boquinha da garrafa. Só que a garrafa em questão havia sido substituída por um pênis de borracha com mais de 30 centímetros, que poderia facilmente ser do tamanho de seu antebraço.
Assim como todos no ambiente, Kenma não pôde conter sua risada. Aquela cena era boa demais para não ser apreciada e não permitir que suas bochechas doessem de tantas risadas. O moreno estava travado — na realidade ele era completamente travado —, não tinha molejo algum para requebrar sobre aquela "garrafa", mas vê-lo tentar transparecer naturalidade ao passo que suas bochechas ardiam entregando sua vergonha, era definitivamente muito divertido.
Kenma não negaria ter adorado, achou o irmão de sua amiga um fofo — esquecendo completamente dos problemas anteriores envolvendo uam furadeira e suas horas de sono — lê-se "horas de jogo".
Os olhos de Kuroo, apesar de carregados de vergonha, se prenderam aos de Kenma por quase todo o tempo gasto rebolando. O garoto não saberia dizer se procurava um rosto conhecido como uma válvula de escape para aquela situação, ou se queria ser visto. Visto por Kenma.
Ainda sustentando o olhar com o loiro, Kuroo finalizou sua prenda e voltou a se sentar na roda. Ele estava morrendo de vergonha, não negava este fato, mas algo naqueles olhos felinos o prendia, o hipnotizava. Nem mesmo a caixa passando por suas mãos outraa duas vezes foi capaz de quebrar a troca de olhares, que foi interrompida apenas quando uma das amigas de Shimizu se levantou para pagar sua prenda.
Ambos estavam dispersos demais para prestar atenção suficiente nas risadas e palhaçadas realizadas naquela brincadeira, porém evitaram se olhar por muito mais tempo. Afinal, provavelmente já estava paupável a tensão que existia entre eles.
O que fez com que seus olhares se reencontrassem foi a caixa ter parado nas mãos de Kenma. A vergonha o preencheu antes mesmo de ler o escrito no papel ou se levantar, seja devido ao fato de ter que passar vergonha ou de ser observado por ele.
Ao tirar o papel da caixa e lê-lo em voz alta, Kenma pôde sentir suas bochechas esquentarem na mesma velocidade em que sua voz foi se perdendo, se transformando em um quase sussurro.
Corando violentamente, mas não rejeitando a brincadeira — afinal Shimizu o mataria se o fizesse —, o loiro se levantou.
Puta merda! Tenho mesmo que fazer isso? Não é nada demais, ? Só uma banana. Um... boquete numa... puta merda... um maldito boquete numa banana! Na frente dele! Vou desmaiar, misericórdia.
Ao sentir sua pressão ameaçar a cair, Kenma ae forçou a parar de pensar. Não poderia desistir. Então, em um pico de coragem, pegou uma banana já descascada em cima da mesa central e a levou em direção a seus lábios.
Assistindo àquela cena, Kuroo não percebeu quando prendeu respiração. Ouvir aquelas palavras deixando os lábios do loiro havia quase o paralisado, mas vê-lo com uma banana próxima ao rosto o deixou, definitivamente, pretrificado. Os olhos acompanhavam a cena enquanto o coração parecia estar ocupado pulando um bloco de carnaval no interior do estado. Estava completamente ansioso antes mesmo do ínicio do que daria um curto circuito definitivo em seu corpo.
Ele não sabia o que esperar. Mas se serve de consolo — para Kuroo —, ele poderia ter esperado qualquer coisa, mas nada — nada mesmo, sério —, o teria preparado para como seu corpo reagiu ao ver o loiro chupando avidamente aquela banana. E pior, enquanto o olhava diretamente nos olhos.
A partir do momento em que os olhares se cruzaram, toda timidez de Kenma foi abafada pelo tesão evidente. Eles não conseguiriam quebrar o contato visual nem mesmo se quisessem e, com toda certeza, eles não queriam.
Era como se Kenma estivesse se despindo na frente de Kuroo, deixando suas inseguranças de lado ao passo que cada peça de roupa deixava seu corpo, praticamente se engoliam através do olhar.
Apesar da tensão perceptível e da vontade de nunca quebrar aquele contato visual, a prenda dizia que Kenma precisava realizá-la apenas por dois minutos. Portanto, o desafio foi finalizado e uma salva de palmas preencheu o ambiente, tirando ambos os garotos da bolha que haviam criado.
Devido ao nervosismo, Kenma mordeu a fruta, dando a desculpa de que era para não jogá-la fora — uma bela mentira. Já estava praticamente de volta ao seu local na roda quando terminou de comer a fruta e notou Kuroo se levantar rapidamente, praticamente correndo em direção ao banheiro.
Kenma não sabia o que havia acontecido, mesmo que uma voz chata dentro de si insistisse em plantar ideias ilusórias em sua cabeça.
Não seria possível, seria?
A pedido de Shimizu, o loiro foi verificar se estava tudo certo com o moreno.
O que será que aconteceu?

The One Next DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora